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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

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© 2006 Penny Jordan

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Castelo na neve, n.º 1194 - dezembro 2017

Título original: The Christmas Bride

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-9170-607-6

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

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Prólogo

 

– É um pesadelo, não podia ser pior.

– Parece-te um pesadelo passar o Natal num castelo em Espanha?

Tilly sorriu ao ouvir a ironia da sua amiga.

– Está bem. Talvez até pareça divertido – admitiu. – Mas a verdade é que vai ser um pesadelo, Sally – disse com uma expressão sombria.

– Que tipo de pesadelo?

Tilly abanou a cabeça.

– Queres uma lista? Está bem. Primeiro, a minha mãe está quase a casar-se com um homem por quem é totalmente louca, que, segundo as cartas que me envia, dá a sensação de que vive à base de sexo e adrenalina. Segundo, o homem com quem vai casar-se é milionário… Não, é multimilionário…

– Tens uma concepção muito estranha do que é um pesadelo – disse Sally.

– Ainda não acabei – disse Tilly. – Art, o milionário da minha mãe, é americano e tem umas crenças muito firmes sobre a família.

– O que queres dizer com isso?

– A minha mãe tem uma teoria de que a minha aversão aos homens e ao casamento é culpa dela, que se deve ao facto de ela e o meu pai se terem separado.

– É verdade?

– Bom, digamos que o facto de ela se ter casado e divorciado quatro vezes não faz com que veja o casamento com muito optimismo.

– Quatro vezes?

– A minha mãe adora apaixonar-se e casar-se. Desta vez, quer casar-se quando soarem as badaladas da meia-noite que anunciarem o Ano Novo e quer fazê-lo num castelo espanhol. Portanto, Art vai levar toda a sua família a passar o Natal em Espanha… Com todas as despesas pagas. Vamos ficar todos no castelo para conhecermos a nossa «nova família». A minha mãe e Art pensam que não pode haver um momento mais familiar do que o Natal.

– Parece-me boa ideia.

– Nem por isso. A família de Art é composta por duas filhas perfeitas, fruto do seu primeiro casamento, acompanhadas dos seus maridos e dos seus filhos.

– Qual é o problema?

– Por algum motivo que só ela compreende, a minha mãe disse a Art que eu estou comprometida e, é claro, ele quer que vá ao casamento com o meu namorado.

– Mas tu não tens namorado.

– Exactamente. Disse isso à minha mãe, mas está muito melodramática. Diz que tem medo de que, se eu aparecer sozinha, as filhas de Art o convençam a não se casar com ela, dizendo que as famílias não se adaptam ou que não estão destinados um para o outro… A minha mãe devia ter sido actriz – acrescentou, olhando para a sua amiga. – Sei que parece uma loucura, mas a verdade é que estou preocupada com ela. Se as filhas de Art não quiserem que o seu pai se case com ela, a minha mãe não tem qualquer hipótese. Não é nenhuma interesseira, simplesmente não consegue evitar apaixonar-se.

– Parece que tu és a mãe e ela é a filha.

– Gosta de dizer que não passava de uma menina quando me teve, embora, na verdade, tivesse vinte e um anos quando fugiu com o meu pai, porque já estava noiva de outro homem, com quem, na verdade, se casou assim que se apercebeu de que tinha cometido um erro ao casar-se com o meu pai – Tilly sorriu, no entanto, não parecia nada satisfeita com a situação. – Acho que devo estar ao seu lado, mas não quero que me culpe se alguma coisa correr mal por eu aparecer sozinha.

– Então já sabes o que tens de fazer.

– O quê?

– Contratar um acompanhante.

– O quê?

– Não faças essa cara. Estou a falar de um acompanhante respeitável que, por uma quantia módica, seria o teu namorado sem qualquer tipo de compromisso, nem sexo.

A curiosidade que viu reflectida no rosto de Tilly impulsionou Sally a continuar:

– Dá-me a lista telefónica. Vamos resolver este problema num instante.

– Também podias deixar-me levar Charlie – sugeriu Tilly.

– Queres que deixe o meu noivo passar contigo as férias mais românticas do ano num castelo espanhol? Nem pensar! – exclamou, abanando a cabeça com ênfase. – Anda, dá-me a lista telefónica.

– Sally, eu não…

– Confia em mim. É a solução perfeita. Lembra-te de que estás a fazer isto pela tua mãe.

 

 

– Queres que faça o quê? – Silas Stanway olhou para o seu meio-irmão mais novo com incredulidade.

– Eu não posso fazê-lo de cadeira de rodas e com a perna engessada – explicou Joe. – Não me parece bem deixar assim essa pobre rapariga – acrescentou num tom inocente antes de admitir: – Silas, a verdade é que preciso muito do dinheiro e este trabalho pode dar-me muitos contactos.

