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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

 

© 2010 Marion Lennox. Todos os direitos reservados.

O PRÍNCIPE E A CINDERELA, N.º 1259 - Junho 2012

Título original: Cinderella: Hired by the Prince

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em portugués em 2011

 

Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

® Harlequin, logotipo Harlequin e Bianca são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-0320-6

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversion ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Prólogo

 

– Ramón passa a vida de calças de ganga. Tem todo o dinheiro que quer e goza de liberdade. Porque haveria de querer ser rei?

O senhor Rodríguez, conselheiro legal da Coroa de Cepheus, olhou para a sua interlocutora com certa compaixão. A princesa Sofía fora expulsa do palácio de Cepheus há sessenta anos e não tinha nenhum desejo de regressar. Tinha o rosto contraído pelo choro e não parava de torcer as mãos gordinhas.

– Tive dois irmãos, senhor Rodríguez – disse ela, como se, ao explicar a sua história, pudesse, de alguma forma, esquivar-se do inevitável. – Mas só me permitiu conhecer um deles. O meu irmão mais novo e eu tivemos de nos exilar com a minha mãe quando eu tinha dez anos e a crueldade do meu pai não acabou aí. E agora... Há sessenta anos que não vejo uma coroa e, que eu saiba, Ramón nunca viu uma. A única vez que esteve no palácio foi quando o seu pai morreu. Eu regressei porque a minha mãe me educou com um elevado sentido de dever... mas como podemos pedir isso a Ramón? Como podemos pedir-lhe que regresse ao lugar que matou o seu pai?

– O príncipe Ramón não tem escolha – disse o advogado. – E claro que quererá ser o sucessor da Coroa.

– Eu não teria tanta certeza disso – respondeu-lhe Sofía. – Ramón passa metade do ano a construir casas para uma instituição de solidariedade no Bangladesh e o resto do tempo no seu iate. Porque haveria de renunciar a isso?

– Para ser rei.

– E acha que reinar é tudo? – perguntou ela. – O meu sobrinho é um jovem encantador e não quer ter nada a ver com o trono. O palácio provoca-lhe pesadelos, tal como a todos nós.

– Deve vir – assinalou o senhor Rodríguez, com rigidez.

– Como fará para o encontrar? – murmurou Sofía. – Quando está no Bangladesh, lê o seu correio electrónico de vez em quando, mas passa o resto do tempo no seu iate, a navegar pelo mundo, e só Deus sabe onde estará agora. Desde que a sua mãe e a sua irmã morreram que o vento o leva à sua mercê. E, mesmo que o encontre, como acha que reagirá quando lhe disser que é ele quem deve resolver esta confusão?

– Não haverá nenhuma confusão se ele regressar a casa. Virá, tal como a senhora veio. Deve dar-se conta de que não tem escolha.

– E a criança?

– Philippe será dado para adopção. Também não há escolha a respeito disso. A criança não tem nada a ver com o príncipe Ramón.

– Outra criança que não serve para a Coroa – sussurrou Sofía. – Mas Ramón tem coração. Oh, Ramón, se fosse a ti, continuaria a navegar.