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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2011 Maya Banks. Todos os direitos reservados.

PAIXÕES E TRAIÇÃO, N.º 1095 - Novembro 2012

Título original: Wanted by Her Lost Love

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

Publicado em português em 2012

 

Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

® ™. Harlequin, logotipo Harlequin e Desejo são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-1321-2

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Capítulo Um

 

– Ao ver isto, não é difícil acreditar na instituição do casamento, pois não? – comentou Ryan Beardsley.

Estava a observar como o seu amigo, Rafael de Luca, dançava com a sua flamante esposa, Bryony.

O banquete celebrava-se num edifício municipal da ilha Moon. Não era o lugar mais apropriado para uma festa desse tipo e nunca teria imaginado que o seu amigo acabasse por celebrar ali o seu casamento. Mas apercebeu-se que era normal que Rafael e Bryony quisessem casar-se nessa ilha que tanta importância tinha tido na relação de ambos.

A noiva estava lindíssima e a sua incipiente barriguinha fazia-a brilhar ainda mais. No meio da pista, Bryony dançava abraçada ao seu marido. Só tinham olhos um para o outro. Não pareciam conscientes de que toda a gente os observava. E o seu amigo Rafael sorria como se fosse o homem mais feliz do mundo.

– Parecem muito felizes, quase demasiado – comentou Devon Carter ao seu lado.

Ryan desatou-se a rir ao ouvi-lo. Olhou para Devon. Contemplava os recém-casados com uma mão no bolso das calças e um copo de vinho na outra.

– Sim, é verdade – ripostou ele.

Desatou-se a rir ao ver que Devon fazia uma careta de desagrado. Sabia que ia ver-se nessa situação muito em breve. Viu que a ideia não lhe agradava demasiado, mas decidiu puxar o assunto de todos os modos.

– O que se passa? Continua a insistir, Copeland?

– Sim. E não sabes até que ponto. Está empenhado em que me case com a Ashley. Não vai aceitar o nosso acordo empresarial até que eu aceite. Agora que encontrámos o sítio adequado para o complexo turístico, estou preparado para dar o seguinte passo. Mas o Copeland quer que namoremos antes durante um tempo. Quer que a Ashley tenha tempo para se acostumar a mim. Não entendo, aquele homem parece viver no século XIX. Não conheço ninguém que intervenha dessa maneira no casamento da sua filha. E, para cúmulo, é uma condição indispensável para que possamos continuar a fazer negócios. Não o consigo compreender...

– Pelo menos é a Ashley, consigo pensar noutras mulheres com quem estarias muito pior – lembrou-se Ryan pensativo.

Devon olhou para ele com um ar compreensivo.

– Continuas sem saber nada da Kelly?

– Não. Mas estou há pouco tempo à procura, acabarei por encontrá-la.

– Não sei por que é que queres encontrá-la. Acho que seria melhor que te esquecesses dela e seguisses em frente com a tua vida. Estás muito melhor sem ela.

Apertou os lábios e olhou para o seu amigo antes de responder.

– Bem sei que estou melhor sem ela. Não quero encontrá-la para lhe pedir que volte a formar parte da minha vida.

– Então, porque é que contrataste um detetive para a encontrar? Não entendo! Acho que devias deixar que o passado continue no passado. Esquece de uma vez o que aconteceu e olha para o futuro.

Ryan ficou uns segundos em silêncio. Era difícil de explicar, mas sentia a necessidade de saber onde estava e o que estava a fazer. Para ele era muito claro que não devia importar-se se estava bem ou não. Sabia melhor do que ninguém que lhe convinha esquecê-la, mas não conseguia.

– Quero algumas respostas – murmurou então. – Não chegou a levantar o cheque que lhe dei e quero assegurar-me de que não lhe aconteceu nada.

Sabia que era uma desculpa pouco convincente, mas era tudo o que tinha. Devon franziu o sobrolho ao ouvir as suas palavras e tomou um gole de vinho.

– Depois do que fez, imagino que se sente envergonhada e não queira dar a cara.

– Pode ser que tenhas razão – retorquiu Ryan.

Mas tinha a sensação de que havia mais alguma coisa. Incomodava-lhe que essa mulher continuasse a preocupá-lo, mas não podia evitar.

E tinha estranhado muito que não levantasse o cheque que lhe deu.

Não entendia porque continuava a pensar nela, mas era assim, estava presente em cada um dos seus pensamentos. Tinha passado muitas noites acordado durante esses últimos seis meses, perguntando-se se estaria bem e a salvo. Não queria sentir-se assim e tentava convencer-se que era normal que se preocupasse e que se sentiria igual com qualquer mulher que estivesse nas mesmas circunstâncias.

