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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2009 Melissa Martinez McClone

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Chefe ou amante?, n.º 1213 - Fevereiro 2016

Título original: Memo: the Billionaire’s Proposal

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2010

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7754-2

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

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Prólogo

 

– Sabia que este estágio era uma oportunidade única, mas nunca pensei que faria tão bons amigos – Chaney Sullivan levantou uma caneca de cerveja em honra dos doze colegas que ocupavam a mesa do pub Hare and Stag. Cheirava a cerveja e a comida, era a sua festa de despedida. Sentiu um aperto no coração ao pensar em partir de Londres. – Vou sentir muito a vossa falta.

– Espera até aparecermos à tua porta para irmos à Disneylândia – Gemma, que arrendava um quarto a Chaney, colocou a cabeleira loira sobre o ombro. – Então, não sentirás a nossa falta.

– Disneylândia, Beverly Hills, Venice Beach – a ideia de ver novamente os seus colegas encheu de calor o peito de Chaney. Deixou a sua caneca sobre a mesa. – Eu adorarei fazer de guia, se algum de vós for a Los Angeles.

– Isso inclui-me? – perguntou uma voz masculina grave atrás de si.

O sotaque galês provocou um formigueiro no seu estômago e acelerou-lhe o pulso. Levantou-se e virou-se para Drake Llewelyn, director executivo da Dragon Llewelyn Limited. Era muito alto, levantou a vista para olhar para ele.

O seu aspecto de modelo e físico atlético, escondido sob um fato feito à medida, entusiasmava as mulheres. A sua forma de conseguir que cada empregado se sentisse essencial para o triunfo da empresa tinha feito com que conquistasse a gratidão de todos os trabalhadores, homens ou mulheres. Mas, na opinião de Chaney, era a sua atitude e ética de trabalho que o tornavam um homem especial.

Com vinte e nove anos, apenas mais sete anos do que ela, tinha transformado a Dragon Llewelyn numa multinacional de sucesso, que contava com uma carteira ampla de empresas de informática e de telecomunicações. E tinha-o feito à custa de suor e inteligência.

Chaney sorriu-lhe, com admiração.

Parecia um executivo da cabeça aos pés, excepto o seu corte de cabelo. Longos caracóis escuros caíam abaixo do colarinho da sua camisa, acrescentando um toque rebelde à sua respeitabilidade.

Ela já se tinha imaginado a acariciar aquele cabelo mais de uma vez. Imaginara-se a fazer-lhe muitas coisas e nenhuma tinha a ver com as suas responsabilidades profissionais.

Ele arqueou um sobrolho, como se esperasse uma resposta. Drake Llewelyn não gostava de esperar. Era uma coisa que tinha descoberto nos quatro meses que trabalhara no departamento de compras e fusões.

Chaney levantou o queixo, com mais coragem do que sentia. Talvez por causa da cerveja ou por saber que na noite seguinte estaria a um oceano de distância.

– É claro que o inclui, senhor Llewelyn.

– Drake – corrigiu ele. – O teu contrato de estágio acabou há uma hora. Já não trabalhas para mim.

Os seus olhos castanhos com pontinhos dourados cravaram-se nos dela e Chaney sentiu-se como se fosse especial para ele. Tremeu por dentro.

Não era, claro. Ele tinha sempre ao seu dispor mulheres muito belas; os meios de comunicação diziam que a sua namorada naquele momento era uma supermodelo.

Mas só de o pensar Chaney sentiu calor. Se estivessem a comemorar o seu aniversário, em vez de uma despedida, sabia que desejo teria pedido ao apagar as velas.

– Drake – disse, com voz rouca. Não podia negar que estava louca por ele, como todas as outras empregadas. Como quase todas as mulheres do mundo, independentemente da sua idade ou estado civil.

O homem era fantástico.

As maçãs do rosto bem desenhadas faziam com que uma mulher desejasse acariciá-las. Os lábios carnudos faziam pensar em beijos lentos e tórridos. As suas contas bancárias prometiam uma vida de luxo.

Drake Llewelyn era mais do que um príncipe encantado. Era uma combinação de rei Midas e Adónis. Qualquer mulher desejaria chamar a sua atenção.

– Toma nota de que temos uma nova guia na Califórnia do Sul, Gem – disse ele, naquele tom meio a sério meio a brincar que Chaney adorava. – Agora que temos um canal de televisão por cabo, talvez passemos mais tempo lá.

Os olhos de Gemma brilharam com adoração. Ela também tinha caído sob o feitiço do «Dragão», como chamavam a Drake no escritório.

