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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2011 Nina Harrington

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

A mulher que quero, n.º 1292 - Setembro 2016

Título original: The Last Summer of Being Single

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2011

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-8555-4

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Se gostou deste livro…

Capítulo 1

 

– Vá lá, casa-te comigo. Sabes que te interessa.

Ella Jayne Bailey Martinez bateu com os dedos no seu lábio inferior e abanou a cabeça, como se estivesse a pensar na proposta.

Henri animou-se.

– Tenho meio de transporte próprio. Poderás ir onde quiseres. Vá lá, o que me dizes, querida? Podíamos divertir-nos muito!

– Certamente, a oferta é tentadora. Mas… o senhor Dubois prometeu que vai emprestar-me o seu passe e é muito difícil rejeitar esse tipo de ofertas.

– Dubois? Promessas, promessas, promessas. A minha oferta é real, querida – respondeu Henri, piscando-lhe um olho.

– Sim, era o que receava. Eu sou monógama e ontem à noite vi-te a seduzir a recepcionista do hotel. Bonito, mas mulherengo! Enfim, vemo-nos mais tarde.

Henri deixou cair a mão no braço da sua cadeira de rodas e praguejou em francês antes de encolher os ombros e responder a Ella em inglês:

– Bolas, apanhaste-me!

Ella sorriu e passou-lhe carinhosamente a mão pelo pouco cabelo que lhe restava antes de se afastar pelo corredor em direcção à cozinha, deixando para trás o Romeu grisalho.

Com um sorriso, Henri fez virar a sua cadeira de rodas e, com uma velocidade surpreendente, foi à sala de jantar. Lá, foi recebido por uma explosão de gargalhadas.

– Espero que os meus hóspedes não estejam a deixar-te cansada.

Ella sorriu para a sua amiga Sandrine, a directora do hotel onde ela trabalhava como pianista sempre que podia. Também, de vez em quando, dava uma ajuda com os almoços.

– São óptimos! Podia passar o dia a falar com eles sobre jazz clássico. Cresci a ouvir essa música. Sabias que Henri passou três anos em Nova Orleães? E os seus amigos acabaram de comer três dos meus bolos! Os músicos são todos iguais, sejam de onde forem. Depois da música, é a comida. Em França também é assim.

Sandrine pôs-lhe um braço sobre o ombro e sorriu.

– Obrigada por vires outra vez para me ajudar. Não sei o que teria feito sem ti.

– Não foi um problema para mim. É um prazer poder ajudar. Tens o hotel cheio no fim-de-semana que vem?

– Todos os quartos ocupados! É a primeira vez que tenho quarenta hóspedes num fim-de-semana.

Sandrine deu um abraço à sua amiga e, ao soltá-la, sorriu e acrescentou:

– E sei que é graças a ti. Descobri que foste tu que recomendaste este hotel a Nicole, depois de decidir celebrar o seu aniversário aqui no próximo fim-de-semana. Virá gente de todo o lado do mundo. Enfim, muito obrigada.

– Perguntou-me qual era o melhor hotel da cidade e, naturalmente, disse-lhe a verdade: este. Não sabes como me alegro por Nicole ter decidido celebrar o seu aniversário na sua casa de campo em vez de ficar em Paris. Ultimamente, quase nunca vem.

– Essa é uma das vantagens de cuidar da sua casa de campo, não é? Vives em tua casa sozinha durante a maior parte do ano. Enquanto isso, Nicole está em Paris ou a viajar.

Ella fechou os olhos e sorriu.

– Sim, tens razão. Eu adoro a casa. Não me imagino a viver noutro lugar, à excepção de Mas Tournesol. Temos muita sorte – então, abriu os olhos. – Nicole merece uma festa de aniversário maravilhosa e vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que assim seja. Ao fim e ao cabo, só se é uma jovem de sessenta anos uma vez na vida.

– Certamente! E não te esqueças, conta comigo para o que for preciso.

Ella deu um beijo à sua amiga e sorriu.

– És um amor. Enfim, vou-me embora porque quero estar em casa quando Dan chegar da escola. Até amanhã.

 

 

– A PSN Media apresentou uma oferta melhor, mas continuam a querer reduzir a equipa. Não sei se vamos poder continuar a pressioná-los a respeito disso – explicou Matt, exasperado, pelo telemóvel.

Sebastien Castellano bateu com os dedos de ambas as mãos no banco de couro do carro desportivo italiano enquanto tentava manter a calma. Tinha os olhos fixos nas fileiras de parreiras que se prolongavam desde o lugar da estrada onde parara o carro até se perderem numas colinas verdes no meio do Languedoc.