– Bom, trata-se do teu dinheiro e do teu tempo – disse-lhe então Devon. – Olha, aí está o Cameron. Pensei que esse ermitão não ia sair da sua fortaleza nem sequer para uma ocasião tão especial como esta.

Cameron Hollingsworth abria caminho entre os convidados. Viu que as pessoas se afastavam instintivamente para deixá-lo passar. Era alto e forte. Emanava poder e elegância por todos os poros. O seu caráter frio fazia com que não fosse uma pessoa demasiado afável, mas normalmente conseguia relaxar quando estava com os seus amigos.

O problema era que só tinha três amigos: Ryan, Devon e Rafael. Não tinha paciência para mais ninguém.

– Lamento o atraso – disse Cameron quando chegou ao pé deles.

Ficou a olhar uns instantes para os recém-casados. Continuavam na pista de dança.

– Que tal foi a cerimónia? – perguntou Cameron.

– Lindíssima – ripostou Devon. – O sonho de qualquer mulher. Mas sei que o Rafael pouco se importava como fosse o casamento. Só queria que, ao final do dia, a Bryony fosse sua.

Cameron riu ao ouvi-lo.

– Pobre desgraçado. Não sei se devo felicitá-lo ou dar-lhe os pêsames – disse o recém-chegado.

– A Bryony é uma mulher boa e encantadora, o Rafael teve sorte por a encontrar – replicou Ryan.

Devon assentiu com a cabeça e Cameron sorriu.

– Ouvi dizer que a ti também não te falta muito para dar esse passo – disse Cameron a Devon.

O aludido praguejou baixinho.

– Preferiria não falar disso. O que de verdade me interessa é saber se conseguiste adquirir o terreno onde se edificará o hotel agora que sabemos que não poderá ser na ilha Moon.

Cameron olhou para ele com incredulidade.

– Duvidas da minha capacidade para os negócios? Cheguei a um acordo e temos oito acres em frente à praia de Saint Angelo. Além disso, consegui um muito bom preço. A construção começará assim que conseguir organizar os trabalhadores. Se trabalharmos no duro, acho que conseguiremos terminá-lo a tempo e cumprir assim o prazo que tínhamos previsto ao princípio.

Os três homens olharam para Rafael, que continuava a dançar com a sua esposa. Tinham tido de mudar completamente os seus planos depois de Rafael ter decidido que o hotel não se podia construir na ilha Moon, mas Ryan não conseguia aborrecer-se com ele ao vê-lo tão feliz.

Sentiu que algo vibrava no seu bolso e tirou o telemóvel. Estava a ponto de recusar a chamada quando viu no ecrã quem era. Franziu o sobrolho e desculpou-se enquanto saía rapidamente do edifício.

Surpreendeu-o uma forte brisa marítima que lhe agitou o cabelo. Adorava o cheiro do mar.

Fazia muito bom tempo. Era o dia perfeito para celebrar um casamento na praia.

– Sim?

– Acho que a encontrei, senhor – disse o detetive sem sequer o cumprimentar.

Ficou sem respiração ao ouvi-lo.

– Onde?

– Ainda não me deu tempo para enviar um dos meus homens para que o confirme. Acabo de receber a informação há uns minutos e tenho a certeza que é ela, por isso estou a avisá-lo. Amanhã poderei dizer-lhe mais alguma coisa.

– Onde? – perguntou Ryan de novo.

– Está em Houston, trabalha num restaurante. Custou-nos localizá-la porque tinha um problema com o número da Segurança Social. A pessoa que a contratou enganou-se num dos algarismos. Quando corrigiram o erro, demos logo com ela. Posso entregar-lhe um relatório completo e umas quantas fotografias amanhã à tarde.

Houston. Pareceu-lhe muito irónico. Todo esse tempo ela esteve a viver muito perto dele e ele sem saber.

– Não, não é necessário – disse-lhe Ryan. – Eu vou. Posso chegar a Houston em duas horas.

O detetive ficou uns segundos em silêncio.

– Mas pode não ser ela. Preferia terminar de receber toda a informação e evitar que vá a Houston para nada.

– Acaba de dizer-me que pensa que se trata dela – respondeu Ryan com impaciência. – E, se não for, não penso responsabilizá-lo pelo erro.

– Então, quer que diga ao meu ajudante para não lhe tirar fotografias?

– Se for a Kelly, eu vou saber imediatamente – disse depois de ficar uns segundos pensativo. – Se não for, entrarei em contacto consigo para que continue a procurá-la. De momento, não há necessidade de enviar alguém ao restaurante. Eu vou.

