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HarperCollins 200 anos. Desde 1817.

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2006 Sarah Morgan

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Jóias do coração, n.º 1051 - abril 2017

Título original: Blackmailed by Diamonds, Bound by Marriage

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-9660-4

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Se gostou deste livro…

Capítulo 1

 

O som inconfundível dos passos dele ecoou nas antigas escadas de pedra que davam para o andar de baixo do museu.

Angie Littlewood levantou o olhar das suas notas, distraída por aquele barulho. O andar de cima do museu estava cheio de visitantes, mas naquele lugar estava um silêncio quase reverencial.

A Angie surpreendeu-se um pouco ver Helen Knightly aparecer pela porta uma vez que esta, como directora do museu, costumava estar muito ocupada com os visitantes àquela hora. Mas a surpresa transformou-se em preocupação ao observar a angústia que a cara da sua companheira reflectia.

– Estás bem, Helen? Aconteceu alguma coisa?

– Não sei como te contar isto, querida – disse Helen, mais pálida do que de costume.

Era evidente que tinha algo a ver com a sua mãe. Gaynor Littlewood estivera tão traumatizada durante os últimos meses por causa do que acontecera que Angie, às vezes, tinha medo de a deixar sozinha em casa.

– O que aconteceu?

–Está uma pessoa lá em cima a perguntar por ti.

Suspirando silenciosamente, Angie pousou no sítio a cerâmica antiga que examinava e levantou-se.

– Se for outra vez a minha mãe, peço desculpa – disse, ajeitando os óculos enquanto se dirigia à porta. – Os últimos seis meses foram muito difíceis para ela e eu estou farta de lhe dizer que não pode vir aqui sempre que lhe apetece…

– Não é a tua mãe – disse a conservadora do museu.

Angie pensou que se não era a sua mãe teria de ser alguém relacionado com a angariação de fundos. Naquele momento ouviram-se passos nas escadas. Olhou para a porta e viu um homem entrar sem esperar sequer que fosse convidado a fazê-lo.

Angie ficou a olhar para ele, absorta pela beleza das feições daquele homem, que recordava um deus grego…

– Doutora Littlewood? Angie! – exclamou Helen num tom bastante brusco.

Então Angie apercebeu-se de que os patrocinadores não queriam que os arqueólogos estivessem distraídos e aquele homem parecia muito importante. Fixou-se nos dois homens que a esperavam na porta com uma atitude de respeito e atenção. Pensou que talvez aquele homem estivesse a pensar realizar uma doação muito importante ao museu. Pôs de parte a sua timidez e aproximou-se dele, um homem que nunca repararia numa mulher como ela.

Disse para si mesma que não se importava de não ser bonita nem elegante. Licenciou-se com a melhor nota do curso na Universidade de Oxford e falava fluentemente cinco idiomas, incluindo latim e grego.

– É um prazer conhecê-lo – disse, estendendo a mão ao homem. Ouviu como Helen emitia um som aflito.

– Angie, este não é… quero dizer… deveria apresentar-vos– começou a dizer Helen.

Mas o homem aproximou-se e pegou na mão que Angie lhe estendia.

– É a menina Littlewood? – perguntou ele com uma voz marcada por um ligeiro sotaque.

– Este é Nikos Kyriacou, Angie, o presidente do Kyriacou Investments.

Nikos Kyriacou. Ao aperceber-se da realidade, Angie soltou a sua mão e recuou. Durante os últimos seis meses, a sua mãe repetira aquele nome todas as noites quando se ia deitar, soluçando.

Dando-se conta da repentina tensão que se apoderara do ambiente, Helen murmurou.

– Talvez devêssemos… – começou a dizer, indicando a porta.

– Deixe-nos a sós – disse Nikos Kyriacou, que olhava fixamente para Angie com os seus olhos escuros. – Quero falar com a menina Littlewood a sós.

– Mas…

– Está tudo bem, Helen – mentiu Angie, que já sentia como lhe tremiam os joelhos. Na verdade não queria ficar a sós com aquele homem, cuja falta de delicadeza não a tinha surpreendido.

Já tinha deduzido que não tinha dignidade… não tinha nem ética nem moral. Era como o deus grego Ares, o Deus da guerra, frio e bonito, mas que trazia a morte e a destruição.

Endireitou-se. Devia-o à sua família. Tinha de o enfrentar. Mas o problema era que ela odiava conflitos. Claro que daquela vez não tinha outra opção.

