cover.jpg
portadilla.jpg

 

 

Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2001 Stephanie Bond Hauck

© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

Uma experiência nova, n.º 11 - Avril 2014

Título original: Two Sexy!

Publicada originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

Publicado em português em 2004

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Paixão e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-5170-2

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

1

 

– Incrível. Ouve isto.

Meg Valentine levantou a vista da sua sandes para olhar para a sua melhor amiga, Kathie, que estava recostada na sua cadeira na sala dos professores.

– O casamento dos actores Elyssa Adams e John Bingham custou cerca de um milhão de dólares. Só o vestido da noiva está avaliado em cinquenta mil, e o bolo, vinte mil – Kathie pousou a revista. – Vinte mil das grandes por um bolo asqueroso que provavelmente nem sequer é de chocolate. Estás a ver bem a quantidade de dinheiro que eu vou poupar este ano?

Meg sorriu. A sua amiga Kathie era uma fanática de Hollywood, e gastava até ao último dólar em todo o tipo de recordações das suas actrizes e actores preferidos: fotos, carteiras, adereços de películas... até conservava um par de madeixas de cabelo de uma ou outra pessoa famosa. E adorava as revistas cor-de-rosa como a que estava a folhear naquele momento.

– Esta gente vive noutro mundo – comentou Sharon, outra professora, apontando para Kathie com um garfo – E eu era capaz de apostar que não é tão cor-de-rosa como parece.

– Certo – concordou Joanna de um canto da sala. Tinha o hábito de aproveitar a pausa do almoço para fazer trabalhos em ponto de cruz que depois oferecia pelo Natal. – As estrelas do espectáculo também têm problemas, como o resto dos mortais.

– Mas levam umas vidas tão excitantes... – replicou Kathie com expressão sonhadora. – Usam vestidos esplêndidos, têm os homens aos seus pés... não seria maravilhoso poder trocar de lugar com uma delas mesmo que fosse só por uns dias?

– Kathie, és uma sonhadora – pronunciou-se Meg, sacudindo a cabeça.

– Sim – afirmou Sharon. – Enfrenta a realidade: somos simples professoras do ensino básico em Peona, Illinois. Renunciamos a uma vida «excitante» quando escolhemos trabalhar nisto.

Todos os professores começaram a rir excepto Meg. Adorava realmente ensinar e trabalhar com crianças, mas nalgum momento dos últimos anos a sua vida tinha caído numa aborrecida rotina sem que se apercebesse disso. Nada podia explicar a súbita inquietude que tinha começado a sentir. A única coisa que sabia era que ultimamente se distraía com demasiada facilidade nas suas aulas. Talvez a proposta de casamento de Try a tivesse deixado demasiado nervosa, já que não sabia o que fazer a esse respeito...

– Este fim-de-semana vou a Indy a um festival de fãs – anunciou Kathie, com um brilho de emoção nos seus olhos castanhos dourados. – Vão leiloar várias peças do vestuário de Many Moons.

Many Moons era a série televisiva favorita de Kathie. Até tinha conseguido convencer as suas três amigas a verem aquele melodrama todas as semanas. Todas as quartas-feiras à noite as quatro reuniam-se no apartamento de Kathie e devoravam bolachas a ver como os famosos assinavam contratos multimilionários, apunhalavam-se pelas costas e roubavam os amantes uns aos outros. A maior parte das cenas tinha lugar na praia, o que queria dizer que o vestuário era apenas de dois tipos: ou escasso ou inexistente.

– E o que é que tu farias com essa roupa? – inquiriu Sharon. – Ias usá-la nas reuniões da associação de pais?

Todas riram à gargalhada, mas Kathie agitou o dedo indicador num gesto de advertência.

– Vão ver. Um dia a minha colecção vai valer uma verdadeira fortuna.

E continuou a folhear a revista, até se deter numa fotografia de Taylor Gee com um vestido transparente. Taylor era a actriz que interpretava o papel da ruiva perversa e curvilínea de Many Moons. Apontando para a imagem, Kathie comentou:

– Vêem? Este vestido será a minha próxima conquista.

– Ela está a usar roupa interior? – perguntou Joanna, deixando por um momento o seu trabalho para dar uma vista de olhos.

Meg levantou os óculos e perscrutou as reveladoras zonas escuras que se destacavam sob o vestido.

– Duvido.

– Ah! – exclamou Sharon. – E tu queres comprar um vestido que esta mulher usou sem roupa interior?

– Levo-o à lavandaria, parva – disse Kathie, fazendo uma careta. – O importante é que é um objecto de culto.

– Por quê? – inquiriu Meg.

– Taylor Gee é a actriz mais parecida com a Marilyn Monroe que existe nesta geração.

