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Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2003 Robyn Donald

© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

Rendidos ao desejo, n.º 781 - Dezembro 2014

Título original: The Millionaire’s Virgin Mistress

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2004

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-5937-1

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Volta

Capítulo 1

 

– Mark, será bailarina de striptease ou…? – Houve uma pausa significativa e uma gargalhada a seguir.

Tinham-na tomado por prostituta?

Paige Howard corou da cabeça aos pés, mas não disse nada, porque era óbvio que a mulher não o tinha dito para ser ouvida. Como ia saber que tudo o que dizia no local se ouvia nas escadas?

Havia painéis muito explícitos nos quais se anunciavam danças e massagens.

Era um erro compreensível que acreditassem que Paige trabalhava ali em troca de dinheiro dos homens, mas não estava disposta a contar-lhes a verdade: nunca tinha visto o local por dentro!

Tinha coisas mais importantes nas quais pensar. Preocupada, olhou para o bebé que tinha nos braços e que cada vez tinha mais febre.

Aquela mulher e o seu Mark deviam ser turistas que tinham ido com um dos grupos aos quais se mostravam os edifícios Art Deco de Napier que tinham sido construídos depois de um terramoto há setenta anos.

A pequena cidade situada na Baía Hawke de Nova Zelândia tinha-se transformado num destino muito atraente para os amantes da arquitectura e do bom vinho.

Paige sabia que não voltaria a ver aquele casal na sua vida e, portanto, tanto lhe dava o que pensassem dela.

Importava-se mais com o facto de a terem despedido semanas antes e que as suas poupanças se estivessem a esfumar.

Quando a febre de Brodie lhe tinha parecido demasiado alta, passou por cima das regras do clube e tinha ido procurar a sua mãe, que trabalhava lá. Sherry tinha-lhe dado dinheiro para que o levasse ao médico e tinha voltado para dançar com lágrimas nos olhos.

Paige olhou para a criança e perguntou-se como é que um bebé que há uma hora estava perfeitamente normal podia ter ficado tão mal. Estava pálido e tinha umas olheiras terríveis.

– Calma, pequeno, já vamos ao médico. Vais ficar bom…

Estava quase na rua quando viu que o grupo de turistas saía após terminar a visita ao edifício. Sem poder evitar, olhou para eles e encontrou-se com uns olhos azuis e um rosto aristocrático.

«Não era Mark, mas sim Marc», pensou, sentindo náuseas.

Marc Corbett.

– Paige!

Um pânico irracional apoderou-se dela e tropeçou no último degrau. Para não cair sobre a criança, girou no ar, mas nunca chegou a tocar no chão, pois umas mãos incrivelmente fortes agarraram-na pela cintura e apertaram-na contra o seu corpo até que recuperar o equilíbrio.

– Estou bem – conseguiu dizer.

O grito de Brodie impediu que ouvisse Marc. Além disso, estava muito ocupada a recordar como tinha dançado com ele naquele dia…

– O que diabo fazes aqui? – disse ele de repente.

Brodie deixou de chorar, mas começou a contorcer-se de dor.

– O que tem? – perguntou Marc, preocupado.

– Está muito doente – respondeu Paige, olhando para a criança, que tinha fechado os olhos.

Tocou-lhe na testa. Estava em brasa, por isso correu para a porta.

– Creio que tem convulsões – disse a mulher que ia com Marc.

– Há aqui algum médico? – perguntou Marc, agarrando em Paige pelo braço. – Entra no carro – acrescentou, apontando para um enorme BMW.

Paige obedeceu e foi dando as instruções a Marc, sem reparar demasiado na mulher que o acompanhava e que se tinha sentado no banco de trás.

– Creio que está um pouco melhor – observou ao ver que Brodie tinha relaxado.

– Respira bem? – perguntou Marc sem tirar os olhos da estrada.

– Sim – respondeu Paige.

De facto, parecia que a criança tinha adormecido.

– E a cor?

– Normal.

Paige cometeu o erro de olhar para o seu interlocutor e sentiu imediatamente uma grande dor na garganta, por isso apressou-se a olhar para a frente.

«Não é justo», pensou.

Não era justo que Marc Corbett aparecesse na sua vida quando esta parecia estar a desintegrar-se.

Continuava a ter aquele brilho especial nos olhos. Seis anos não lhe tinham retirado um pingo da sua beleza. Aqueles olhos azuis como safiras eram perigosos. Olhar para eles era como entrar no centro de uma tempestade eléctrica.

Quantas vezes tinha visto um homem alto e moreno e tinha acreditado que era ele?

