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HarperCollins 200 anos. Desde 1817.

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

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28001 Madrid

 

© 2007 Anne Mather

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Desejo perigoso, n.º 1047 - abril 2017

Título original: The Pregnancy Affair

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-9657-4

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

Capítulo 14

Epílogo

Se gostou deste livro…

Capítulo 1

 

O sinal que indicava aos passageiros para porem o cinto iluminou-se sobre a cabeça de Olivia, que imediatamente se certificou de que o deixava bem justo.

– Aterraremos no aeroporto internacional de Newcastle dentro de quinze minutos – informou a assistente de bordo, num tom de voz doce. – Por favor, certifique-se de que a sua bagagem de mão está convenientemente guardada e de que a bandeja do seu assento está fechada.

O avião começou a descida e o estômago de Olivia começou a protestar. A causa não era precisamente as numerosas chávenas de café que bebera naquela manhã. A mera ideia de regressar a Bridgeford, depois de tantos anos, era o que lhe provocava aquele nó no estômago.

A aterragem foi tranquila e sem incidentes. Os passageiros e a tripulação começaram a pegar nos seus pertences. Mal falavam entre eles. Era fundamentalmente um voo de negócios, embora também tivessem embarcado algumas pessoas que regressavam das suas férias.

A viagem de Olivia não era nem de negócios nem de prazer. Não sabia se estava a fazer o correcto ao regressar ali. Albergava sérias dúvidas de que o seu pai quisesse vê-la, apesar de a sua irmã lhe ter assegurado que sim. E, além disso, havia muitas possibilidades de se encontrar com o homem que destruíra a sua vida.

Mesmo assim, já era demasiado tarde para se arrepender. O avião estava completamente parado, a porta abriu-se e os passageiros levantaram-se para sair. Quando um dos saltos finos e altos dos sapatos de Olivia ficou preso na escada metálica, ela pensou que devia ter escolhido uns sapatos mais confortáveis. Apesar de se sentir muito insegura, Olivia tentou disfarçar.

Depois de caminhar pela pista, chegou ao terminal onde preparou o seu passaporte e ficou à espera das suas malas. Só trazia uma mala já que deixara o resto em Londres. Era lá que realmente queria procurar um apartamento. Aquela viagem a Bridgeford era só para se provar, e à sua família, que não tinha medo de regressar.

A mala de Olivia foi uma das primeiras a aparecer. Pegou nela com um ar de preocupação. A hora da verdade chegara. Linda, a sua irmã, dissera-lhe que iria buscá-la, o que era um alívio. Era a pessoa que menos a julgava na família.

Ao sair, viu que havia muita gente à espera para receber os passageiros. Muitas pessoas traziam cartazes com os seus nomes para se identificarem. Olivia não ia ter nenhum problema em reconhecer Linda, embora não soubesse se Linda ia reconhecê-la.

De repente, ficou paralisada e a mala de rodas que a seguia bateu-lhe levemente na perna por causa da travagem. Ficou a olhar fixamente para o homem que estava na primeira fila da multidão e que, embora Olivia não pudesse acreditar, parecia estar à espera dela.

Olhou para trás, convencida de que ele não estava a olhar para ela, mas para outra pessoa que vinha atrás. Mas ninguém a seguia de perto. Não havia mais ninguém no ângulo de visão daquele homem.

Naquele momento, apesar do descrédito de Olivia, ele caminhou para ela.

– Olá! – cumprimentou-a, pegando na mala. – Fizeste uma boa viagem?

– O que estás a fazer aqui? – perguntou Olivia, olhando para ele nos olhos.

Não era a frase mais cortês, dadas as circunstâncias, mas não conseguiu evitá-lo. Os nervos do avião não eram nada comparados com a ansiedade que estava a sentir naquele momento. O seu coração estava acelerado e tinha a cabeça prestes a rebentar. O que raios é que Joel Armstrong estava a fazer ali? Olivia assumira que ele ia tentar evitá-la.

– On… Onde está Linda? – insistiu.

– Em casa – respondeu ele, tranquilo, enquanto começava a caminhar. – O teu pai não teve um bom dia. Pensou que era melhor não o deixar sozinho.

Olivia pestanejou. Esteve prestes a dizer que o seu pai nunca tinha um bom dia, mas não o fez. Já bastava tentar seguir o ritmo que os passos de Joel marcavam. Tinham passado quinze anos desde a última vez que se tinham visto e Joel transformara-se num homem.

