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Editado por Harlequin Ibérica.

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© 2006 Sarah Morgan

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

A Mulher do Sultão, n.º 2262 - março 2017

Título original: The Sultan’s Virgin Bride

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2007

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-9580-5

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

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Capítulo 1

 

Estava tudo sob controlo. Como um predador, o seu poderoso corpo espreitava imóvel, o olhar alerta e vigilante. Reclinado na sua cadeira, o sultão Tariq bin Omar al-Sharma, distante e inacessível, observava o salão de baile da mesa mais bem situada no recinto. A cabeça arrogante, ligeiramente inclinada, e o cínico olhar dos seus olhos escuros frios eram o suficiente para manter as pessoas a uma distância respeitosa. Como precaução adicional, não muito longe dele, os seus guarda-costas passeavam-se discretamente, prontos para impedir que alguém se aproximasse demasiado do sultão.

Tariq ignorava-os, do mesmo modo que ignorava os olhares dos convidados e aceitava a sua atenção com a indiferença enfadada de alguém que é objecto de interesse e especulação desde o berço.

Era o solteiro mais cobiçado do mundo, incansavelmente perseguido por inúmeras mulheres que olhavam para ele com olhos esperançados. Um homem duro, um símbolo de força e poder, e quase indecentemente atraente.

Apesar do salão de baile estar cheio de homens poderosos e atraentes, Tariq era o alvo dos olhares lascivos das mulheres.

Como tinha por hábito, poderia ter tirado partido dessa vantagem, mas, naquela noite, o seu interesse estava centrado numa única mulher.

Uma mulher que se fazia esperar.

Nada na sua figura atlética sugeria que o objecto da sua presença ali não se devesse a algo mais que o seu desejo de favorecer, com a sua presença, o baile com fins benéficos no qual participava a nata da alta sociedade. O seu rosto atraente de traços aristocráticos não mostrava o menor indício de aquela noite ser o apogeu de meses de um plano meticuloso.

O sultão precisava de obter o controlo total da empresa Tyndall Pipeline Corporation. A construção de um oleoduto através do deserto era fundamental para o futuro de Tazkash, crucial para a segurança e prosperidade do seu povo. O projecto era economicamente rentável, para além de respeitar o meio ambiente.

No entanto, não contava com a cooperação de Harrison Tyndall. O director executivo da empresa recusava-se a recomeçar as negociações. E Tariq sabia porquê.

Por causa da jovem Farrah Tyndall, a filha do papá.

Uma jovenzinha rica e mimada que sempre tivera tudo o que desejava. Um belo objecto feito para decorar os eventos sociais que eram a sua vida.

Sim, sempre conseguira o que desejava. Menos ele.

Os lábios de Tariq curvaram-se num sorriso. Bom, poderia tê-lo tido, mas não gostara das suas condições.

E Harrison Tyndall também não. Repentinamente, e sem acordos, tinham acabado cinco semanas de delicadas negociações entre o Estado de Tazkash e a Tyndall Pipeline Corporation. E durante cinco longos anos não existira comunicação entre eles.

– Sua Excelência, irei dar uma volta pela sala para ver se a jovem Tyndall já chegou – disse Hasim Akbar, o ministro das Exportações Petrolíferas.

– Ainda não chegou – replicou Tariq no seu inglês excelente, aprendido nas escolas mais caras do mundo. – Se estivesse aqui, eu saberia.

– Está a demorar muito.

– É claro! – respondeu com um leve sorriso. – Para ela, a pontualidade é uma forma de perder a ocasião de brilhar. Virá, Hasim. O seu pai patrocina este baile e ela nunca perde uma festa.

Não tinha a menor dúvida de que, naquele momento e em algum lugar, Farrah Tyndall ensaiava a sua entrada no salão de baile. Afinal de contas, não era a vida social o objectivo daquela existência mimada, frívola e superficial? Depois de ter vivido à sombra da reputação da sua mãe, Farrah Tyndall era como todas a mulheres com que lidara na sua vida. Só se preocupava com os vestidos, os sapatos e os seus cabelos, nas mãos dos melhores estilistas.

– Já é tarde, talvez já esteja aqui e não se tenha apercebido, Excelência – insistiu o ministro, tamborilando sobre o braço da sua cadeira.

– É óbvio que nunca a viste na tua vida. Se a conhecesses, saberias que ser o centro das atenções é o objectivo da sua vida.

– É bonita?

