bian1281.jpg

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2010 Shirley Kawa-Jump, LLC.

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Se o sapato me servir…, n.º 1281 - Julho 2016

Título original: If the Red Slipper Fits...

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2011

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-8544-8

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Se gostou deste livro…

Capítulo 1

 

Sarah Griffin viu o sapato vermelho a passar diante dela e a desaparecer pela janela. O choque deixou-a paralisada durante alguns segundos, até que o horror do que acabava de acontecer a fez reagir e ir atrás do sapato de salto alto da marca Frederik K, único do seu tipo no mundo. Mas já era demasiado tarde.

O sapato que serviria para lançar ou afundar a sua carreira acabava de cair de um terceiro andar para a rua.

– Como pudeste fazer isso? – perguntou, sem obter resposta da sua irmã mais nova, que estava a pouco mais de um metro da janela. – Não sabes como aquele sapato era importante?

Sarah espreitou pela janela para tentar encontrar o sapato na calçada. Nada, nada e, de repente…

Ali estava. Junto de um balde do lixo. Sentiu um alívio intenso. O sapato parecia intacto, pelo menos dali, mas só teria a certeza quando o apanhasse. Correu para a porta.

– Onde vais? – perguntou a sua irmã, surpreendida.

Sarah parou e olhou para Diana, boquiaberta. Esperaria realmente que ficasse ali para acabar a discussão?

Diana Griffin era uma mulher bela, mas possuía um corpo surpreendentemente forte. Passava as tardes a bater num saco de boxe do ginásio, ao ponto de terem tido de o trocar duas vezes nos dois anos que o frequentava. Não se brincava com Diana. Sarah sabia-o, mas não tinha seguido o seu próprio conselho. A mistura do temperamento de Diana com a sua própria tendência para expressar abertamente os seus sentimentos costumava acabar em desgraça.

– Tenho de recuperar aquele sapato – disse Sarah. – Sabes o que acontecerá...

– Esquece-o – replicou Diana em tom despreocupado. – É só um sapato. Se quiseres uns realmente bonitos, posso dar-te um par dos meus.

Sarah não escondeu a sua exasperação enquanto passava junto de Diana.

– Não entendes nada, maninha. Nunca entendes nada.

– O que é que não entendo? Que estás a tentar novamente arruinar a minha vida?

Drama. Havia sempre dramas com a sua irmã mais nova. Era como se Diana não tivesse obtido atenção suficiente em criança e nunca tivesse deixado de a procurar. Daí a birra que tinha acabado com o lançamento do sapato. Sarah já tinha visto mais de uma diva das passarelas a ter o mesmo ataque por tolices sem importância. Era o tipo de comportamento que enchia as páginas de mexericos da Behind the Scenes... escritas pela própria Sarah.

Estava farta do drama, das atitudes caprichosas das pessoas sobre as quais escrevia. Pelo menos, por uma vez, gostaria de conhecer alguém que quebrasse os estereótipos que propagava com os seus artigos, alguém sincero, que admitisse que o mundo da moda era superficial e que havia coisas mais importantes na vida do que aparecer nos jornais.

– Não tenho tempo para isto, Diana – Sarah abriu a porta, desceu as escadas rapidamente e saiu a toda a pressa para a rua movimentada do seu bairro de Manhattan.

O sol brilhante do exterior ofuscou-a por um instante, mas virou em seguida à direita, para os baldes do lixo da senhora Sampson, à espera de ver o sapato onde o tinha localizado alguns segundos antes.

Mas, para além de algumas latas esmagadas e restos de fruta, não havia nada ali.

O sapato tinha desaparecido.

Sarah sentiu pânico. Não podia ter desaparecido. Era impossível. Quem poderia querer levar apenas um sapato de salto alto? E para quê?

E precisamente aquele sapato, nada prático e útil apenas para ocasiões especiais.

Mas, se o sapato já não estava ali, significava que alguém o tinha levado. Mas quem?

Olhou à sua volta, à procura de alguém que levasse um sapato vermelho de salto alto. As pessoas enchiam as calçadas, caminhando rapidamente para os seus destinos. Ninguém segurava um sapato.

Um homem alto, de cabelo preto e vestido com um fato azul-escuro às riscas, de costas para ela, parou a alguns metros de distância. Viu que encolhia os ombros e procurava alguma coisa no interior do casaco, antes de continuar a andar. Teria o sapato?