Passara a noite inteira e parte de quinta-feira a trabalhar com Matt e uma equipa de negociadores da PSN Media numa sala de conferências em Montpellier com o fim de salvar as centenas de postos de trabalho que constituíam a Castellano Tech na Austrália.

E a PSN Media continuava a recusar-se a levá-los a sério.

Era verdade que era a empresa de comunicações mais importante do mundo no seu campo, mas a Castellano Tech era a sua empresa, uma empresa que criara do nada.

Conhecia os seus empregados pessoalmente e muitos estavam na empresa desde o começo. A sua equipa transformara a Castellano Tech numa das empresas de sistemas de comunicação mais importantes da Austrália e não ia abandoná-los por um punhado de dólares. Os seus empregados tinham sido fiéis e ele devia-lhes essa mesma fidelidade.

Era uma pena que a PSN Media não o visse assim. E a menos que mudassem de atitude, ele não assinaria o acordo na segunda-feira. O director executivo da PSN teria de se ir embora de Montpellier no seu iate com as mãos vazias.

– Matt, sei que trabalhaste muito nisto, mas deixámos a nossa posição muito clara: ou a PSN Media garante não reduzir a equipa e manter os contratos de trabalho tal como estão ou não assinarei o contrato. Ponto final.

O director financeiro da empresa suspirou.

– Podia custar-te muito dinheiro, meu amigo.

Seb também emitiu um suspiro. Na PSN Media pensavam que todos os indivíduos tinham um preço e que podiam pagá-lo. Mas enganavam-se, Sebastien Castellano não ia deixar-se comprar e ia demonstrar-lhos.

Seb sabia que Matt só estava a cumprir com o seu trabalho, como o seu braço direito. Trabalhara as mesmas horas que ele durante as duas últimas semanas. Ambos precisavam de um descanso.

– Há algumas horas dissemos à PSN Media que tinha o fim-de-semana para preparar a proposta final. Lamento, Matt, mas não mudou nada desde que vim para o Languedoc. É simples.

– Tão teimoso como sempre – respondeu Matt, com um suspiro. – Deixa-me telefonar-lhes. Depois, penso que ambos merecemos descansar.

– A melhor ideia que ouvi em todo o dia – declarou Seb, num tom leve. – Tira o resto do dia e falaremos amanhã.

– Está bem, não falaremos mais. Talvez vá ver esses flamingos selvagens de que me falaste. Ah e cumprimenta Nicole da minha parte. Deve ter-se alegrado muito por estares em França e poderes ir ao seu aniversário. Bom, até amanhã.

Finalizada a chamada, Sebastien guardou o telefone sentindo-se excitado e frustrado ao mesmo tempo. Numa questão de seis meses, o sistema de comunicações desenhado pela sua equipa e por ele numa garagem de Sidney poderia ser usado em todo o mundo.

Estava muito perto de alcançar o seu sonho.

E conseguiria fazê-lo sozinho. No entanto, juntar-se à PSN Media era a melhor forma e mais rápida de vender a sua tecnologia.

Depois de dez anos de trabalho árduo, estava a um passo de obter o sucesso.

É claro, pagara um preço alto pela sua dedicação ao trabalho: relações sentimentais falhadas e falta de atenção à sua família, em Sidney.

Mas valera a pena.

Numa questão de dias, a Castellano Tech poderia fazer parte de uma multinacional e ocupar um lugar na direcção, com novas responsabilidades e um futuro brilhante na esfera profissional. Trabalharia em Sidney, nos escritórios da sua empresa. E disporia do tempo e do dinheiro necessários para trabalhar em projectos especiais.

O dinheiro da venda da Castellano Tech proporcionar-lhe-ia os meios técnicos e financeiros para financiar a Helene Castellano Foundation. As sondagens por toda a Oceânia já tinham demonstrado que o acesso à tecnologia moderna e aos sistemas de comunicação contribuía para uma melhoria na qualidade de vida das pessoas nas zonas mais remotas do planeta.

A sua mãe, Helene, teria adorado a ideia.

Desejava voltar para Sidney para começar a trabalhar. Já tinha uma equipa e fizera planos, só lhe faltava luz verde e uma boa parte da quantia de nove dígitos que a PSN Media ia pagar pela sua empresa.

Mas isso seria na semana seguinte.

Naquele dia, tinha uma coisa mais agradável para fazer.