Todas se aproximaram para contemplar com maior atenção a fotografia. O vestido era tão escandaloso quão bonita era a mulher que o tinha vestido. Taylor Gee tinha a cabeça de lado e estava a sorrir para alguém... um homem que estava fora do enquadramento da fotografia? Só se lhe via a manga do casaco preto, que ostentava uma espécie de emblema. Meg pensou que provavelmente se trataria de outro famoso; talvez uma estrela do mundo do cinema ou da música.

– Não acredito que ela saia para a rua com um vestido como esse – disse Sharon, abanando a cabeça. – Já é muito bonita por si só. Por que é que precisa de chamar tanto à atenção?

– Aqui diz que figura no primeiro lugar da lista de roupas mais atrevidas da temporada – pronunciou Meg.

– Pois. O patético é que haverá sempre mulheres como nós que dedicarão toda a hora de almoço a falar sobre isso – brincou Joanna.

– No fundo, todas nós adoraríamos poder usar um vestido como este – insistiu Kathie, apontando para a fotografia. – E atrair os olhares de todo o mundo.

Às vezes, Kathie parecia mais uma professora de Filosofia do que de Ciências. Meg tinha levantado o telefone algumas vezes durante essa semana para falar com a sua amiga do seu estado geral de inquietude, mas sempre, no último segundo, tinha mudado de ideias. Não conseguia perceber o que se passava. Astenia primaveril? Medo?

– Mesmo que isso fosse verdade – disse Joanna, agitando os caracóis da sua cabeleira, – nenhuma de nós se parece com a Taylor Gee.

– A Meg parece – declarou Sharon e, para consternação de Meg, todos os olhos se voltaram para ela.

– Não digas parvoíces – balbuciou, ruborizada, levantando os óculos.

– Tira os óculos – pediu Kathie.

– O quê? Não.

– Vamos, faz-me a vontade.

Meg tirou os óculos e suspirou.

– Não posso acreditar que não me tenha apercebido antes.

– Referes-te à curvatura do meu nariz?

– Não... és a irmã gémea da Taylor Gee.

– Acho que tu é que devia pôr os meus óculos – replicou Meg, fazendo uma careta.

– Tenho ou não tenho razão, meninas? – inquiriu Kathie.

– Bom, se fosses ruiva... – murmurou Sharon.

– E se tivesses os olhos azuis... – secundou Joanna.

– E se pintasses um luar a um canto da boca... – acrescentou Sharon.

– E se ficasses quase nua – acrescentou novamente Joanna, – então sim serias sua irmã gémea.

– Estão a ver? – exclamou Kathie.

Meg começou a rir enquanto voltava a pôr os óculos.

– Acho que vocês as três vêem demasiada televisão.

– Tens a cara certa – disse Kathie a sorrir – mas esses vestidos largos que usas dificilmente figurariam na lista da roupa mais atrevida da temporada.

Franzindo o sobrolho, Meg baixou o olhar para o seu vestido cinzento de algodão.

– Gosto de vestidos largos. São cómodos. E lavam-se muito bem, o que é uma qualidade muito importante quando se trabalha com meninos de sete anos.

– De certeza que veste algo mais sexy para o Trey – brincou Joanna.

Meg voltou a esboçar uma careta. Trey Carnegie desejava precisamente que ela exibisse o seu corpo o menos possível, mas ela já lhe desagradava o suficiente que Trey a tratasse sempre como a uma «senhora». Aclarou a garganta.

– A propósito de Trey, tenho que vos anunciar uma coisa.

Todas ficaram em silêncio.

– Ontem à noite, depois do jantar de beneficência... O Trey declarou-se.

Sharon e Joanna apressaram-se a felicitá-la, e até Kathie esboçou um sorriso.

– Bom, o Mister Traje de Três Peças finalmente decidiu-se, eh?

A essa altura, Meg já tinha renunciado a perguntar-se por que é que a sua melhor amiga não gostava nada do seu namorado de infância. Trey costumava dizer que Kathie tinha ciúmes porque ela não tinha namorado. Mas pelo menos havia algo em que Meg não podia estar em desacordo com a sua amiga:

Trey tinha demorado a pedi-la em casamento... cinco anos. E continuava sem fazer a mínima ideia do por quê de ter esperado tanto.

– O que é que lhe disseste? – perguntou Kathie.

– E tu o que é que achas que eu lhe disse? – exclamou Sharon, sarcástica.

– Não vejo nenhuma aliança.

Sharon olhou para a despida mão esquerda de Sharon, abafando uma exclamação.

– Isso, o que é que lhe disseste?