Sarah observou-o e decidiu que não. Parecia um tipo demasiado normal para apanhar um sapato da calçada e levá-lo. De qualquer modo, ponderou a possibilidade de correr atrás dele, mas viu que apanhava um táxi antes que tivesse tempo para reagir. Bolas!

O sapato devia continuar por ali, em algum lugar. Inclinou-se novamente junto dos baldes do lixo. Tê-lo-ia levado algum rato? A hipótese fez com que lhe revolvesse o estômago. Procurou em toda a parte, inclusive debaixo dos contentores.

Não havia nenhum sapato à vista.

O pânico começou a aumentar, ameaçando deixá-la sem fôlego. Aquilo não podia estar a acontecer. Karl ia matá-la. Não, não ia apenas matá-la; ia esquartejá-la e pendurar o seu corpo decapitado no parque de estacionamento como exemplo de idiotice.

Como iria progredir da revista de mexericos para a de moda se não era capaz de guardar um simples sapato? Não fora apenas o Frederik K que voara pela janela, mas todos os sonhos que tinha para a sua carreira.

Andava a desejar há meses ser transferida para a equipa editorial da Smart Fashion, a revista mensal de moda editada pela mesma empresa que editava a de mexericos. Uma era uma publicação deslumbrante e respeitada pela indústria editorial, a outra era a sua meia-irmã. Na altura, trabalhar para a revista cor-de-rosa representara um bom salário, algo de que precisava desesperadamente. Encarara aquele trabalho como temporário.

Mas aquele trabalho estava a durar mais do que o esperado e odiava-o cada vez mais. Mudar para a Smart Fashion e escrever sobre as tendências actuais de joalharia e o comprimento das saias não exigia precisamente uma investigação jornalística profunda, mas era um passo na direcção certa. Um passo na direcção oposta aos anos que passara a escrever sobre como viviam as pessoas «sofisticadas» e «glamorosas».

Estava farta de trabalhar na sombra, de manter o seu futuro à espera. Por muito parvo que parecesse, aquele sapato tinha sido o símbolo de tudo o que pretendia mudar no seu trabalho, em si mesma e, sobretudo, na sua vida.

Passaram quinze minutos de procura frenética até admitir que o sapato desaparecera. Voltou para o apartamento e dirigiu-se directamente para a janela, ignorando Diana, que continuava sentada no sofá, a pintar as unhas, totalmente inconsciente do mal que acabava de causar. E se tinha consciência, era-lhe indiferente...

Ambas as coisas eram típicas de Diana.

Sarah e a sua irmã partilhavam muitas coisas a nível genético: ambas eram magras, ambas tinham o cabelo castanho e comprido, com um toque avermelhado que se tornava dourado depois de apanhar muito sol, e ambas tinham os olhos verdes. Mas no que se referia à sensibilidade e à empatia, havia muitos dias em que Sarah se perguntava o que teria acontecido às da sua irmã. Amava Diana, mas a incapacidade de se identificar com os problemas dos outros representava um travão na sua relação. Era como se Diana tivesse decidido que Sarah já se preocupava o suficiente pelas duas.

– Continua ali, por favor – sussurrou, enquanto voltava a espreitar pela janela.

Nada. O sapato tinha desaparecido.

– Estou morta – murmurou, enquanto se sentava no chão do apartamento.

– Não sei porque estás tão alterada – disse Diana, enquanto olhava para as unhas. – É só um sapato.

– É o meu trabalho – «e muito mais», pensou Sarah, mas não o disse. A sua irmã nunca conseguiria entender o que representava aquele sapato. Era muito mais do que o seu primeiro projecto para a revista Smart Fashion. Na verdade, tratava-se apenas de um quarto de página sobre o lançamento da nova linha da marca Frederick K, com uma crítica sobre o primeiro sapato de salto alto da colecção. Mas, pelo menos, era um começo e era o que precisava.

Não conseguiria fazer Diana compreender que aquele sapato vermelho de salto alto representava tudo o que sempre tinha querido... e que até ao momento lhe fora negado.

– Aquele sapato é único, é um protótipo que supostamente ninguém devia ver antes da apresentação da colecção de Primavera. Ninguém!

– Tu viste-o – disse Diana, encolhendo os ombros. – Eu compro-te outro par.

– O problema é que não podes comprar outros. Ninguém pode comprá-los antes dos desfiles de Primavera. O meu chefe confiou-mos para que os guardasse e agora...