Naquele dia, ia reunir-se com Nicole Lambert, a mulher encantadora que fora a sua madrasta durante doze anos turbulentos antes de se divorciar do seu pai, sair de Sidney e voltar para Paris. Na adolescência, causara-lhe muitos problemas, mas Nicole sempre o apoiara em tudo, apesar de ele, naquela época, nunca lhe ter agradecido. A sua relação melhorara durante os últimos anos que tinham passado juntos em Sidney, mas ainda estava em dívida para com Nicole.

Por acaso, os escritórios centrais da PSN Media na Europa eram em Montpellier, não excessivamente longe da velha casa de campo da família Castellano no Languedoc, onde Nicole ia celebrar o seu aniversário.

Pela primeira vez em alguns anos, estavam no mesmo país e relativamente perto um do outro.

Nicole alegrara-se muito por ele poder ir à festa de aniversário e insistira que se hospedasse na casa, não num hotel.

É claro, Nicole suspeitava que o aniversário não fora o único motivo que o levara até ali e ele lamentava não poder dizer-lhe nada sobre as negociações secretas com a PSN Media, sobretudo, agora que se adiantara a reunião decisiva devido à chegada do presidente da empresa.

O que significava que, se chegassem a um acordo e assinassem, tal como ele esperava, dentro de uma semana estaria de volta a Sidney, a ocupar o seu novo posto de trabalho, e não no Languedoc a ajudar Nicole a preparar a sua festa de aniversário. Mas, pelo menos, ia passar um fim-de-semana com ela. Isso era o mais importante.

Chegara o momento de dar a má notícia a Nicole e pedir-lhe desculpas por não ser possível ir à sua festa de aniversário. Com um pouco de sorte, Nicole perdoá-lo-ia. Mais uma vez.

 

 

Finalmente, livre!

Sentada na bicicleta, a pedalar, Ella quase conseguiu saborear o sal do Mediterrâneo, a só alguns quilómetros a sul de onde se encontrava, naquela estrada secundária. A mistura de sol e brisa pareceu-lhe muito paradisíaca.

A paz e a tranquilidade do lugar fizeram-na relaxar. Sandrine telefonara-lhe naquela manhã para lhe perguntar se podia ir ao hotel ajudá-la a servir a comida a um grupo de americanos apreciadores de jazz que tinham ido a um festival de jazz que tinha lugar durante o fim-de-semana numa vila vizinha.

Teria adorado poder ir ao festival para ouvir a música de que mais gostava, a música que cantava e tocava a nível profissional desde que tinha dezasseis anos. A música com que os seus pais ainda ganhavam a vida. Às vezes, sentia tantas saudades do seu lugar de nascimento que quase lhe doía fisicamente. O melhor era esquecer isso e desfrutar da vida naquele lugar maravilhoso. Dan era o principal, a única pessoa que realmente importava.

O lado mau de ser governanta era que, de vez em quando, a proprietária da casa regressava. Nicole era encantadora, boa e generosa e dera-lhe um lar e um emprego quando mais precisara. Por isso, estava disposta a fazer tudo o que estivesse ao seu alcance com o fim de se certificar de que desfrutava de uma festa extraordinária de aniversário. Pela primeira vez desde que fora viver para ali, a casa ia estar concorrida, cheia de vida e de humor. Seria maravilhoso.

Depois da festa, Nicole ia ausentar-se durante uma ou duas semanas e depois voltaria para passar lá o mês de Agosto, como costumava fazer. E ela ver-se-ia livre para fazer alguma coisa com Dan durante as suas férias de Verão.

Sorriu enquanto observava os vinhedos que se prolongavam até aos topos das colinas por um lado e até ao mar pelo outro e ouviu o barulho da pequena bandeira que Dan segurara ao banco da bicicleta.

Os simples prazeres de uma criança de seis anos. A bandeira fazia-o tão feliz que teria sido uma tolice dizer que se tratava da bandeira espanhola, a dos seus avós, e que talvez devesse trocá-la pela do sul de França, para serem politicamente correctos. Mas não importava.

Aquela zona do Languedoc não era como Nice ou Marselha, não havia luzes da cidade nem ruas concorridas e bares de moda. Era uma zona rural, com pequenos hotéis como o de Sandrine e pequenas vilas em Carmargue ou a leste da Provença.

Precisava de passar mais tempo com Dan, a criança estava a crescer demasiado depressa. Além disso, agora só a tinha a ela. Partia-lhe o coração quando ia à tarde ao hotel de Sandrine para tocar piano, mas precisava do dinheiro extra.

E só faltava um dia para as férias do Verão! Fantástico!