– Sublime! – comentou enquanto o seu olhar pousava nas escadas. – Farrah Tyndall consegue iluminar uma sala só com um sorriso dos seus lábios bem pintados. Se já estivesse aqui, os homens estariam a formar redemoinhos à sua volta, a contemplá-la, embevecidos.

Tal como ele a contemplara naquele primeiro dia no acampamento da praia de Nazaar que rodeava o deserto.

Mas não era a sua beleza o que lhe interessava naquele momento. Durante os últimos meses, o seu pessoal adquirira discretamente todas as acções disponíveis da Tyndall. Finalmente, o controlo da empresa estava ao alcance das suas mãos. Só precisava dos restantes vinte por cento das acções para assumir o controlo total da empresa e garantir o projecto do oleoduto.

E Farrah Tyndall possuía esses vinte por cento.

– Continuo a achar que o plano não é viável – comentou Hasim.

– O desafio de um negócio é fazer do impossível algo possível – replicou Tariq com um sorriso imperturbável enquanto brincava com o pé do copo de champanhe. – E encontrar uma solução onde não existia.

– Mas se quer levar a cabo o seu plano, terá de se casar com ela.

Apesar da sua expressão indiferente, os dedos de Tariq apertaram o copo com força. Para ele, a perspectiva de um casamento quase lhe provocava alergia.

– Apenas por pouco tempo.

– Pensa seriamente em apelar à antiga lei que lhe permite divorciar-se após quarenta dias e quarenta noites de casamento?

– Todos os bens da minha esposa, todos, passam legalmente para a minha posse através do casamento – observou com um sorriso. – Preciso daquelas acções, mas não desejo permanecer casado.

O plano era perfeito.

– É um insulto para a noiva e a sua família, Excelência – objectou Hasim.

– Como se pode insultar uma mulher que apenas pensa em festas e bens materiais? – repôs num tom sardónico. – Se esperas que sinta compaixão por Farrah Tyndall, perdes o teu tempo.

Precisamente naquele momento, a menina Tyndall apareceu no cimo das escadas.

Andava como uma princesa, os seus cabelos loiros apanhados para tirar partido do pescoço longo e esbelto, e vestia um vestido comprido dourado que realçava um corpo de uma beleza simplesmente perfeita.

Com fria objectividade, Tariq concluiu que acertara ao pensar que passara a tarde inteira no cabeleireiro enquanto o seu olhar perito percorria lentamente o corpo da jovem.

E isso significava que as prioridades da menina Tyndall não tinham mudado nada em cinco anos desde o seu último encontro.

Embora Tariq reparasse em algumas mudanças. A jovem que se deslocava com a graciosidade de uma bailarina já não era a adolescente sempre consciente de si mesma e ligeiramente amedrontada. Transformara-se numa mulher segura, serena, elegante e sofisticada.

Embora tivesse o cuidado de não se trair, um ataque de luxúria apoderou-se do seu corpo. Irritado com a violência da sua resposta fisiológica, observou-a em silêncio enquanto deslizava por entre as mesas e, ocasionalmente, parava para cumprimentar alguém. O seu sorriso era uma mistura intrigante de sedução e inocência, e utilizava-o com sabedoria, cativando os homens com a curva suave dos seus lábios e o brilho divertidos dos olhos.

Transformara-se numa mulher de beleza excepcional que sabia tirar partido dos dons que a natureza lhe concedera. E utilizava cada um desses dons enquanto se aproximava da mesa, mais resplandecente do que uma estrela luminosa, rodeada de um grupo de amigos.

A mesa estava ao lado da sua. Sabia porque dera instruções ao seu pessoal para que assim fosse. De modo que, como um predador, Tariq esperou pela presa em completo silêncio. A jovem trocou algumas palavras com um convidado que passou junto dela e que, galantemente, lhe beijou a mão. Depois deixou a sua pequena bolsa sobre a mesa e virou a cabeça, ainda sorridente.

Então viu-o.

A cor desapareceu do seu bonito rosto e o sorriso brilhante esfumou-se imediatamente.

Uma faísca vulnerável brilhou no fundo dos seus espantosos olhos verdes. Durante um segundo, a mulher desapareceu e Tariq voltou a ver a jovem adolescente.

Emocionada, desviou o olhar e respirou fundo enquanto apoiava a mão nas costas da cadeira.

Depois de observar, com satisfação masculina arrogante, o efeito que a sua presença produzira na jovem, Tariq pensou que a sua tarefa ia ser tão fácil como imaginara.

Observou como endireitava os ombros, retirava a mão da cadeira e lhe dirigia um olhar inexpressivo com uma inclinação engraçada de cabeça. Depois virou-se para os amigos sem dar mostras de que ele fosse algo mais que um conhecido.