«E que homem!», pensou Olivia, enquanto olhava para ele de esguelha. Sempre fora alto, mas as suas costas estavam mais largas e o casaco de couro que vestia denunciava a sua musculatura. Tinha uma barba de dois dias e o cabelo muito curto. A forma da sua cabeça continuava a ser perfeita.

Não estava só bonito. A sua beleza juvenil transformara-se com a maturidade. Umas rugas leves rodeavam os olhos cinzentos e frios e aqueles lábios bonitos.

Meu Deus, estava muito atraente. Olivia sentiu um calafrio que nunca teria pensado que ia voltar a sentir. Parecia-lhe impossível que tivessem estado casados no passado. Seria verdade que, no fundo, se deixara levar pelo orgulho? Será que as coisas teriam sido diferentes se tivesse escolhido ficar e lutar?

Olivia tremeu. Saíram do aeroporto. Era um dia luminoso de Abril. Em Londres estava a chover, mas em Newcastle estava um dia lindo. Joel virou-se e olhou para ela. Naquele momento, arrependeu-se de se ter arranjado tanto para a viagem. Quisera que Linda sentisse inveja ao admirar a sua silhueta esbelta e o fato de marca que escolhera para a ocasião. Vestira a saia mais curta de todo o armário, que deixava a descoberto grande parte das suas pernas longas. Já para não falar do preço das madeixas que salpicavam o seu cabelo castanho…

– Estás bem? – perguntou Joel. Ela assentiu automaticamente.

– Estou bem. Onde tens o carro estacionado?

– Está perto. Tiveste sorte por chuva desta manhã ter parado – respondeu ele, desacelerando.

Olivia fez uma careta, mas não quis responder-lhe. Depois de quinze anos sem se verem, ele só queria falar do tempo. Porque se sentia tão tensa se Joel estava tão tranquilo? O que quer que fosse que acontecera àquele homem em quinze anos, evidentemente transformara-o. E a mudança, indubitavelmente, era a melhor.

Joel deixara de estudar aos dezoito anos, apesar das suas notas excelentes e começara a trabalhar para o pai de Olivia. Quisera casar-se com ela o mais depressa possível e assim que Olivia fizera dezoito anos tinham celebrado o casamento. Todos tinham pensado que aquele casamento ia ser duradouro.

– Bom… como estás? – perguntou ela finalmente, enquanto se aproximavam do carro. – Passou muito tempo.

– É verdade – respondeu Joel, fazendo uma careta e olhando para ela de forma sedutora. – Tu tens muito bom aspecto. Suponho que te fez bem viver nos Estados Unidos.

Olivia sentiu a tentação de confessar que não lhe fizera nada bem. Embora provavelmente tivesse mais a ver com o homem com quem estivera a viver do que com o país em si.

Joel parou junto de um todo-o-terreno e tirou as chaves do bolso. Guardou a mala no porta-bagagem e foi abrir a porta do passageiro.

Olivia estava surpreendida com aquele veículo tão elegante. Seria de Joel ou do pai dela? Não importava quem era o dono, o que estava claro era que as coisas estavam bem na quinta.

– É um carro bonito – reconheceu ela. Ao entrar, a minissaia subiu e sentiu os olhos de Joel sobre ela. Olivia estava demasiado ocupada a baixar o olhar para não olhar para ele, mas tinha a certeza de que nos seus lábios se desenhara um sorriso atrevido.

– Eu gosto – replicou ele. – Estás pronta?

– Claro que estou pronta – respondeu ela. Quando Joel segurou o volante, Olivia percebeu que ele tinha um anel de casamento no dedo anelar. Não era o anel que ela lhe oferecera, mas um muito mais caro. Sentiu novamente o nó no estômago. – És casado?

– Importas-te? – perguntou ele. Olivia sentiu que corava apesar da decisão que tomara de esconder os seus sentimentos.

– Não especialmente – murmurou, fixando a sua atenção num avião que estava prestes a aterrar. – Este aeroporto está muito mais concorrido do que eu me lembrava.

– As coisas mudam – replicou Joel, enquanto virava para a saída. – E sou divorciado. Pela segunda vez. Acho que nenhum dos dois teve muita sorte nesse sentido.

– O que queres dizer? – perguntou Olivia, olhando para ele fixamente.

– Linda disse-me que o teu segundo casamento acabou – declarou ele. – Não é essa a razão pela qual voltaste para Inglaterra?

Olivia suspirou com ressentimento. Linda outra vez. Devia saber que a sua irmã ia ser incapaz de manter uma notícia semelhante em segredo.

– Voltei para Inglaterra porque o meu trabalho é aqui. Não conheço suficientemente o mercado imobiliário americano para conseguir um emprego assim em Nova Iorque.