 

 

Ryan conduziu pelo bairro de Westheimer tentando encontrar o que procurava. Chovia a cântaros. O detetive tinha-lhe dito que Kelly trabalhava num pequeno restaurante na zona oeste de Houston. Não lhe tinha surpreendido que escolhesse esse tipo de trabalho. Quando se conheceram, era empregada num restaurante de moda em Nova Iorque. Se tivesse cobrado o cheque que lhe tinha dado, não teria necessitado de trabalhar, pelo menos durante algum tempo.

Lembrou-se que, inclusive depois de se comprometer, Kelly tinha-lhe assegurado que queria voltar à universidade. Então, não tinha entendido o seu desejo, mas tinha decidido apoiar a sua decisão. Teria preferido que dependesse completamente dele, embora soubesse que era egoísta da sua parte sentir-se assim.

Cada vez lhe custava mais entender porque não tinha cobrado o cheque que lhe deu.

Depois de falar com o detetive, tinha-se despedido de Rafael e Bryony, desejando-lhes muita felicidade. Não tinha dito a Cameron nem a Devon que por fim tinha dado com o paradeiro de Kelly. Limitou-se a comentar que tinha um assunto urgente e que tinha de ir-se embora.

Tinha apanhado o primeiro barco para Gavelston. Mas quando chegou a Houston já era demasiado tarde e passou a noite num hotel do centro da cidade. Não tinha podido dormir.

Tinha amanhecido com o céu cinzento e coberto de nuvens. Começou a chover assim que saiu do hotel e não tinha parado desde então. Pensou na sorte que tinham tido Rafael e Bryony com o dia anterior. Imaginou que já teriam partido para a lua de mel.

Olhou para o ecrã do seu GPS e viu que ainda estava a vários quarteirões do restaurante. Para cúmulo dos males, todos os semáforos estavam vermelhos. Não entendia porque tinha tanta pressa para chegar. Não era provável que se fosse embora antes de ele chegar.

Tinha imensas perguntas na cabeça, mas sabia que não ia poder conseguir nenhuma resposta até falar com ela.

Poucos minutos mais tarde, estacionou em frente a um pequeno restaurante. Ficou a olhar, perplexo, não podia acreditar que Kelly trabalhasse num sítio como aquele.

Sacudindo a cabeça, saiu do seu BMW e foi a correr até à porta. Entrou enquanto tentava sacudir a chuva da roupa.

Olhou à sua volta e foi sentar-se a uma mesa ao fundo do restaurante. Uma empregada que não era a Kelly aproximou-se pouco depois e entregou-lhe a ementa.

– Só quero um café, por favor – murmurou ele.

– Muito bem – retorquiu a empregada.

Regressou uns minutos depois com o café.

– Se quiser mais alguma coisa, é só pedir.

Ia perguntar-lhe por Kelly quando viu a outra empregada. Era ela.

Tinha o cabelo louro mais comprido que antes e apanhado num rabo de cavalo, mas tinha a certeza de que era ela. Sentiu uma corrente elétrica que lhe percorreu o corpo ao vê-la ali.

Quando se virou de perfil, ficou sem respiração e sentiu que estava a ponto de desmaiar.

Não podia acreditar.

A curva do seu ventre não deixava lugar a dúvidas.

Estava grávida.

Levantou a vista e viu que Kelly também o tinha visto. Abriu os seus olhos azuis e ficou imóvel.

Antes que pudesse reagir de algum modo, viu que Kelly apertava com fúria os lábios.

Não entendia porque parecia estar tão chateada com ele.

Viu que apertava os punhos, deu-lhe a impressão de que estava desejosa de lhe dar um soco. Depois, sem dizer nada, deu meia volta e foi para a cozinha.

Franziu o sobrolho ao vê-la desaparecer. O encontro não fora tal como tinha previsto. Não sabia bem que tipo de reação esperava, mas parte dele tinha sonhado com Kelly a desculpar-se e a pedir-lhe entre lágrimas que voltasse a aceitá-la. O último que esperava era encontrá-la grávida e a trabalhar num restaurante como aquele. Era o tipo de situação onde era normal encontrar uma mãe solteira sem recursos, não uma mulher que estava a ponto de terminar um curso universitário com excelentes notas.

Grávida...

Inalou profundamente para tentar acalmar-se. Necessitava de saber de quantos meses estava. Parecia estar de sete meses ou talvez mais.

Ficou com um nó na garganta ao pensar nas possibilidades que essa situação representava. Não podia acreditar. Sentiu de repente tanta angústia que lhe custava respirar.

Se estava grávida, grávida de sete meses, havia a possibilidade de que aquele fosse seu filho.

Mas também podia ser o bebé do seu irmão.

 

 

Kelly Christian entrou a correr na cozinha e tentou tirar o avental. Praguejou enquanto tentava desatar sem muita sorte o nó. Era quase impossível com as mãos a tremer como estavam.