Demasiadas.

Nunca era ele, e ainda bem, porque, seis anos antes, tinha-se casado com Juliette, a sua amiga de infância.

Paige sentiu um nó na garganta ao recordar como tinha morrido há dois anos num absurdo acidente de viação.

A mulher do banco de trás inclinou-se para ela.

– Pobrezinho – apiedou-se. – O que tem?

Parecia tão sinceramente preocupada que Paige lhe perdoou o comentário tão horrível que tinha feito sobre ela.

– Tem febre e comichão no corpo todo. Creio que poderá ter varicela – respondeu, rezando para que não fosse meningite.

Ao ver o hospital, Paige suspirou aliviada.

– Deixa-me aqui – indicou a Marc. – À esquerda, já sabes.

– Sei que estou na Nova Zelândia, sim – respondeu ele com um leve sotaque francês herdado da sua mãe.

Paige olhou-o e voltou-se a encontrar com os olhos daquele empresário dono de um império comercial. Engoliu em seco, nervosa.

Encontrar-se com Marc tinha sido uma horrível coincidência, mas ia deixá-la ali e desaparecer da sua vida novamente.

O que era, exactamente, o que ela queria.

O luxuoso carro estacionou num buraco livre e, enquanto olhava preocupada para Brodie, Paige perguntou-se se Marc Corbett teria tido de procurar um espaço para estacionar em alguma outra altura da sua vida.

Provavelmente, não. A sua determinação e o seu carisma conseguiam afastar-lhe todos os obstáculos do caminho como por artes mágicas.

– Muito obrigada – disse Paige, desapertando o cinto de segurança.

– Espera.

Mas Paige não esperou. Quando Marc deu a volta ao carro, já ela tinha aberto a porta.

– É melhor fazeres o que te disser – riu-se a mulher do banco de trás. – É um homem muito dominante.

Paige sentiu calafrios ao detectar a significativa entoação da voz na palavra «dominante».

Aquela mulher seria Lauren Porter? Por que não? Um homem que era capaz de manter uma amante durante os quatro anos de casamento, não tinha de a abandonar depois da morte da sua mulher.

Marc ajudou-a a sair do carro e, quando o fez, afastou as mãos como se se tivesse contaminado.

– Estás bem? – perguntou.

A sua voz era fria como o aço, mas Paige sentiu uma diabólica combinação de estimulação e medo, além de algo muito mais forte e enervante: um grande alívio, como se tivesse estado perdida durante muito tempo e acabassem de a encontrar.

– Sim, obrigada – respondeu, correndo para o hospital.

Enquanto a enfermeira procurava no computador os dados do bebé, Paige olhou para a porta justamente a tempo de ver a acompanhante de Marc, vestida com um elegante conjunto de um estilista famoso, a passar para o banco dianteiro.

Imediatamente, o carro desapareceu.

Certamente que Marc estava tão contente por a perder de vista como ela a ele. Paige dirigiu-se para a sala de espera sentindo uma grande desilusão e um profundo desejo físico.

Sentou-se numa cadeira e abraçou Brodie, que já tinha acordado. A mulher que acompanhava Marc encaixava com a descrição que Juliette lhe tinha feito.

Era da mesma altura que Marc e tinha, inclusive, a mesma cor de cabelo. A sua amiga tinha-lhe dito que tinha uns olhos muito bonitos.

«Cinzentos como a alvorada inglesa», tinha dito Juliette.

E era verdade.

– É inglesa e esperta, tem um lugar na direcção da empresa de Marc. Diz que é brilhante – tinha-lhe dito a sua amiga por telefone. – Pelo menos, não me envergonha. Soube escolher a sua amante. É bonita e investe em firmas francesas.

– Tens certeza de tudo isso? – tinha-lhe perguntado Paige. – Ele confirmou-to?

– Não, claro que não – tinha respondido Juliette. – Não lho perguntei, nem vou perguntar. Não preciso. Vi-os juntos e isso basta-me. São muito discretos, mas há uma ligação entre eles que salta à vista.

– Referes-te ao facto de eles namoriscarem diante de ti?

– Não, Marc nunca me humilharia dessa forma, mas há um vínculo entre eles. Se os visses, entenderias.

Paige decidiu não pensar mais naquilo. Devia concentrar-se em Brodie e pensar em como alargar as suas ridículas poupanças até encontrar outro trabalho.

Quando meia hora depois saiu para o sol de Inverno e ouviu a voz de Marc, não ficou demasiado surpreendida. De alguma forma, tinha suspeitado que ia estar à sua espera.