Meg percorreu com o olhar os três rostos cheios de curiosidade, e uma vez mais voltou a sentir o familiar nó na garganta por causa da expectativa. Meg, a boa rapariga. Meg, a estudante aplicada. Meg, a trabalhadora-modelo. Meg, a namorada decente e formal. Quanto ansiava por libertar-se de tudo aquilo! Aspirou profundamente.

– Disse-lhe que precisava de tempo para pensar.

– Muito bem feito – Kathie deu-lhe uma palmada carinhosa no joelho.

– Só lhe está a dar o tratamento merecido por tê-la feito esperar durante tanto tempo – pronunciou Joanna. – Não é, Meg?

Quem lhe dera que fosse isso. A sua mãe tinha recebido muito mal a traumática ruptura do noivado da sua irmã Rebecca, assim como a sua posterior e precipitada relação com Michael Pierce. Uma vez mais todo o mundo parecia pressionar Meg para que fizesse o que era adequado, o correcto. Para ser sincera, ignorava a razão por que não tinha respondido a Trey um «sim» naquele preciso instante em que ele a pedira em casamento. Tinha tido a incómoda sensação de que faltava qualquer coisa. Paixão, excitação, algo assim. Em qualquer dos casos, de momento aceitaria a explicação de Joanna.

– É isso. Agora sou eu quem vai fazê-lo esperar.

– E... quem sabe? – pronunciou Kathie, a sorrir. – Entretanto, talvez encontres alguém que te faça esquecer completamente o Trey Carnegie.

– Kathie – recriminou-a Joanna. – O Trey é um bom partido, especialmente aqui.

Que estranho, pensou Meg. Isso queria dizer que, se não estivessem em Peona, o Trey não seria assim tão bom partido? Mas na realidade sabia o que é que tinha querido dizer a sua amiga: que os homens jovens e bem na vida, procedentes de famílias com dinheiro não abundavam na sua peculiar cidade.

– Ofereceu-te uma aliança? – perguntou Sharon, com uma expressão sonhadora nos olhos.

– Quer que o use quando estiver preparada para isso.

– Disseste-lhe quando é que lhe darias uma resposta? – inquiriu Joanna, igualmente comovida.

Meg experimentou uma sensação de culpa, consciente de que tanto Joanna como Sharon teriam trocado de lugar com ela naquele preciso momento, sem hesitar, se lhes tivesse proposto isso.

– Disse-lhe que falaríamos disso quando voltasse das minhas férias. Vou de férias na semana que vem.

– Boa! – exclamou Kathie. – Vais finalmente aproveitar os cinco dias de férias que te deram por causa da tua nomeação como Professora do Ano?

Para Meg, aquilo era motivo tanto de orgulho como de vergonha. De facto, talvez parte da inquietude que estava a sentir se devesse ao traumático efeito da publicidade, de âmbito estatal, que tinha acompanhado aquele galardão, há uns meses atrás. Mais expectativas. Assentiu, tímida.

– Bom, já era hora, não?

– E aonde pensas ir? – quis saber Sharon.

– A algum lugar excitante? – inquiriu Joanna.

– A um cruzeiro?

– À praia?

– A Las Vegas?

Meg dobrou cuidadosamente o seu guardanapo e limpou os lábios.

– A Chicago, vou trabalhar na loja de fantasias da minha irmã.

Pelo eloquente silêncio que se seguiu às suas palavras, teve a sensação de que as suas amigas tinham ficado algo decepcionadas.

– Oh.

– Está bem.

– Er... sim, muito bem.

Meg concentrou-se em beber o resto da sua lata de sumo.

– E isso são umas férias? Eu acho que não – declarou finalmente Kathie.

– Não, não são – concordou Sharon.

– Em absoluto – asseverou Joanna.

– Eu sei, mas tenho vontade de fazer isso – explicou Meg. De facto, já estava a contar os dias. Necessito de uma mudança de cenário, de tempo para pensar. – Vai ser divertido. E a Rebecca precisa da minha ajuda.

– A sério, Meg – disse secamente Kathie, – um destes dias vais ter que descansar da vida tão agitada que levas.

Meg deitou-lhe a língua de fora e as raparigas começaram a rir. De repente soou a campainha que marcava o fim da hora de descanso. A resmungar, recolheram os restos da comida.

– Alguma vez tiveram a sensação de que as vossas vidas se desenvolviam à base de campainhas e toques? – perguntou Meg.

Kathie franziu o sobrolho.

– Eu ouço essa maldita campainha até em sonhos.

Meg suspirou enquanto saíam para o ruidoso corredor, e uma vez mais viu-se assaltada por aquele temor cuja origem não conseguia discernir. Quilómetros e quilómetros de velhos tacos, de chão gasto; o alvoroço de centenas de vozes infantis; o persistente odor a papel e a cola. Era ali que realmente pertencia?

