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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2009 Teresa Ann Southwick

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

O meu irresistível chefe, n.º 1305 - Julho 2016

Título original: The Nanny and Me

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2011

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-8541-7

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

Capítulo 14

Capítulo 15

Se gostou deste livro…

Capítulo 1

 

Ninguém gosta de ser posto à prova e Casey Thomas tinha razões de sobra para se sentir mais desagradada do que a maioria. Da última vez que se vira naquela situação, morrera uma pessoa.

Não precisava que a sua chefe a manipulasse. Ginger Davis era uma mulher de armas, que parecia disposta a demonstrar que continuava a ser muito jovem com cinquenta anos. Era a presidente e directora da Nanny Network, uma empresa dedicada a proporcionar serviços de cuidado para as crianças de Las Vegas, e, aparentemente, parecia gozar com o stress de gerir a empresa exclusiva que se especializava em cuidar dos filhos dos mais ricos e famosos da cidade.

Casey olhou para a sua chefe com desaprovação. Estavam no escritório de Ginger.

– Podíamos ter tratado deste assunto por telefone. Insististe que viesse aqui porque pensas que não sou capaz de me negar à tua frente.

– Queria que conhecesses Blake Decker e a sua sobrinha órfã para que pudesses dizer-lhe pessoalmente que não – replicou Ginger.

Se não se tratava de uma manipulação completamente descarada, Casey comeria o seu manual de cuidados infantis. Ginger tivera de mencionar que a menina era órfã. Casey perdera a sua mãe quando tinha onze anos. No entanto, como ama tinha regras... E também boas razões para ser assim.

Tinha cicatrizes físicas e emocionais que o demonstravam. Os anos passados no exército tinham-lhe ensinado que a vida podia ser imprevisível e que o tempo que cada um passava na Terra não devia desperdiçar-se com coisas impossíveis. Se ia ajudar uma criança, seria nos primeiros anos da sua vida, antes de as influências negativas mudarem a sua personalidade.

– Sabes que me concentro em crianças com menos de dez anos.

– Sim. E tu sabes que o meu trabalho é juntar os meus empregados com os clientes mais adequados. Tu és feliz. O cliente é feliz. Todos são felizes. Olha, Casey, sei o que te aconteceu enquanto estavas no exército. Compreendo porque te especializaste numa determinada faixa etária. Respeitei os teus limites sem os questionar desde que começaste a trabalhar nesta empresa.

Não era muito conveniente estar em dívida com Ginger Davis. Ginger contratara Casey mesmo depois de ela sair do exército por motivos médicos. Casey preparara-se enquanto trabalhava na escola infantil Nooks and Nannies e, enquanto trabalhava para a Nanny Network, continuava a ir às aulas para acabar os seus estudos de Educação Infantil.

Trabalhava como ama interna, cuidando de crianças de menos de dez anos, dando-lhes estabilidade e ensinando-as a ser adultas responsáveis através do exemplo, da disciplina e do carinho. A sua profissão era muito satisfatória e ela precisava de toda a satisfação que conseguisse para se redimir. Quando uma amiga pagava pelo seu erro com a vida, não era fácil continuar a viver.

Era por isso que Casey se esforçava tanto para ajudar os outros. Porque é que Ginger tinha de a pôr naquela situação? Porque não podia deixar que continuasse a fazer o que tanto gostava com as suas próprias condições?

– Já estou a trabalhar para os Redmond.

– Tens um mês de férias enquanto eles estão na Europa com Heidi e Jack. Quando regressarem, já terei encontrado uma substituta.

A verdade era que Casey receara ter demasiado tempo livre para pensar, mas isso não significava que estivesse disposta a quebrar as suas regras.

– Tenho planos para esse mês de férias.

– E eu tenho de te pedir para o fazeres como um favor pessoal para mim. Esta menina tem doze anos... São apenas mais dois anos. E precisa de ajuda.

– E porque achas que eu devia abrir uma excepção com Blake Decker e a sua sobrinha órfã?

– Vê com os teus próprios olhos.

Ginger carregou no botão do intercomunicador e pediu à sua assistente para mandar entrar Decker e a menina.

Alguns instantes depois, um homem entrou no escritório seguido de uma menina. Ele dirigiu-se directamente para Casey, que ainda continuava de pé à frente da secretária de Ginger.

– Blake Decker – disse.

– Casey Thomas – respondeu ela, enquanto apertava a mão que lhe oferecia.

Ele olhou para a menina que o acompanhava.