– Sempre tinha varicela? – perguntou secamente.

– Sim – respondeu, verificando aliviada que estava só. – Lamento, não tenho tempo para falar. Tenho de ir à farmácia e quero levar Brodie para casa quanto antes.

– Eu levo-te – ofereceu-se ele no mesmo instante.

– Não, obrigada – respondeu Paige.

Não queria que visse que vivia num minúsculo apartamento situado atrás de uma casa de hambúrgueres.

– Por que não? A criança está doente.

– Sim, mas a varicela não é mortal. Está tudo bem – acrescentou, fazendo uma pausa maliciosa. – A não ser que não a tenhas tido, claro. É muito contagiosa, sabes?

– Tive todas as doenças que se costumam ter em criança – respondeu Marc. – E tu?

– Sim, e passei-as à Juliette. De facto, creio que teve todas as doenças que eu tive.

O nome da sua mulher não fez sequer com que pestanejasse.

– Insisto em levar-te a casa. Dá-me a receita. Espera por mim com a criança no carro enquanto vou à farmácia.

Marc estava a olhar para ela com olhos escrutinadores e Paige ficou nervosa. Aquele homem era inteligente até limites inimagináveis. Por alguma coisa tinha transformado a empresa familiar num império mundial.

– Não é preciso, obrigada – respondeu Paige.

Depois de entrar na farmácia e fechar a porta, verificou que ele a tinha seguido, calado e cauteloso como um predador, que era exactamente aquilo que era.

A imprensa financeira apelidava o seu pai de Barão Ladrão. Com Marc não se tinham atrevido a chegar a tal ponto, mas Paige sabia que tinha fama de ser muito duro com os seus adversários.

Brodie começou a chorar enquanto Paige procurava a receita.

– Eu pego nele – disse Marc.

Paige olhou-o, surpreendida.

– Não gosta de desconhecidos – respondeu.

Marc arqueou uma sobrancelha e Paige sentiu o coração a encher-se de dolorosas recordações.

– Então, dá-me a receita.

– Já a encontrei, obrigada – insistiu Paige.

Mas, nesse momento, Brodie começou a contorcer-se. Enquanto o tranquilizava com palavras e carícias, Paige sentiu a mão de Marc no bolso das calças de ganga.

– Espera-me aqui – disse-lhe, dirigindo-se ao balcão com a receita na mão.

Paige, surpreendida pelo inesperado contacto, seguiu-o com o olhar. A admiração que sentia por aquele homem estava mais que justificada, tendo em conta as costas, as pernas e o rabo que tinha, mas, sobretudo, pela aura de poder que irradiava dele.

Sentiu uma atracção dolorosa e proibida.

Horrorizada, pareceu-lhe que os últimos seis anos tinham sido um pesadelo do qual acabara de acordar.

«Não sejas ridícula», disse para si. «É como o papá. O casamento não significa nada para ele.»

Brodie meteu o punho na boca e chupou, mas ao verificar que aquilo não se comia desatou a berrar, desconsolado.

– Vamos embora antes que coma a mão – disse Marc, agarrando Paige pelo braço.

Paige deu conta que não podia fazer nada. Por alguma razão estranha, Marc Corbett tinha decidido levá-la a casa.

Apesar de odiar render-se, compreendeu que era mais importante dar o medicamento e o biberão a Brodie. Além disso, queria telefonar quanto antes a Sherry para lhe dizer que o seu filho só tinha varicela.

Uma vez no carro, inundado pelo perfume da outra mulher, Paige disse-lhe como chegar a sua casa. O aroma que o carro exalava estava carregado de sensualidade, modernidade, dinheiro e privilégios com os quais ela não podia sequer sonhar.

Era difícil encontrar um lugar feio em Napier, mas, ao ver o seu bairro através dos olhos de uma pessoa que tinha tudo, pareceu-lho. A única coisa que o salvava era as árvores.

– É o número vinte e três – indicou-lhe com um gosto amargo na boca.

Marc estacionou o carro, desligou o motor e, sem tirar as mãos do volante, ficou a olhar para o edifício de tijolo vermelho com as suas janelas de alumínio e varandas sombrias.

A única que tinha um pouco de cor era a de Paige, porque se tinha empenhado em colocar vasos de flores.

– Obrigada – disse, desejando perdê-lo de vista o quanto antes.

– Dá-me a criança – disse ele, surpreendendo-a novamente.

– Eu posso levá-la.

– Será mais fácil saíres do carro se eu a segurar.

Paige duvidou.

– Tens medo que a sequestre?

– Claro que não.