Perdeu a paciência e arrancou o avental sem esperar a desatá-lo. Deixou-o no cabide onde todas as empregadas penduravam os seus.

Não entendia o que fazia Ryan ali nem como tinha conseguido dar com ela. Tinha-se ido embora de Nova Iorque sem saber o que ia fazer com a sua vida. Mas era algo que nesse momento não lhe tinha importado. Não tinha tentado esconder-se, inclusive tinha imaginado que Ryan poderia tê-la encontrado se tivesse tentado. Mas já tinham passado seis meses e não entendia porque tinha aparecido mesmo nesse momento.

Tinha a certeza de que não se tratava de uma coincidência. Aquele restaurante não era o tipo de lugar que alguém como Ryan Beardsley frequentasse. Sabia que ninguém da sua família se dignaria a entrar num restaurante que não fosse de cinco garfos.

Mas sacudiu a cabeça ao ver o que a presença daquele homem a estava a seguir. Não gostava de sentir-se assim nem queria sentir tanta amargura.

– O que se passa, Kelly? – perguntou Nina.

Deu a volta e viu que a outra empregada a observava com preocupação.

– Fecha a porta – sussurrou Kelly.

Nina fez o que lhe tinha pedido.

– Estás bem? Não tens bom aspeto, Kelly. É o bebé?

As suas palavras fizeram-na lembrar-se que estava grávida e no que Ryan teria pensado ao vê-la nesse estado. Tinha de sair dali quanto antes.

– Não, não me sinto bem – disse-lhe então. – Diz ao Ralph que tive de ir-me embora, por favor.

– Não vai gostar nada – advertiu Nina. – Já sabes como se chateia quando faltamos ao trabalho. Há que estar quase moribunda para que te permita ficar em casa.

– Então, diz-lhe que deixo o trabalho – murmurou Kelly enquanto se dirigia para a porta das traseiras.

Mas, antes de sair para a rua, olhou de novo para a sua colega.

– Faz-me um favor, Nina. É muito importante, está bem? Se alguém no restaurante te perguntar por mim, qualquer pessoa, não lhe digas nada.

Nina abriu muito os olhos.

– Estás metida nalgum problema? – perguntou a mulher.

– Não, não é isso. Prometo. É o meu ex-namorado. É um verdadeiro canalha e acabo de vê-lo na sala.

Nina apertou, furiosa, os lábios e olhou para ela com decisão.

– Está bem, querida. Não te preocupes com nada, eu encarrego-me dele.

Saiu pela porta das traseiras e andou até ao seu apartamento, era muito perto. Ia ficar ali e pensar no que podia fazer.

A caminho de casa, parou chateada. Porque é que tinha de sair a correr do seu trabalho e devia esconder-se? Afinal, não tinha feito nada de mal. Sabia que deveria ter-se chegado a ele e dado um soco em vez de fugir como se fosse uma delinquente.

Subiu as velhas escadas até ao seu apartamento. Quando entrou, fechou a porta e apoiou-se nela.

Tinha os olhos cheios de lágrimas. Não queria voltar a ver-se nessa situação. Não desejava que ninguém voltasse a ter tanto poder sobre ela. Aquele homem tinha-lhe partido o coração.

Ao pensar nele, levou as mãos ao ventre e acariciou-o devagar, tentando acalmar o bebé e a si própria.

– Nunca devia ter-me apaixonado por ele – sussurrou. – Fui uma tola por pensar que poderia chegar a formar parte do seu mundo e que a sua família chegaria a aceitar-me.

Sobressaltou-se ao sentir que se movia a porta em que estava apoiada. O coração começou a bater com força.

– Kelly, abre a porta agora mesmo! Sei que estás aí!

Tal como tinha temido, era Ryan. A última pessoa que queria ver nesse momento.

Bateu de novo à porta e fê-lo com tanta força que teve de se afastar dela.

– Vai-te embora – gritou ela. – Não quero falar contigo.

De repente, a porta tremeu e abriu-se. Instintivamente, deu alguns passos atrás e tapou a barriga.

Ryan tapava a ombreira da porta e pareceu-lhe mais alto e forte do que nunca. Fulminava-a com o olhar, como se pudesse ver o que estava a pensar.

Não podia acreditar que estivesse ali, de novo na sua vida. Temia que voltasse a romper-lhe o coração.

– Fora daqui! – disse-lhe ela tentando controlar a sua voz para parecer tranquila. – Sai daqui ou chamo a polícia. Não quero falar contigo.

– Pois é uma pena – ripostou Ryan dirigindo-se a ela. – Porque eu quero falar contigo. Para começar, quero saber de quem estás grávida.