– Queres que trabalhe como acompanhante? – apesar do seu tom brincalhão, Silas estava surpreendido. Era mais uma amostra da diferença cultural que existia entre eles. Silas era um homem de trinta e tal anos, enquanto o seu irmão era um jovem de apenas vinte e um anos, fruto do segundo casamento do seu pai e por quem Silas sentia uma mistura de amor fraternal e, desde a morte do seu pai, preocupação também quase paternal.

– Há muitos actores que o fazem – disse Joe. – Além disso, é uma agência muito respeitada. As mulheres que recorrem aos seus serviços não o fazem à procura de sexo. Embora, segundo o que ouvi, possa ser muito excitante. Foi o que me contaram – acrescentou rapidamente, ao ver a forma como o seu irmão olhava para ele. – Serão apenas uns dias – continuou, enumerando os argumentos a seu favor. – Olha, aqui está o convite. Um voo privado para Espanha, alojamento de luxo num castelo com todas as despesas pagas pelo noivo. Eu gostava de poder fazê-lo. Vá lá, não sejas mau irmão.

Silas olhou para o convite com desinteresse e franziu o sobrolho ao ver o nome do noivo.

– É o convite de casamento de Art Johnson, o magnata do petróleo? – perguntou.

– Exactamente – respondeu Joe. – A rapariga que vais acompanhar é a filha da noiva.

Silas observou-o em silêncio por uns segundos.

– Porque precisa de um acompanhante?

– Não sei – disse, encolhendo os ombros. – Certamente, não tem namorado e não quer parecer uma falhada no casamento da sua mãe. As mulheres têm ideias assim – explicou com ligeireza. – Parece que telefonou para a agência e pediu alguém jovem, bonito e sexy. Ah, e que não fosse gay.

– Isso não te dá que pensar?

– Sim, parece-me que quer um acompanhante que possa exibir.

– Conhece-la?

– Não. Apenas lhe enviei uma mensagem para lhe sugerir que nos encontrássemos um dia para preparar a história que íamos contar, mas disse-me que estava muito ocupada e que poderíamos falar sobre o assunto durante o voo. Só tinha de ir buscá-la a casa a caminho do aeroporto. Muito simples. Pelo menos, teria sido simples se não me tivesse magoado a jogar râguebi – acrescentou, ao mesmo tempo que olhava para a sua perna com uma careta de raiva.

Silas ouviu as explicações de Joe, sentindo desprezo pela mulher que o contratara. Quanto mais ouvia, mais duvidava de que fosse realmente um trabalho sem qualquer tipo de implicação sexual, como Joe afirmava ingenuamente. Em circunstâncias normais, não só lhe teria explicado sem rodeios o que pensava daquela mulher, como também lhe teria recomendado que não voltasse a trabalhar para aquela agência.

Isso teria sido em circunstâncias normais. Se o noivo em questão não fosse Art Johnson. Há seis meses que Silas tentava entrar em contacto com Art Johnson para solicitar informação sobre o falecido magnata do petróleo, Jay Byerly. Jay Byerly fora um génio do mundo empresarial e do mundo da política.

Como jornalista de investigação de um dos jornais mais prestigiosos do país, Silas estava habituado a que os entrevistados se mostrassem reticentes a falar com ele, no entanto, dessa vez, estava a fazer investigação para o livro que estava a escrever sobre a indústria do petróleo. Conforme se dizia, Jay Byerly utilizara os seus contactos para silenciar um desastre ecológico provocado pelo petróleo alguns anos antes. Até há pouco tempo, Art Johnson fora uma figura importante da indústria e Jay Byerly fora o seu mentor.

Até ao momento, todas as tentativas de Silas de se aproximar de Johnson tinham sido infrutíferas. Parecia que estava quase totalmente afastado do negócio e eram os seus genros que dirigiam a empresa, embora toda a gente pensasse que continuava a controlá-la na sombra… Pensava que também tinha algumas ligações políticas.

Silas não desistia facilidade, contudo, já começara a pensar que dessa vez não teria outro remédio senão fazê-lo.

No entanto, parecia que a sua sorte mudara.

– Está bem – disse ao seu meio-irmão. – Fá-lo-ei.

– Ena, Silas…

– Com uma condição.

– Está bem, dou-te metade do que receber. Se a rapariga for horrível…

– A condição é que não voltes a trabalhar como acompanhante.

– Ora, Silas. É um trabalho muito bem pago – protestou Joe, porém, assim que viu a expressão do seu irmão, não teve outro remédio senão ceder. – Bom… Suponho que poderia voltar a trabalhar num bar.

– Muito bem. Explica-me outra vez o que tenho de fazer.