– Asseguro-te que não a vou deixar cair – assegurou-lhe.

Paige acabou por lhe entregar Brodie. Marc saiu do carro agarrando-o com firmeza. Todos os seus movimentos eram seguros e irradiavam confiança em si mesmo.

– Abre a porta – indicou-lhe. – Eu trato da criança – disse quando Paige ia pegar no pequeno ao colo.

Paige não teve outra opção a não ser tirar a chave da carteira e abrir a porta. Tinha-o a poucos centímetros de si. Marc entrou quase a roçar na porta com Brodie, o muito traidor, calado.

Ficou parado a meio da entrada, sobre o tapete manchado de todo o tipo de coisas, estudando a horrível sala. Paige sentiu ira enquanto o via a olhar para o velho sofá, a mesa com duas cadeiras e a minúscula cozinha que dava para um muro.

Apesar dos seus esforços, sabia que o lugar era horrível. Nem sequer os seus vasos com flores podiam mudar essa realidade.

E depois?

Decidida, endireitou os ombros. Não se envergonhava de viver ali.

Marc olhou para Brodie, que se limitou a babar-lhe a camisa.

– Oh, lamento – disse Paige, rezando para que não notasse a sua fúria.

– Não faz mal – respondeu Marc, observando o pequeno, que tinha voltado a meter o punho na boca. – Não percebo muito de crianças, mas parece que tem fome, não é? – acrescentou quase a sorrir.

– Sim, mas primeiro é preciso mudar-lhe a fralda e dar-lhe o medicamento. Enquanto isso, vou fazer um biberão – respondeu Paige, indo para a cozinha e molhando um pano.

Entregou-o a Marc, que o ignorou.

– Enquanto preparas tudo, eu ocupo-me dele – limitou-se a dizer.

Paige assentiu e tirou do frigorífico o biberão já preparado. Ao ligar a chaleira eléctrica, saíram da ficha eléctrica as faíscas do costume.

– Tem cuidado! – exclamou Marc.

– Não se passa nada, estou acostumada – respondeu Paige, sentindo-se momentaneamente aliviada pela sua preocupação.

– É perigoso.

«Não tanto como tu», pensou Paige. «Além disso, não tenho dinheiro para a arranjar.»

Marc ficou a olhar com o sobrolho franzido para a mesa e para a máquina de coser que tinha em cima.

– O que é que te aconteceu? A última coisa que soube de ti foi que continuavas a viver com a tua mãe e um primo numa povoação chamada Bellhaven. Trabalhavas para ele, não era?

Juliette devia ter-lho contado.

– Como acabaste neste buraco? – acrescentou Marc, matando qualquer rasto de simpatia.

Paige levantou o queixo.

– Será um buraco para ti, mas o resto dos mortais consideram-na básica e adequada – respondeu educadamente. – Quanto a como acabei por vir parar aqui, muito fácil. Lloyd, o primo da minha mãe, morreu e venderam a quinta.

– Quando?

– Há cerca de um ano. Viemos para Napier, porque a minha mãe pensou que seria um bom sítio para viver – acrescentou. – Infelizmente, para ela foi um bom sítio para morrer.

– O que aconteceu? – perguntou Marc num tom surpreendentemente amável.

– Foi passear para a praia e afogou-se – respondeu Paige.

– Lamento. Sei que eram muito unidas – disse Marc, ainda mais amável. – Quando foi?

Aquilo fez com que ela pestanejasse.

– Há cinco meses – respondeu.

Nesse momento, a chaleira apitou e Paige terminou de preparar o biberão.

– E o pai da criança?

Até então, não lhe tinha passado pela cabeça que Marc pudesse pensar que Brodie era seu filho.

«Que palerma sou! Encontro-me com ele e fico com a cabeça na lua», pensou.

Ia dizer-lhe que a criança era de Sherry, mas Brodie começou a chorar.

– Não está. Dá-mo. Vou mudá-lo e pôr-lhe o creme. Está cheio de marcas – disse, perdendo-se atrás de uma porta sem olhar para trás.

Uma vez sozinho, Marc sorriu ante a ironia da situação.

Era óbvio que Paige não queria que estivesse em sua casa e ele tão-pouco queria estar ali. Noutras circunstâncias, teria achado graça por Paige se mostrar tão ressentida por se terem encontrado e ter sido obrigada a confiar nele, um homem a quem desprezava, só porque o seu filho estava doente.

Contudo, a única coisa que lhe importava era que não o queria em sua casa, era óbvio, mas cada vez que se aproximava dela, Paige reagia como um animal encurralado e exalava feromonas por todos os lados.