– Deprimente, não é? – comentou Kathie, adivinhando os seus pensamentos.

– Não – negou com suspeita rapidez. – Adoro o meu trabalho.

– Eu também – disse Kathie com um sorriso irónico. – Mas não consigo dizer que adoro o facto de todos os homens da minha vida serem meninos de sete anos.

– O que é que se passa com o teu vizinho, o médico?

– Oh... só o vi duas vezes. A primeira vez que me cumprimentou, entalei-lhe a mão com a porta do carro. A segunda vez tropecei contra a caixa do correio. Acho que, no que diz respeito a esse tipo, já não tenho hipóteses... Nem sequer um médico tem uma apólice de seguros tão boa – suspirou teatralmente. – Estou resignada a assumir o meu impenitente celibato.

– Só temos vinte e sete anos, Kathie. Ainda nos restam três para chegar aos trinta – «mas o tempo passa tão rápido...», acrescentou para si.

– Diz-me, qual é o verdadeiro motivo pelo qual não aceitaste imediatamente o pedido do Trey? Estavas a pensar noutro homem?

– Não, já te disse que...

– Pois, que o estás a fazer pagar a espera – Kathie negou com a cabeça. – Eu não engulo essa desculpa, Meg. És a pessoa menos vingativa do mundo.

Meg mordeu o lábio inferior, surpreendida pela expressão subitamente séria da sua amiga.

– Bom, seja qual for o motivo – suspirou Kathie, – leva o tempo que precisares para te assegurares de que o Trey não é o homem adequado para ti.

Assombrada, Meg não conseguiu fazer outra coisa se não assentir com a cabeça. Nesse instante a sua amiga voltou a sorrir, ao mesmo tempo que lhe dava uma cotovelada.

– Ainda nem acredito que te deram uma semana de férias... e vais passá-la a trabalhar.

– Não vou trabalhar todo o tempo – protestou Meg. – Terei todas as tardes livres.

– Oooh – arqueou as sobrancelhas. – Acho que então talvez devesse acompanhar-te para evitar que te metas em problemas.

Meg não conseguiu evitar rir. Em toda a sua vida nem sequer uma única vez se tinha metido em problemas.

– Diverte-te no festival de fãs. E espero que consigas esse vestido tão picante que tanto te agrada.

– Sssshh! – Kathie olhou em redor; antes de se aproximar para lhe sussurrar num tom cúmplice: – Se o director O’Banion ouve a palavra «picante», começa a investigar a minha vida pessoal.

– Estás a exagerar.

– Diz isso à Amanda Rollins.

– A professora de Arte? O que é que se passa com ela?

– Bom, é suposto ninguém saber ainda disto, mas ontem despediram-na.

– O quê? Por quê?

– Ao que parece alguém a viu arrendar um filme pornográfico no clube de vídeo.

Meg estava estupefacta.

– E podem-na despedir por isso?

– Foi o que fizeram. Parece que estava a «violar o código de comportamento moral» do nosso contrato de trabalho.

– Essa é uma interpretação absolutamente forçada.

– Pois, mas é a interpretação do conselho directivo. Por sorte, eu recebi os meus filmes pornográficos pelo correio.

Meg pestanejou estupefacta.

– Era uma brincadeira – apressou-se a esclarecer Kathie.

– Pobre Amanda – murmurou Meg, sacudindo a cabeça. – Os meninos adoravam-na.

– Então já sabes. Agora sim tens um motivo para te preocupares, senhorita Professora do Ano.

Meg conseguiu forçar um sorriso apesar da opressão que sentia no peito. Era suposto sentir-se orgulhosa daquele galardão, mas não era assim. Em absoluto. A sua amiga deu-lhe umas palmadinhas no braço.

– Ei, se não nos voltarmos a ver antes de ires embora, diverte-te em Chicago. Se encontrares por acaso alguém famoso, pedes um autógrafo para mim?

– De acordo, mas até este momento o único famoso com quem me encontrei foi um primo afastado do Kennedy numa das festas de recolha de fundos do Trey.

– Mantém os olhos bem abertos. E tenta relaxar um pouco, está bem? Desfruta da que pode ser a tua última semana como mulher livre e sem compromissos.

Meg quis responder algo, mas a campainha voltou a soar. Por isso esboçou o mesmo sorriso que aparecia nos cartazes onde figurava o seu retrato como Professora do Ano, omnipresentes em todas as escolas do país.

– Estou desejosa de passar uma semana inteira sem ouvir o som de uma campainha.

E que, pelo menos durante uns dias, ninguém soubesse o quão perfeita era. Demasiado perfeita.