– Já está feito, senhor – bateu as pestanas.

– Muito bem – sorriu e os cantos dos seus olhos encheram-se de rugas.

Chaney controlou um suspiro. Desejava o impossível, ele, desde o primeiro dia que o vira.

Gemma puxou uma cadeira e pô-la entre a sua e a de Chaney. Os outros pareciam mais interessados em pedir cerveja do que em olhar para o chefe.

– Não estamos aqui para ver futebol na televisão – Drake assinalou a mesa cheia de canecas semivazias e pratos de batatas fritas. – Uma festa de despedida requer mais alguma coisa. Volto já.

Afastou-se e falou com o empregado. Depressa começaram a chegar pratos com petiscos, garrafas de champanhe e copos. Típico do senhor Llewelyn.

– Agora, podemos mandar Chaney de volta para os Estados Unidos com estilo – disse, satisfeito.

Um empregado ofereceu-lhe um copo de champanhe.

– Isto é muito... – Chaney sentia-se leve e feliz, mas não queria que se notasse – atencioso da sua parte, senhor. Obrigada.

– É o mínimo que posso fazer depois de como trabalhaste nestes meses. Sobretudo, na compra do canal por cabo – Drake levantou o seu copo. – A Chaney, de quem sentiremos a falta!

Todos levantaram os copos e brindaram.

As lágrimas queimaram os olhos de Chaney. Era uma despedida que nunca teria imaginado. Murmurou o seu agradecimento e bebeu o champanhe.

Ele ofereceu-lhe um lenço branco, do tipo que o seu avô teria no bolso. Nunca tinha pensado que um homem jovem como Drake também teria um. O gesto cavalheiresco e antiquado provocou-lhe outra onda de lágrimas.

Drake Llewelyn era demasiado bom para ser verdade.

Enquanto Chaney secava os olhos, os seus colegas atacaram a comida como um bando de hienas. Tudo parecia delicioso.

– Não vais comer nada? – perguntou Drake.

– Estou a tentar decidir o que quero provar primeiro.

– Eu sei o que quero.

– As gambas?

– Demasiado alho – disse ele. Aproximou-se mais e ela sentiu o seu fôlego quente no pescoço.

Chaney tremeu com uma mistura de excitação e medo. Não estava habituada a vê-lo tão de perto. Embora trabalhassem no mesmo andar, só se tinham visto em reuniões e nos corredores. Mas ganhou coragem.

– Então, o que queres, Drake?

– A ti.

Aquilo não podia estar a acontecer. Fechou os punhos e cravou as unhas nas palmas, e doeu-lhe; não estava a sonhar.

– Andei a observar-te – disse ele em voz baixa. – És inteligente, trabalhadora e muito sexy. Não voltes para os Estados Unidos, Chaney. Fica em Londres comigo.

Ela receou que lhe rebentasse o coração. Drake Llewelyn queria que ficasse em Londres! Devia ter acabado com a supermodelo.

Sentiu uma mistura de antecipação e excitação. Não fazia ideia de que reparara nela.

– Porque não disseste nada antes?

– Trabalhas para mim, querida. Fazia-lo – corrigiu. – Não saio com as minhas empregadas.

Chaney nunca se sentira tão bem, nem em sonhos. Mas decidiu não criar ilusões.

– A sério que queres que fique? – perguntou.

– Certamente.

Ela queria ficar em Londres. Com ele. Senhora Drake Llewelyn. Respirou fundo.

– Quanto tempo?

– Enquanto continuarmos a divertirmo-nos.

Ela considerou a resposta. Drake não queria uma relação para sempre, queria divertir-se. Afinal de contas, o que queria era sexo. E depois passaria para a próxima mulher que o atraísse. Tal como comprava, reestruturava e vendia empresas quando se fartava delas.

Chaney sentiu desilusão. Era um ídolo com pés de barro. Não voltaria a perder a cabeça por Drake. Ela não era um brinquedo de ninguém e ele não era nenhum tesouro. Bonito e rico, sim.

Certamente, ainda teria namorada. Era um trapaceiro. Tremeu, enojada.

Drake Llewelyn não passava de um jogador, um homem que só pretendia «divertir-se» com quantas mulheres pudesse.

– Lamento, senhor Llewelyn – Chaney endireitou os ombros. – Enganou-se na rapariga. Os investimentos a curto prazo, por mais atraentes que sejam, são demasiado arriscados. Só me interessa a estratégia de investimento a longo prazo.