– Ah… – disse Joel, embora não parecesse muito convencido. – Então, o que é que vais fazer? Vais trabalhar para alguma agência em Newcastle?

– Londres, provavelmente – respondeu.

Olivia odiava aquela sensação de ter de se justificar à frente dele. Porque se importava com a opinião que tivesse dela? Se Linda não tivesse decidido que ele iria buscá-la, nunca teriam mantido aquela conversa absurda.

O céu estava limpo, as árvores verdes estavam a começar a brotar e alguns narcisos floresciam nas pradarias. Olivia não pensara que o campo estaria bonito. Depois de viver primeiro em Londres e depois em Nova Iorque, transformara-se num animal de cidade.

– Hum… E como está o meu pai? – perguntou finalmente, quebrando o silêncio. Sentia-se incomodada e recorreu ao humor. – Suponho que está tão irascível como sempre.

– Tem os seus dias bons e os seus dias maus, como certamente Linda te terá informado. Mas desde que teve o derrame…

– Que derrame? – interrompeu Olivia. Joel suspirou.

– Não te contou. Talvez eu também não devesse ter-to dito. Suponho que o homem não quis que todos soubessem.

– Ouve, eu não sou «todos»! Sou a filha dele. Não achas que tenho o direito de saber?

Joel arqueou as sobrancelhas num ar de indiferença.

– Suponho que dependerá do tipo de relação que tenham mantido durante estes anos. Há quanto tempo não o vês?

– Sabes exactamente há quanto tempo não o vejo. Não estava especialmente entusiasmada em voltar depois… depois de nos separarmos.

– É uma desculpa? – perguntou Joel, olhando para ela por um instante.

– Não. É a razão pela qual não vim todos estes anos. Telefonei-lhe, escrevi-lhe cartas e nunca recebi uma resposta.

– Não sabia – reconheceu ele.

– Não? – perguntou Olivia, sem acreditar totalmente. – Além disso, porque terias de saber? Atrever-me-ia a dizer que esperavas nunca voltar a ver-me.

Joel abanou a cabeça.

– Estás enganada, Liv. Superei o que me fizeste há anos. A minha vida continuou. Casei-me. Tive um filho. Percebi que éramos muito jovens quando nos casámos. Nenhum dos dois sabia o que queria da vida.

Olivia conteve-se para não olhar para ele fixamente. Tinha um filho! De todas as coisas que podia ter-lhe dito, aquela era a que menos esperava e a mais dolorosa. Voltou a sentir o nó no estômago.

Tinha de dizer alguma coisa. Estava a demorar demasiado tempo a digerir a notícia sem dar uma resposta. O que importava que tivesse um filho? Ela nunca sentira o instinto maternal. Mesmo assim, magoava-a. Era como uma ferida que estava prestes a cicatrizar, mas que se abria novamente. Sentiu uma dor tão intensa como no dia em que perdera o filho de ambos.

– Bom. No entanto, eu teria gostado que Linda me tivesse avisado.

– Suponho que teria medo de que, se descobrisses a verdade, talvez não quisesses vir. Ben Foley não é um doente fácil. Sem a ajuda de Dempsey, a quinta teria ido à falência há muito tempo.

– Martin? – perguntou, surpreendida ao ouvir falar assim do marido da sua irmã. – Trabalha na quinta e na estufa?

– A estufa fechou – esclareceu Joel, enquanto ultrapassava um tractor. – Agora vivem na quinta. Dadas as circunstâncias, era a solução mais sensata.

Olivia sentiu-se muito confusa. Quando ela se fora embora, era Joel que praticamente geria a quinta do seu pai e pensara que ele ficaria com tudo quando Ben Foley se reformasse. Aquela fora uma das razões pelas quais o seu pai se zangara tanto com ela quando o casamento acabara. Ele dependia de Joel. Dependia muito.

Olivia sentiu falta de ar. Será que o pai dela castigara Joel porque ela se fora embora?

A estrada desenhou uma curva e atrás dela apareceu o mar ao longe. A baía Redes brilhava com o sol da tarde, tão reluzente como um espelho no deserto. Bridgeford ficava a apenas dois quilómetros do mar em linha recta. Pelas pequenas estradas cheias de curvas da zona, era um pouco mais longe.

– Deves ter fome – comentou Joel. Olivia fingiu um sorriso. Estava demasiado nervosa para se lembrar da fome. Certamente, ter-se-ia sentido melhor se não tivesse bebido tanto café naquela manhã. – Suponho que Linda terá a comida pronta para ti. Continua a fazer o melhor bolo de carne de toda a vizinhança.