Olhou para aquele homem, deu-se conta de que era tão frio e intimidador como se dizia dele, e de repente, tudo o que desejou fazer foi fugir dali. Mas então recordou a sua irmã quando era pequena, tão loira e perfeita, sempre a sorrir. E recordou também os soluços da sua mãe… e todas as coisas que decidira dizer a Nikos Kyriacou se um dia estivesse diante dele.

Perguntou-se porque deveria ter medo de ficar a sós com ele. O que poderia fazer à sua família que não tivesse feito já?

Continuava a olhar para ela fixamente e pensou que teria de reconhecer que aquele homem tinha coragem; era capaz de olhar para ela nos olhos sem aparentar o mínimo remorso.

– Primeiro, quero oferecer-lhe as minhas condolências pela morte da sua irmã – disse ele assim que teve a certeza de que Helen já não conseguia ouvi-los.

Angie ficou impressionada quase tanto com a sua hipocrisia como com a sua frontalidade. Aquilo poderia ter algum significado se tivesse falado com um pouco mais de doçura, mas o tom que Nikos empregou era duro. Aquela frieza era quase insultante.

– As suas condolências? – perguntou ela com a boca tão seca que mal conseguia falar. – Da próxima vez que oferecer as suas condolências, pelo menos tente mostrar que as sente. Dadas as circunstâncias, a sua compaixão está um pouco deslocada, não lhe parece? De facto, acho que não tem vergonha nenhuma para se apresentar aqui para oferecer «as condolências» depois do que fez!

Era a primeira vez que Angie falava com alguém daquela maneira.

– A morte da sua irmã na minha villa foi muito desafortunada, mas…

– Muito desafortunada? – Angie, que nunca levantava a voz, fê-lo naquele momento. – Desafortunada? É isso o que diz a si mesmo, senhor Kyriacou? É assim que apazigua a sua consciência? Como consegue dormir à noite?

– Não tenho nenhum problema em dormir – os olhos de Nikos reflectiram algo perigoso.

Angie apercebeu-se de repente, de como o seu coração batia rápido e do quão húmidas tinha as mãos. Sentiu vontade de agredi-lo e deve ter evidenciado o seu desejo porque os dois homens que esperavam à porta se aproximaram.

– Quem são? – perguntou.

– Os meus seguranças – Nikos Kyriacou indicou-lhes com a mão que se retirassem.

– Agora compreendo porque é que um homem como você tem de andar acompanhado por seguranças se trata toda a gente como tratou a minha irmã! Não tem consciência! – Angie pôs ambas as mãos sobre a sua secretária; era isso ou agarrar Nikos. – A minha irmã morreu porque caiu do seu terraço… e está a dizer-me que tem a consciência tranquila?

– Houve uma investigação policial e uma autópsia. Chegaram à conclusão de que foi um acidente – disse ele sem nenhuma emoção reflectida na voz.

Aquilo fez com que o aborrecimento de Angie alcançasse níveis perigosos. Não imaginara que pudesse sentir tanta fúria. Mas era porque não tivera a oportunidade de expressar os seus sentimentos. Estivera muito ocupada a tratar da sua mãe e quase não tinha tempo para pensar durante a noite, quando a sua mente se via invadida pelas lembranças da sua irmã. A sua irmã mais nova. A pessoa que mais amava no mundo.

As lágrimas apareceram nos seus olhos e afastou-as pestanejando.

– Morte acidental. Certamente. Que outra coisa poderia ter sido? – perguntou sem conseguir evitar o sarcasmo que a sua voz reflectia. – É uma pessoa muito importante, não é assim, senhor Kyriacou?

– Não tenho a certeza do que quer dizer com isso, menina Littlewood, mas devo avisá-la de que tenha cuidado.

Havia alguma coisa no tom de voz de Nikos que fez com que Angie estremecesse. A calma que ele tinha chocava com as emoções ardentes que ela sentia. Descobria partes da sua personalidade que não sabia que existiam, como a necessidade de apagar a expressão de superioridade que a cara dele reflectia.

– Sou a doutora Littlewood – corrigiu, levantando o queixo. – E você não me assusta.

– Doutora, é claro. Doutora Angelina Littlewood. O propósito da minha visita não é assustá-la – disse ele, esboçando um leve sorriso que deixava claro que se quisesse assustá-la não teria sido difícil.

– Ninguém me chama Angelina – esclareceu ela, que considerava aquele nome ridículo. Aquele nome era para outro tipo de mulheres, era para mulheres glamorosas e bonitas, não para uma arqueóloga estudiosa. – Prefiro que me chamem Angie, como deveria saber se soubesse alguma coisa sobre mim.

