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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 1996 Miranda Lee

© 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Uma mulher inesquecível, n.º 390 - agosto 2018

Título original: A Woman to Remember

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

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As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-9188-541-2

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

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Prólogo

 

 

 

 

 

Tirou a roupa da mala e deixou-a sobre a cama: um vestido curto estampado estilo leopardo que deixava as costas a descoberto e com uma alça para atar ao pescoço, umas sandálias douradas de salto alto e um cinto de cetim creme que contribuía para criar a sensação de que estava nua por baixo do justo vestido.

Mais nada, nem soutien, nem collants, nem combinação.

Um calafrio percorreu-lhe a espinha ao pensar no aspecto que teria vestida daquela maneira, com a sua cabeleira loura solta à volta do rosto e dos ombros, e os exuberantes lábios ainda mais delineados com o batom.

Nada subtil.

Não obstante, era aquele o aspecto que desejava ter. Não havia tempo a perder; não podia aparecer com o seu habitual estilo clássico. Não tinha tempo para recatos nem timidez de qualquer tipo. Dispunha apenas de uma noite; aliás, dispunha apenas de umas horas.

Sentiu um aperto no coração ao pensar naquilo que ia fazer, ao pensar em como tinha de comportar-se para obter aquilo que queria e depressa.

«Meu Deus!», suspirou para si mesma. O que é que lhe tinha acontecido naquele último ano? Em que é que se transformara?

Por um segundo, esteve a ponto de abandonar a ideia, mas o desespero e uma imensa frustração fizeram com que seguisse em frente. Tinha de voltar para casa na manhã seguinte, para a casa onde se encontrava o seu marido moribundo, a casa onde viveria mais semanas de decepção, desespero e solidão, tal como nunca vivera antes.

Não podia deixar escapar aquela oportunidade. Tinha de a aproveitar. Simplesmente, tinha que fazê-lo.

Agarrou no jornal dobrado sobre a almofada e certificou-se da morada da exposição fotográfica, a única que conseguira encontrar aberta naquela quarta-feira à noite. Não conhecia a rua nem a galeria, pois há anos que deixara de viver e trabalhar em Sidney.

Apontou a morada num papel com a esperança de que a inauguração fosse como as de sempre; cheia de homens solteiros alegres e sociáveis. Já descontara uma certa percentagem daqueles que aparentemente pareciam disponíveis, mas que eram, na certa, homossexuais; de certeza, os mais bonitos. No entanto, haveria sempre uns quantos machistas sem vergonha nem moral.

– E onde é que está a tua moral, Rachel? – interrogou-se a si mesma, com um tom de gozo. – Em casa – respondeu, enquanto atirava o jornal para o cesto de papéis. Juntamente com todas as outras coisas que tinham sido importantes para ela. A vida agora era diferente. «É outro jogo», afirmou para si mesma, endurecendo o coração e dirigindo-se até à casa de banho, enquanto tirava do dedo a aliança de casamento.

Não tinha tempo para sentir-se culpada naquela noite. Nem para remorsos. Nem sequer para a vergonha. A vergonha era um sentimento para as esposas normais em circunstâncias normais. Não tinha lugar na sua vida presente. Não, não tinha lugar!