O olhar de Tariq pousou nos seus seios, pois achava que, embora o seu casamento com a herdeira dos Tyndall fosse apenas um negócio, a primeira noite certamente seria agradável. Quarenta dias com as suas respectivas noites, para ser mais exacto. A ideia do casamento, repentinamente, ganhou um encanto que lhe escapara anteriormente.

 

 

De pé, num canto escuro do terraço, Farrah observava o jardim naquela noite quente de Agosto. No entanto, o seu corpo tremia.

Se tivesse havido alguma forma de fugir inadvertidamente, tê-lo-ia feito, pois era uma agonia estar na mesma sala que Tariq bin Omar al-Sharma.

Naquela noite, teria ficado em casa se tivesse sido informada de que ele se encontrava em Londres.

Fora um encontro sem aviso, sem a menor oportunidade de se preparar mentalmente para suportar a angústia de voltar a vê-lo.

Um único olhar para aqueles olhos escuros exóticos tinham-na transformado novamente na estudante desajeitada de olhos grandes, louca por ele, curvada pelo peso das suas inseguranças. E, ao rejeitá-la, ele acabara com a sua frágil auto-estima.

O jantar fora um exercício duro de contenção e resistência, enquanto conversava e se ria com os amigos, absolutamente consciente da sua presença poderosa e dos seus olhos cravados nas suas costas. Num dado momento, depois de se desculpar, saíra para o terraço, incapaz de suportar a situação nem mais um minuto.

Na escuridão do terraço, pensou com admiração que, por mais que alguém mudasse por fora, por dentro continuava a ser a mesma pessoa. Apesar da deslumbrante segurança em si mesma, no fundo mantinham-se as antigas inseguranças. Por dentro, era a mesma rapariga desajeitada, com uns quilos a mais, cujo aspecto e interesses não correspondiam ao que se esperava dela. Farrah fora uma desilusão contínua para a senhora Tyndall.

A lembrança da sua mãe aumentou a tristeza daquele momento. Falecera há seis anos, mas, em Farrah, ainda se mantinha vivo o desejo desesperado de lhe agradar, de fazer com que se sentisse orgulhosa da sua filha.

– Espanta-me que percas uma festa, Farrah – ouviu, nas suas costas, a voz profunda, suave, indiscutivelmente masculina de Tariq.

Em tempos, amara aquela voz. Considerara-a exótica e sedutora.

No passado, costumavam chamar-lhe Príncipe do Deserto e o nome ainda se mantinha, apesar de há quatro anos se ter tornado o sultão que governava o Estado de Tazkash. Valente e agressivo, transformara um país pequeno e insignificante num dos Estados mais relevantes do mercado mundial. Como sultão, ganhara o respeito dos políticos e do mundo dos negócios.

Farrah sentiu que o pânico se apoderava dela. Felizmente, aprendera a esconder os seus verdadeiros sentimentos e o seu professor fora o próprio Tariq. Era um homem que não revelava nada. Enquanto ela agia governada pelas suas emoções, ele seguia a sua mente.

Sem deixar de recordar a dura lição, virou-se lentamente, decidida a comportar-se como se a sua presença não passasse de um incómodo para ela.

– Sua Alteza – cumprimentou, sem olhar para ele. O seu tom era seco, embora ferozmente educado. Farrah reparou que estavam sozinhos no terraço, à excepção dos guarda-costas que se encontravam a uma distância prudente. – Está muito calor no salão.

– E, no entanto, estás a tremer – repôs enquanto se aproximava dela.

Farrah sentiu a boca a secar e agarrou-se à pequena mala como se enfrentasse um ladrão. Embora fosse evidente que não iria assaltá-la, sem dúvida era um ladrão. Em tempos, roubara-lhe o coração.

– Não vamos ser hipócritas, sua Excelência. Encontramo-nos na mesma recepção e é uma infeliz coincidência para ambos. No entanto, isso não significa que sejamos obrigados a partilhar a noite. Não é preciso fingir uma amizade que sabemos que não existe.

Naquela noite, o seu aspecto era espectacular. O smoking ficava-lhe tão bem como a roupa tradicional que costumava usar e ela não ignorava que se sentia confortável com qualquer roupa. O sultão movia-se com invejável desenvoltura entre as diferentes culturas.

Tariq estava absolutamente fora do seu alcance e o facto de ter achado que poderiam partilhar um futuro era a lembrança mais humilhante da sua estúpida ingenuidade no passado.