– Sei muitas coisas sobre si. É licenciada em Arqueologia Clássica, tem um doutoramento em Arqueologia Mediterrânea e especializada na Arte e na Cerâmica da Grécia Clássica. Um percurso académico muito admirável para alguém tão jovem como você. Diga-me uma coisa, doutora Littlewood… esconde-se sempre por trás dos seus títulos académicos?

– Só quando acho que me estão a tratar com condescendência – disse Angie, ainda impressionada ao ter-se dado conta de tudo o que ele sabia dela.

– É isso o que pensa? – perguntou ele, observando-a de perto. – Não se parece em nada com a sua irmã, pois não?

Não sabia se o fizera de propósito ou não, mas Nikos recorrera a uma arma muito dolorosa.

Angie virou-se porque não queria que ele se apercebesse da tortura que aquelas palavras causaram nela. Sabia que não se parecia com a sua irmã… há muito tempo que aceitara que eram muito diferentes em quase tudo. Mas aquelas diferenças não afectavam o laço que as unia. Inclusive quando Tiffany se transformara numa pessoa mal-humorada, Angie continuava a gostar dela profundamente. Saber que não tiveram muito em comum não conseguia mitigar a dor pela sua morte. Na verdade agravara-a, Angie sentia-se culpada por não ter tentado com mais convicção influenciar a sua irmã mais nova.

A mãe dela não ajudava muito porque perguntava-se constantemente o que teria acontecido se Angie não estivesse tão aborrecida e obcecada pelo trabalho, ou se tivesse ido com ela para a Grécia e estivesse com ela… na noite do acidente…

Angie começava até a acreditar que tivera uma parte da culpa na morte de Tiffany… Por tê-la deixado continuar pelo caminho da autodestruição…

– Leu o relatório? – perguntou Nikos de uma maneira implacável.

– Se me perguntar se sabia que ela estava bêbada, a resposta é que sim – respondeu Angie de maneira calma, apercebendo-se da surpresa que os olhos dele reflectiram. – O quê? Pensava que não sabia? Ou achou que ia recusar-me a aceitá-lo?

– Dado que, obviamente, me considera a mim o responsável pelo acidente sem ter em conta que o relatório absolveu a minha família de toda a culpa e responsabilidade, pensei que não se apercebesse desse detalhe.

– O facto é que Tiffany era jovem, senhor Kyriacou. Completara os seus dezoito anos apenas dois meses antes de começar a trabalhar num dos seus hotéis. A maioria dos jovens daquela idade embebeda-se de vez em quando, faz parte da evolução para a idade adulta.

– Já se embebedou, doutora Littlewood?

– Não entendo a relevância dessa pergunta – disse ela, franzindo o sobrolho.

– A sério? – perguntou ele, esboçando um leve sorriso.

– Se estiver a sugerir que o leve estado de embriaguez em que Tiffany se encontrava o iliba de ser culpado, receio não partilhar a sua opinião. A sua indiferença parece-me insultante dadas as circunstâncias. Você foi a razão pela qual ela se embebedou naquela noite!

– Acha que eu lhe pus a garrafa nos lábios? – Nikos arqueou o sobrolho de uma maneira brincalhona.

– Como se nunca o tivesse feito. Em circunstâncias normais a minha irmã e você não teriam nenhuma relação, mas infelizmente o destino fez com que os vossos caminhos se cruzassem.

– O destino? – perguntou ele com um grande sarcasmo.

– A minha irmã era sua empregada! Tinha um contrato de dois anos com o seu hotel! O seu único papel nas festas da alta sociedade era servir o champanhe nas taças de gente como você! – exclamou Angie. Respirou fundo a tentar acalmar-se, forçando-se a falar num tom mais baixo já que tinha suportado muitos mexericos sobre a sua família. – Tiffany era jovem e inocente e você aproveitou-se disso. Você pertencia a um mundo distinto do dela, senhor Kyriacou, e deveria ter-se dado conta disso até porque ela não o fez. Você devia ter-se dedicado a ter relações com modelos, actrizes e com outras mulheres que entendessem os jogos que você escolhe jogar. Mas não conseguiu resistir à minha irmã, não foi? – perguntou com desprezo. – Você aproveitou-se da inocência dela e desfez-lhe o coração.

Então criou-se um longo e tenso silêncio durante o qual ele analisou a cara de Angie.