– Esta é a minha sobrinha Mia Decker.

– É um prazer conhecer-te, Mia.

– Sim, está bem.

A menina quase não olhou para Casey nos olhos. Vestia umas calças de ganga, várias camadas de t-shirts e um casaco e era a imagem da pura indiferença. Também era uma menina muito bonita, de cabelo castanho comprido e ondulado, olhos enormes de uma cor esverdeada estranha, quase turquesa.

Aparentemente, os Decker partilhavam grande parte do seu ADN. O seu tio era um homem muito bonito, entre trinta e cinco e quarenta anos. Casey tinha visto muitos homens bonitos no exército, mas o cabelo escuro de Blake Decker, os seus olhos azuis e o seu queixo poderoso podiam vender muitos bilhetes de cinema por todo o mundo. O fato escuro, a gravata vermelha e a camisa branca ficavam-lhe perfeitamente e pareciam ser roupas muito caras, o que indicava que podia pagar perfeitamente os preços altos da Nanny Network. No entanto, até àquele momento, Casey não vira nada que a encorajasse a abrir uma excepção nas suas regras. Nem sequer o facto de Blake Decker parecer estar disposto a torcer o pescoço à sua sobrinha pelo comportamento tão indelicado que mostrava.

– Peço desculpa pelas más maneiras de Mia – disse, finalmente.

– E eu lamento muito que sejas tão parvo – replicou a menina.

Ginger pigarreou.

– Porque não nos sentamos todos para que possamos conhecer-nos melhor? – sugeriu.

– Para quê? –perguntou Mia. – Ele vai abandonar-me como todos os outros.

– Mia, eu não vou abandonar-te...

– Define «como todos os outros» – disse Casey.

– E porque te importas?

– Não me importo – replicou ela. – Não te conheço suficientemente bem para ter sentimentos por ti.

– Então, porque me fazes tantas perguntas?

– Chamemos-lhe curiosidade.

– Eu não costumo falar das minhas coisas – declarou a menina. – Tudo isto é uma estupidez...

– Mia...

Naquele momento, o telemóvel de Blake começou a tocar. Ele tirou-o e, depois de ver quem telefonava, pô-lo em modo de silêncio. Depois, lançou um olhar de desaprovação à sua sobrinha.

– A menina Davis pediu-te para te sentares.

Mia desafiou-o com o olhar durante vários instantes. Então, decidiu obedecer. Sem dizer nenhuma palavra, deixou-se cair sobre uma poltrona.

Para sua tristeza, Casey estava a interessar-se e, aparentemente, a sua chefe conhecia a sua fraqueza e planeava aproveitar-se dela. A primeira coisa que fez foi levantar-se.

– Vou deixar-vos a sós para que possam falar – disse. – Tenho de fazer algumas chamadas e vou sair para as fazer.

Antes de Casey conseguir protestar, os três ficaram a sós. Queria acabar aquela maldita reunião e ir-se embora também, mas as palavras da menina tinham tocado no seu ponto fraco.

– Não me respondeste, Mia. Quem mais te abandonou?

– A minha sobrinha sofreu muito – respondeu Blake, em vez de Mia. – A minha irmã não estava bem e nunca desenvolveu instintos ou habilidades para cuidar dela correctamente. Não serviu de nada recordar tudo isto.

Casey olhou para ele.

– Em primeiro lugar, senhor Decker, a minha pergunta era para Mia – disse. Olhou para a menina e pareceu-lhe ver alguma coisa nos seus olhos, alguma coisa que desapareceu quase instantaneamente. O interesse momentâneo viu-se imediatamente substituído pelo olhar de aborrecimento. – Em segundo lugar, posso perguntar-lhe o que faz?

– Sou advogado.

– Direito civil?

– Não exactamente.

– Qual é exactamente a sua especialidade?

– Sou advogado de família. Estou especializado em divórcios.

– Entendo – disse Casey. Então, voltou a olhar para a menina. – Vais responder à minha pergunta?

– Tenho de o fazer? – replicou Mia.

– Sim.

– Esqueci-me da pergunta.

– Quem mais te abandonou?

Depois de vários segundos, Mia emitiu um suspiro de exasperação.

– O meu pai separou-se da minha mãe antes de eu nascer. A minha mãe morreu. Eu fiquei com a irmã do meu pai durante algum tempo, mas ela não me queria.

– Não é exactamente assim – comentou o seu tio.

– Claro que é – declarou Mia. – Ninguém me ama. E isso inclui-te.