Um vestido de marca e um penteado refinado não a transformavam em candidata a esposa de um príncipe, como uma vez lhe dissera com crueldade.

Infelizmente, Tariq não conhecera a sua mãe. Tinham muito em comum e o mais notável era a crença de que a jovem Farrah não encaixava na brilhante sociedade que ambos frequentavam.

A jovem disse para si com firmeza que já não importava. Agora tinha a sua própria vida. Uma vida que adorava, adequada ao seu modo de ser. Aprendera a ser uma mulher socialmente brilhante porque era o que se esperava dela, embora aquela fosse apenas uma pequena parte da sua existência. E não era a que mais lhe interessava. Mas isso era algo que não tinha intenção de partilhar com Tariq. A sua breve relação com ele mostrara-lhe que ser aberta e sincera só conduzia à dor e à angústia.

A música chegava-lhes pelas portas abertas do terraço. Farrah sabia que dentro de meia hora começaria o desfile de moda para o qual a tinham convidado a participar. Como poderia fazê-lo? Como poderia desfilar, sabendo que ele se encontraria entre os presentes?

Telefonaria a Henry, o motorista da família, e pedir-lhe-ia que viesse buscá-la. A melhor forma de se proteger era indo-se embora da festa.

Decidida a fazê-lo, deu um passo para se ir embora, mas ele agarrou-lhe o braço.

– Esta conversa ainda não acabou. Não te dei permissão para saíres.

– Não preciso da tua permissão, Tariq – disse com os olhos chamejantes de raiva e desafio enquanto sentia a excitação que percorria o seu corpo perante a proximidade física do homem. E também sentiu raiva contra si. – Vivo a minha vida do modo que me apetece e, felizmente, não estás incluído nela. Este foi um encontro fortuito que faríamos bem em esquecer.

– Achas que este encontro foi fortuito? – perguntou tão perto, que ela pôde sentir o calor do seu corpo através do tecido fino do vestido dourado e, embora lutasse contra isso, sentiu que as pernas lhe fraquejavam.

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– Vai-te embora, Tariq! Se querias acabar definitivamente com o que aconteceu entre nós, já conseguiste. Mas vai-te embora e deixa-me viver a minha vida em paz – disse estremecida e com o coração a bater-lhe freneticamente no peito.

Ele olhou pensativamente para ela.

– Não devias sair com roupa tão leve para o ar fresco da noite. Vais arrefecer – comentou enquanto lhe punha o seu casaco sobre os ombros nus. – Não vim aqui com esse propósito.

Farrah viu-se novamente envolta no cheiro masculino familiar e o seu corpo voltou a reagir.

Ele aproximou-se mais e ela sentiu o seu fôlego quente na face.

– Então porque vieste? Rogo-te que vás directo à questão para poder voltar para o salão – disse, consciente da sua proximidade e do olhar dos seus olhos escuros, fixos nela. Com um calafrio, percebeu que a boca masculina estava muito perto da sua. – Tariq – murmurou, quase como um rogo. – Não há nada entre nós. Tu mataste-o.

– É inútil negá-lo quando o corpo fala com tanta clareza.

Farrah pensou que ele conseguia ver tudo, que sabia tudo. Conhecia os seus sentimentos, os seus pensamentos.

Dizia-se que o sultão era um perito em mulheres. E que era o melhor dos amantes. Embora ela nunca tivesse tido a oportunidade de o confirmar.

Ao ver o seu sorriso satisfeito e levemente divertido, Farrah olhou para ele com o queixo levantado.

– Queres que o meu corpo fale com clareza? Está bem – disse enquanto lhe dava uma sonora bofetada na face.

Imediatamente, os guarda-costas surgiram da escuridão, mas Tariq parou-os com um leve gesto da mão enquanto olhava para ela com incredulidade.

– Gosta do perigo, laeela. Perdoo-te porque compreendo os sentimentos que te levaram a fazê-lo. Sempre houve fogo entre nós e, apesar do que possas pensar, eu não gosto que a minha esposa seja submissa e fraca.

– És casado? – perguntou, surpreendida.

– Ainda não – respondeu num tom suave como a seda. – Essa foi a razão que me trouxe até aqui.

– Andas à procura de esposa? – perguntou com sarcasmo. – Então volta para o salão, Tariq. Tenho a certeza de que há uma fila de candidatas à tua espera.

– Pode ser, mas a mulher que procuro está à minha frente. Decidi casar-me contigo, Farrah – murmurou com a boca muito próxima da dela.