Um calafrio percorreu-lhe o corpo. As férias do Verão significavam mais uma coisa, uma coisa em que não queria pensar. Dan ia passar duas semanas com os seus avós em Barcelona, os mesmos avós que tinham feito o possível para ficar com Dan depois da morte do pai da criança… e quase tinham conseguido.

«Meu Deus, Christobal, terias adorado ver como o teu filho é maravilhoso!»

Só tinha de olhar para Dan nos olhos para ver o homem que amara e com quem se casara. E ninguém ia tirar-lhe Dan. Por nada do mundo.

Mesmo que isso significasse esquecer a sua carreira musical.

 

 

Seb saiu do interior fresco do seu carro para esticar as pernas na berma verde da estrada.

Em frente, do outro lado da estrada, estava o portão de Mas Tournesol, a casa de campo onde nascera e passara os primeiros doze anos da sua vida.

Tinha a impressão de que passara muito tempo.

O que talvez explicasse porque agora lhe parecia mais pequena e com mais mato: a perspectiva de uma criança de doze anos era muito diferente da de um homem de trinta anos.

Naquela época, os portões eram duas folhas de ferro forjado com o nome esculpido em metal: Mas Tournesol. A casa dos girassóis.

Agora, uma das portas saíra das dobradiças, estava caída no chão e a relva crescera entre o metal. Devia estar ali há meses. A outra porta desaparecera.

Pensou no rio que corria do outro lado da fileira de árvores à esquerda de onde se encontrava e recordou como se divertira a pescar com o seu pai. À direita, as sebes separavam a propriedade dos vinhedos e dos campos de girassol que o seu pai vendera ao vizinho alguns dias antes de emigrar, mas agora, a sebe era mais alta e colados à sebe havia outros arbustos em flor.

Uma tristeza súbita invadiu-o ao recordar a última vez que percorrera aquele caminho, em direcção à sua nova vida num país longínquo.

Fechou os olhos durante um segundo e, mentalmente, conjurou a imagem do jardim da sua mãe, cheio de flores e abelhas à procura de pólen. E, durante um momento, regressou ao passado, ao lugar que tinha dentro dele, aos tempos mais felizes da sua vida.

Antes de a sua mãe morrer.

Seb abriu os olhos devagar e ajustou os óculos de sol. Evitara ir àquela casa por muitas razões. Estava em Sidney desde os doze anos e gostava muito da sua vida ali, mas continuava a sentir-se francês, sentia a falta da sua terra e da sua cultura. Isso não podia negar-se.

No entanto, havia outra coisa que o impulsionara a ir ali e que lhe causava um certo desagrado desde há seis meses… e estava ligada ao facto de ter descoberto que o seu pai não podia ser o seu pai biológico.

O facto deixara-o perplexo ao princípio, mas não permitira que lhe devastasse a vida. Fora criado no seio de uma boa família e tivera uns pais que o tinham amado muito.

À margem de quem pudesse ter sido o seu pai, estava orgulhoso da sua mãe, sempre estaria. Mas… não conseguia entender porque não dissera a verdade. Sobretudo, no fim. Durante esse tempo, tinha passado muitas horas com ela, a sós, a conversar. E a sua mãe levara o segredo para a sepultura.

Agora que ia passar alguns dias com Nicole, talvez pudesse descobrir a verdade.

Agora voltava para o lugar onde tudo começara.

Agora regressava à casa que, naquele momento, pertencia à sua madrasta, Nicole, depois de se divorciar do seu pai.

Sim, agora a casa era de Nicole e podia fazer com ela o que quisesse. E Nicole, provavelmente, não sabia que aquela semana era a semana do aniversário da morte da sua mãe… nem que a sua mãe morrera naquela casa.

Seb tinha consciência de uma coisa: nunca se arriscaria a afeiçoar-se tanto a uma pessoa nem a um lugar. Não conseguiria suportar que voltassem a arrebatar-lhe tudo, sobretudo, agora que sabia o que sabia.

Não queria pensar no passado, só no futuro. Isso significava honrar o nome da sua mãe através das obras de beneficência que realizava. A sua antiga vida já acabara. E quanto mais depressa regressasse a Sidney e começasse os seus novos projectos, melhor.

Alguns minutos mais tarde, Sebastien atravessou a entrada da propriedade com o carro italiano, desportivo e vermelho, que alugara e seguiu o caminho de cascalho.

Com os olhos fixos na casa, foi aumentando a velocidade até chegar a uma curva…

E, de repente, carregou no travão a fundo, bruscamente, fazendo chiar os pneus até o veículo parar.

Alguma coisa estava deitada no caminho. A olhar para ele.