O que ia fazer? Como ia explicar o acontecido? Só faltavam três dias para a sessão fotográfica e só tinha um sapato. A revista tinha tudo pronto. Os principais estilistas do país mostrariam as suas criações para o ano seguinte e os comentários sobre os seus novos modelos ecoariam durante dias por Nova Iorque inteira. Era a semana mais importante do ano para a revista, uma semana em que a tensão e as expectativas atingiam níveis muito elevados.

Não conseguia fazer Diana compreendê-lo, nem porque trouxera os sapatos para casa. E explicá-lo a Karl seria ainda mais difícil do que contar-lhe que tinha perdido um dos sapatos.

«Porque levaste aqueles sapatos únicos para casa, Sarah?»

«Porque pensava que tê-los, nem que fosse por pouco tempo, mudaria a minha vida.»

– Temos um problema e devemos enfrentá-lo – Diana pousou a lima das unhas e pegou num batom vermelho.

– Isso é o eufemismo do ano. Tu acabaste de destruir a minha carreira. Muito obrigada, Diana!

– Não me referia ao sapato – Diana suspirou. – Referia-me ao papá. Não vais trazê-lo para viver no meu apartamento. Eu tenho uma vida.

Já estavam outra vez com aquilo? Sarah sabia que não deveria surpreender-se. Quando Diana se empenhava em falar de um assunto, não parava até obter a resposta que pretendia. De preferência, a que a absolvesse de qualquer responsabilidade.

Sarah tinha interpretado durante anos o papel de ama. Quando a sua mãe ficara doente da primeira vez, fora Sarah quem lhe ocupara o lugar. A dor pelo cancro da esposa paralisara o seu pai, deixando Sarah com duas opções: deixar que tudo fosse para o inferno ou assumir o lugar da sua mãe.

Bridget Griffin sofrera da doença durante dez anos antes de morrer. Sarah já deveria ter-se habituado à ideia do que ia acontecer, mas, quando chegara a altura, sentira um vazio terrível na vida, um vazio que devia descobrir como preencher. «Vive a tua vida», dissera-lhe o seu pai.

«Que vida?» quisera perguntar-lhe. Vivia dedicada à sua família há anos, sem tempo para sair e divertir-se, para sonhar, para pensar no que ia fazer com a sua vida.

Mas Diana pudera fazê-lo. Sarah certificara-se de que a sua irmã mais nova vivesse tudo aquilo, as saídas, as festas, os bailes de liceu, mesmo que isso implicasse ter de ficar à espera dela em casa ou trabalhar muitas horas para poder pagar os sonhos de Diana.

O seu pai trabalhara arduamente toda a vida, mas o salário de um agente da polícia não dava para muito. Conforme fora piorando a doença da esposa, tornara-se menos atento aos problemas económicos da família, de maneira que Sarah tivera de começar a trabalhar para ajudar.

Isso fizera com que deixasse a sua própria vida suspensa durante tanto tempo que praticamente esquecera o que era ter uma vida própria para além do trabalho. Até que decidira que precisava de uma mudança... e pensara que o primeiro passo seria levar os sapatos Frederik K para casa.

Mas seria difícil dar o primeiro passo contando apenas com um sapato.

– Tu prometeste, Diana – disse, virando a sua atenção para o problema que tinham entre mãos: o que fazer com o seu pai. – Não podes voltar atrás só porque te é inconveniente.

A sua irmã fez uma expressão de desagrado.

– Não posso deixar tudo só porque decidiste que o papá já ficou tempo suficiente contigo. Tenho um emprego, amigos...

– E eu não?

Diana reprimiu um risinho.

– Não quero ser má, maninha, mas a verdade é que tens tanta vida social como o papel da parede. Eu saio todas as noites. Não posso fazer de ama do papá.

– Eu também costumo estar fora de casa. Mais noites do que eu gostaria.

– Sim, a escrever sobre como vivem os outros. Isso não te torna precisamente uma borboleta social.

Sarah não fez caso das palavras da sua irmã. A revista pagava-lhe para que se ocupasse daqueles assuntos e, ao fazê-lo, deixava-lhe muito pouco tempo livre para fazer mais do que observar e escrever. Era ela quem estava a ser responsável, a cumprir o seu dever como filha ao ter deixado que o seu pai se hospedasse com ela durante uma temporada.

– Estou a fazer o meu trabalho, maninha, no qual conseguiria concentrar-me melhor se cumprisses a tua promessa. O papá também não vai ficar assim tanto tempo contigo.

A verdade era que Sarah também não podia dizer aquilo com certeza absoluta. O seu pai já estava há mais de um ano no seu apartamento. Depois da morte da esposa, Martin tinha deambulado como um fantasma pelo lar familiar, até que Sarah o tinha convencido a vendê-lo. Apesar do mau humor, o seu pai parecia gostar de viver com ela e tentava ajudar à maneira dele.