Aquelas palavras afectaram Casey.

– Mia, importar-te-ias de esperar pelo teu tio na outra sala?

– Porquê?

– Porque eu gostaria de falar com ele em privado – replicou ela. – O que tens a perder? De todos os modos, tudo isto é uma estupidez, não é?

– Como queiras...

A menina saiu da divisão e bateu com a porta. Casey apoiou-se sobre a secretária e olhou para Blake Decker.

– Agora, senhor Decker, eu gostaria que me falasse da sua sobrinha.

– É uma velha história, menina Thomas. A minha irmã envolveu-se com o tipo errado. Ficou grávida. Os meus pais expulsaram-na de casa e ela desapareceu. Eu estava na universidade e nunca tive notícias dela. Nem sequer sabia que tinha uma sobrinha até os Serviços Sociais entrarem recentemente em contacto comigo. Não há mais ninguém para que se encarregar dela.

A menina tinha razão. Ele também não a queria.

– Podia deixar que o Estado se encarregasse dela.

– Não.

– Porquê?

– Boa pergunta – disse. O seu telefone voltou a tocar. Ele olhou para o ecrã. – Lamento, mas desta vez tenho de atender. O que foi? – perguntou, depois de atender. Depois de ouvir durante alguns segundos, assentiu. – Estarei lá dentro de meia hora. É uma declaração. Podem esperar – concluiu. Quando desligou o telefone, guardou-o na sua pasta. – Quer saber porque a acolhi, menina Thomas? Oxalá tivesse uma resposta. Podia ser muito simples dizer que o fiz porque é da minha família, mas não é assim. É uma desconhecida. A única coisa que posso dizer com toda a certeza é que a menina não vai ser responsabilidade dos Serviços Sociais.

Casey respeitou muito mais aquela sinceridade do que queria. Gostaria que Blake Decker fosse um completo estúpido para que fosse muito mais fácil dar-lhe com a porta na cara.

– Porque precisa de uma ama?

– Tenho de trabalhar. Além disso, devo confessar que não tenho ideia de como criar uma menina. É demasiado jovem para a deixar sem supervisão.

– Há aulas extracurriculares em que poderia inscrevê-la... – sugeriu Casey. Sentia que a sua resolução estava a falhar. Maldita Ginger! Tinha razão quando lhe dissera que seria incapaz de se negar.

– Em primeiro lugar, o meu dia de trabalho é muito mais longo do que essas aulas extracurriculares de que me fala e, em segundo lugar, não pense que é a típica menina de doze anos. Precisa de muito mais do que aulas de teatro ou de artesanato ou que a levem de vez em quando ao jardim zoológico.

– E o que precisa?

– Espero que saiba dizer-me isso. É uma perita. Se quisesse dissolver o seu casamento, poderia pedir-me ajuda.

– Não sou casada – disse Casey. Nunca fora. Uma vez, estivera perto, mas não chegara a casar-se. Não era das que se casavam. O casamento requeria confiança e um suicida que fizera explodir uma bomba no Iraque arrebatara-lhe isso.

– O que queria dizer é que um bom advogado sabe quando precisa da ajuda de um perito. E eu preciso de um perito em crianças. Recomendaram-me esta agência e a menina Davis disse-me que é a perita com quem preciso de falar.

– Disse-lhe também que não aceito clientes que tenham mais de uma certa idade?

– Sim, mas preciso que me diga que vai abrir uma excepção no caso de Mia.

– Não posso. Lamento – replicou. – Ginger tem muitos contactos. Tenho a certeza de que poderá ajudá-lo a encontrar outra pessoa.

– Já a encontrou a si e disse-me que é a mais qualificada para o que Mia precisa. Eu gostaria que pensasse...

Finalmente, conseguira dizer que não, mas Blake Decker não parecia entender o significado da palavra. Casey dirigiu-se para a porta e abriu-a.

– Já pensei...

Olhou à sua volta à espera de ver uma Mia hostil meio deitada numa poltrona e a lançar olhares de antagonismo a todos. No entanto, a sala estava completamente vazia.

 

 

Blake Decker não precisava de algo parecido. Tinha imensas reuniões acumuladas e tinha de ir ao tribunal depois de almoço para defender um cliente famoso. Mia não podia ter escolhido um dia pior para desaparecer.

No elevador, olhou para Casey.

– Não preciso de ajuda para a procurar.

– Não, mas dois pares de olhos são melhor do que um.