– Não é a minha intenção difamar a sua irmã, mas está claro que interpretamos os factos de maneira distinta, tal como a personalidade da sua irmã.

– Certamente! Senão como conseguiria viver com a consciência tranquila? Claramente conseguiu convencer-se de que não tem culpa de nada. Mas a verdade é que Tiffany nunca tivera um namorado formal até que foi para a Grécia e mesmo assim você…

– Mesmo assim eu o quê? Por favor, não me oculte nada, doutora Littlewood. Por favor, explique-me o comportamento que tive com a sua irmã inocente. Confesso-lhe que estou fascinado pela sua visão do mundo. Está claro que esteve muito tempo encerrada nas profundidades dos museus e das universidades.

Angie perguntou-se como era possível as mulheres acharem-no tão atraente. De facto era muito bonito, mas tinha uma atitude distante e fria que a fazia estremecer.

Recordou tudo o que a sua mãe lhe dissera sobre ele e o facto de ela ter ficado orgulhosa do novo romance da sua irmã.

– Ele tem pelo menos quinze anos a mais do que ela – assinalara.

– É muito rico, Angie, já para não falar de como é influente. Aconteça o que acontecer, a tua irmã tem tudo resolvido. Está com um homem que a pode inserir em círculos de gente importante nos quais nunca conseguiria entrar. Dizem que tem triliões… que é maravilhoso nos negócios. É muito inteligente. Saiu com modelos e actrizes, mas durante poucas semanas porque parece que não tem intenção de se casar. Mas mesmo assim saiu com a nossa Tiffany pelo menos durante seis semanas! Obviamente tem uma relação séria com ela. Acreditas?

Angie tivera muitas dificuldades em acreditar.

– Porque estaria um homem como Nikos Kyriacou interessado em Tiffany?

Se realmente ele fosse tão inteligente como se dizia, Tiffany, cuja conversa não ia além de temas de moda e penteados, tê-lo-ia aborrecido em poucos minutos. Angie gostava muito da sua irmã, mas aquele amor não a impedia de se aperceber da realidade.

– Tiffany é muito bonita – dissera a sua mãe à defesa. – E um homem grego tradicional valoriza a beleza das mulheres, não a inteligência delas. Não estou à espera de que percebas porque a tua ideia de diversão nocturna é ter o nariz enfiado num livro com palavras noutro idioma, mas quando um homem chega a casa depois de um duro dia de trabalho a ganhar milhões, espera algo mais estimulante do que ter uma conversa. Mas tu não percebes nada sobre isso.

Angie murmurara algo com desdém, perguntando-se porque é que os homens brilhantes se tornavam idiotas perante uma cara bonita. Tal como acontecera com o seu pai.

Olhando para Nikos naquele momento, não teve nenhuma dúvida de quem era o culpado da morte da sua irmã.

– Tiffany era muito inocente. Inclusive podíamos dizer que um pouco parva.

– Acreditas nisso?

Angie sentiu que perdia a última réstia de controlo e disse para si mesma que era impossível apelar à consciência de um homem que simplesmente não a tinha.

– Acho que você é um homem sofisticado, viajado. Não acredito que não tenha visto o que havia por baixo do cabelo loiro e da maquilhagem. Não consigo acreditar que não soubesse a verdade sobre ela.

– Eu sabia tudo sobre ela – disse ele convictamente. – Mas começo a perguntar-me se você sabia.

– Sei que a minha irmã se vestia e agia sempre de uma maneira que sugeria que era muito mais velha do que na verdade era. Mas ela era uma menina. Não obedecia a regras e você devia tê-lo percebido! Nunca devia ter-lhe feito promessas falsas.

– E que promessas é que acha que eu lhe fiz? – perguntou ele, franzindo o sobrolho.

– Prometeu-lhe que se ia casar com ela e ambos sabemos que nunca o iria fazer. Toda a gente sabe que o casamento não entra na sua agenda.

Criou-se um silêncio longo e tenso.

– O que lhe faz pensar que lhe prometi que me ia casar com ela?

– Ela disse-me isso! Tenho a certeza de que você esperava que ela mantivesse a sua proposta em segredo. Que inconveniente para si! – tremendo, Angie pegou na sua mala e tirou o seu telemóvel. – Mandou-me uma mensagem duas semanas antes de morrer. Duas semanas antes de cair do seu terraço, senhor Kyriacou.

– Mostre-me essa mensagem – ordenou Nikos, que estava muito tenso.

Angie procurou no seu telemóvel até que encontrou a mensagem em questão.