– Ah, sim? – Olivia sentiu-se ainda pior ao pensar em todas aquelas calorias.

Nos últimos anos, habituara-se a tomar muito cuidado com o seu peso. A mera ideia de se sentar a comer uma fatia de bolo de carne horrorizava-a.

– Não te fariam mal mais umas calorias – comentou Joel, enquanto travava ao chegar a um cruzamento. Era como se lhe tivesse lido o pensamento.

– Achas? Suponho que preferes as mulheres com mais corpo.

Joel deu uma gargalhada. Olivia estava a começar a ficar furiosa.

– Podíamos dizer que sim – reconheceu ele. Olivia esteve prestes a dar-lhe uma bofetada. Sabia que estava óptima, pelo menos segundo a moda de Nova Iorque, e sentia-se indignada ao ver que Joel estava a rir-se dela.

– Claro e suponho que a tua segunda esposa foi tudo o que eu não fui – replicou, olhando para ele enfurecida, sem se importar com o tom que estava a adoptar. – Está bem, para que saibas, no lugar de onde venho, as mulheres preocupam-se com a aparência física. Nem todas querem transformar-se em vacas leiteiras.

– Acho que já me demonstraste que eras dessa opinião quando te livraste do nosso bebé – respondeu ele, duramente. Parecia estar profundamente afectado e estava a tentar controlar-se. – Esquece. Não devia tê-lo dito.

Olivia respirou fundo. Prometera a si própria que não voltaria a falar daquele assunto com Joel, mas era inevitável.

– Primeiro, e para que não te esqueças, eu não me livrei do nosso bebé. Até a risco de me repetir, insisto que tive um aborto. Acredites ou não, essas coisas acontecem!

Os dedos de Joel agarraram-se com força ao volante.

– Bom, já está – sentenciou ele. Olivia sabia que não acreditava, tal como não acreditara no passado. – Dentro de alguns minutos, teremos chegado. Deixar-te-ei em casa e tenho de voltar para a universidade.

– A universidade? – repetiu, espantada.

– Sim, em Newcastle – respondeu Joel sem dar mais explicações.

– Estás na universidade? – insistiu Olivia, incrédula.

– Trabalho na universidade. Pelos vistos, Linda não te contou nada.

– Não – concordou ela, boquiaberta. Na verdade, Linda nem mencionara Joel. Fora por isso que se surpreendera tanto ao vê-lo no aeroporto. Soubera que mais cedo ou mais tarde ia encontrá-lo na quinta, mas pensava que Linda tentaria atrasar aquele momento.

– Surpreende-te? – perguntou ele, recuperando o tom relaxado. Olivia tinha de dizer alguma coisa ou corria o risco de ele pensar que ela era invejosa. Ela nunca estivera na universidade, embora se tivesse licenciado em Economia, indo a algumas aulas à tarde.

Começara a trabalhar numa grande agência imobiliária em Londres mesmo antes de se licenciar. O seu talento para o trabalho e a boa relação que mantinha com os clientes tinham-na feito ascender rapidamente na empresa. Com vinte e seis anos, tivera o salário de alto cargo, mais extras como o pagamento por parte da empresa dos seus estudos em Bloomsbury.

Mas tudo desaparecera quando Bruce Garvey a pedira a em casamento. Apesar do seu sucesso profissional, Olivia sentira que a sua vida estava vazia. Sentira a falta da vida que deixara para trás em Bridgeford, dos amigos e da família. Até sentira a falta de Joel, embora soubesse que nunca o perdoaria por a ter deixado.

– Suponho que os teus pais se alegrariam por teres deixado a quinta – replicou, finalmente. Joel abanou a cabeça.

– Não pude ficar depois… bom, depois do que aconteceu.

– Estás a dizer-me que o meu pai te pediu para te ires embora? – perguntou ela, com os olhos esbugalhados.

– Meu Deus, não! O mundo não gira à tua volta, sabes? – perguntou, sarcasticamente. – Fiz o que tinha de ter feito há muito tempo. Licenciei-me em Tecnologias de Informação em Leeds.

– Tecnologias de Informação?

– Sim, foi o que disse. Informática, computadores, para o dizer mais claramente.

– Estou a ver. Fico contente por as coisas terem corrido tão bem – respondeu ela, recostando-se no banco de couro.

– Oh, claro! Dois casamentos fracassados, um bebé que não sabemos se sofreu um aborto ou não. Foram só pérolas na minha vida. Como foi a tua, Liv?