Apesar de tudo, Sarah queria recuperar a sua independência. Queria desfrutar da liberdade de não se preocupar. As responsabilidades pesavam-lhe tanto que a surpreendia não estar já totalmente curvada. Tinha chegado a altura de Diana assumir parte daquelas responsabilidades.

Mas Diana não queria e nunca tinha querido nenhuma responsabilidade. Possivelmente, Sarah enganara-se ao ser tão indulgente com a sua irmã mais nova.

Diana guardou o batom e tirou da sua mala uma escova e um espelho de mão.

– Estou a planear o Baile de Beneficência da Sociedade de Horticultura. É o meu primeiro trabalho sério desde que acabei os estudos e é muito importante, Sarah. Não tenho tempo para distracções.

Sarah não mencionou que o trabalho que a sua irmã acabava de mencionar era voluntário e que lho tinha atribuído a mãe do namorado dela, presidente da Sociedade de Horticultura. Diana ainda tinha de arranjar um emprego que lhe durasse mais do que algumas semanas.

– Estás a falar do teu pai – respondeu, exasperada.

– Ele que fique aqui – disse Diana, enquanto continuava a pentear-se. – Afinal, sempre gostou mais de ti.

– O papá gosta das duas de forma igual.

Diana riu-se sem humor.

– Tenho dois cães, Sarah, e gosto mais de um do que do outro.

– Somos as suas filhas, não os seus cães. Os laços familiares são mais profundos do que os que podem estabelecer-se com qualquer animal de estimação.

– Mas tu és muito melhor a cuidar do papá. Eu nem sequer me dou bem com ele.

– E que melhor forma de construírem uma relação do que convivendo com ele? – perguntou Sarah, com um sorriso firme.

– Preferia comprar bilhetes para o próximo jogo dos Mets.

– Lamento, maninha, mas é a tua vez – Sarah cruzou os braços. – Talvez hoje tenhas arruinado a minha carreira, mas não permitirei que também te livres disto. O papá mudar-se-á para o teu apartamento no fim do mês – tinham tido aquela discussão há meia hora... e tinha acabado com Diana a pegar na primeira coisa que tinha à mão e a atirá-la pela janela.

Mas Sarah já não estava disposta a voltar atrás. Já andava a renunciar aos seus planos há demasiado tempo. O dia em que saíra do escritório com aqueles sapatos de marca, impulsivamente guardados na sua mala, fora o dia em que decidira que ia deixar de ser responsável, a pessoa de quem todos dependiam. Se não falasse com firmeza e exigisse que os que a rodeavam mudassem, tudo continuaria na mesma e isso não era uma opção... embora naquele momento estivesse demasiado preocupada com o maldito sapato para não se sentir responsável.

– Mas... – tentou protestar Diana.

– Nada de «mas». Já está decidido. Não vou voltar a ter esta discussão. Se conseguir encontrar aquele sapato, vou estar a trabalhar sem parar na revista. Esta é a minha grande oportunidade. O papá não gosta nada de ficar sozinho e sabes como fica se não houver alguém com ele.

– Não posso. Tenho...

– O teu pai precisa de ti, Diana – interrompeu Sarah, com firmeza. – Não há mais nada para falar.

– Enganas-te – murmurou Diana.

Sarah não conseguiu evitar que o instinto maternal que tinha desenvolvido em relação à sua irmã mais nova ao longo daqueles anos aflorasse. Estaria a passar-se alguma coisa com ela? A sua linda maninha raramente se mostrava vulnerável ou fraca. No entanto, achou ver-lhe uma certa melancolia na expressão.

– Passa-se alguma coisa, Diana? – perguntou, enquanto estendia uma mão para ela.

Mas Diana levantou-se, guardou a escova e o espelho no bolso, e encaminhou-se para a porta.

– Seria um desastre se o papá fosse viver comigo. Deixa-o ficar contigo, por favor. Tudo será mais fácil assim.

Por um instante, Sarah esteve prestes a voltar atrás, mas, então, Diana pronunciou as palavras que fizeram com que a sua decisão se tornasse inamovível.

– Enfrenta a realidade, Sarah. Tu és a pessoa em quem nos apoiamos. Tu és a única responsável pela família.

– Mas não quero sê-lo – disse Sarah, enquanto a sua irmã saía do apartamento. – Já não quero sê-lo.