Quando o elevador chegou ao andar de baixo, as portas abriram-se. Blake estendeu uma mão para que ela saísse primeiro. Percorreram rapidamente o hall do edifício luxuoso e saíram para o exterior. Então, olharam em todas direcções à espera de ver Mia.

– Viu-a? – perguntou ele.

Casey pôs-se em bicos de pés para tentar ver melhor.

– O casaco verde que vestia devia destacar-se muito, mas não a vejo.

Blake questionou-se como era possível que o seu dia se tivesse complicado tanto. Tecnicamente, as coisas tinham começado há duas semanas, quando Mia fora viver com ele. Desde então, os seus dias e as suas noites tinham-se transformado num pesadelo. Chamadas da escola, a angústia de não saber onde a menina estava e o facto de não saber o que Mia fazia enquanto ele estava a trabalhar...

Era advogado. Fazia muito bem o seu trabalho e compreendia as leis. Como tutor legal da sua sobrinha, era responsável pelo seu comportamento e também pelos erros que ela cometesse. A sua vida não era tão má desde que surpreendera a sua esposa na cama com o seu melhor amigo.

Olhou para Casey.

– Agradeço-lhe muito o gesto, mas ela é um problema meu. Eu encontrá-la-ei.

– A cavalo dado não se olha o dente.

Efectivamente, era um presente porque ela rejeitara o emprego que Blake lhe oferecera. Outra situação que correra mal na vida dele. Não costumava perder uma negociação.

Estudou as olheiras profundas que ela tinha sob os olhos castanhos. Casey era uma loira muito atraente, de cabelo comprido até aos ombros e aspecto muito sexy. O vestido branco que vestia deixava a descoberto uns braços tão bronzeados e tão bem torneados como as suas pernas fantásticas. As sandálias deixavam a descoberto umas unhas pintadas de um tom avermelhado profundo. O que via dizia-lhe que Casey Thomas se mantinha em forma. No entanto, nada era comparável com os lábios. Quase não conseguia parar de olhar para eles. Sem dúvida, eram completamente naturais, porque ela não parecia do tipo de mulheres que gostava de injecções cosméticas. Tinha umas covinhas profundas nas faces que apareciam naquele momento, quando estava zangada. Sem conseguir evitá-lo, Blake pensou no aspecto que ofereceriam quando sorrisse. Não tivera reparo algum na hora de rejeitar a oferta de trabalho que lhe fizera. No entanto, ali estava, a ajudá-lo a procurar a sua sobrinha.

– Porque sente a necessidade de me ajudar? – perguntou-lhe.

– Eu mandei-a sair do escritório. Sinto-me responsável por ter fugido. Evidentemente, está muito incomodada...

O telefone de Blake voltou a tocar. Ele reconheceu imediatamente o número do seu escritório.

– Olá, Rita! Sim. Sei que estou atrasado, mas surgiu uma coisa. Preciso que canceles todas as minhas reuniões e que as passes para outro dia. Com um pouco de sorte, irei ao tribunal, mas não sei. Se não for assim, avisar-te-ei para que Leo possa substituir-me. És uma querida, Rita. Obrigado.

– É um homem muito ocupado... – comentou Casey.

– Sim. A minha sobrinha escolheu o pior momento possível para começar a sua rebelião.

– Como lhe dizia, evidentemente, Mia está muito incomodada...

– E como sabe? O que viu é normal nela. Desde que a acolhi, mostrou-se sarcástica, agressiva, beligerante... E penso que, depois de hoje, podíamos acrescentar imprevisível a essa lista.

– Na verdade, não devia surpreendê-lo, dada a instabilidade que teve na sua vida. Todos somos produto do ambiente familiar, senhor Decker...

– Chama-me Blake...

Ela assentiu e prosseguiu.

– Fi-la sair do escritório e isso faz-me sentir um pouco responsável por ter fugido. O mínimo que posso fazer é ajudar-te a encontrá-la.

– Agradeço – disse ele. Efectivamente, era bom ter companhia.

– Não tens de quê.

Enquanto andavam e falavam, nenhum dos dois deixava de olhar à sua volta, como se estivessem a patrulhar. Esse facto fez com que Blake recordasse um detalhe do currículo de Casey que lhe chamara a atenção.

– A menina Davis disse-me que estiveste no exército.

– É verdade.

Blake esperou que ela acrescentasse mais detalhes, mas não foi assim. Continuou a falar.

– Pensou que a tua trajectória te ajudaria a dar-te com Mia. Forte e suficientemente inteligente para te ocupares dela.

– Ginger engana-se.