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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2000 Emma Darcy

© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Atracção explosiva, n.º 564 - agosto 2019

Título original: The Cattle King’s Mistress

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-1328-294-7

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Créditos

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

Capítulo 14

Capítulo 15

Capítulo 16

Capítulo 17

Se gostou deste livro…

Capítulo 1

 

 

 

 

 

Amante de um homem casado… nunca!

Miranda percebeu que estava a ranger os dentes e tentou descontrair o maxilar. Se continuasse a pensar em Bobby Hewson e na proposta que ele lhe tinha feito para continuarem a ser amantes, depois do casamento dele, acabaria por ficar com problemas dentários. Segundo ele, o casamento não ia atrapalhar o que tinham vivido juntos.

Mas ela já tinha decidido: Bobby teria de encontrar outra pessoa para lhe aquecer a cama, da próxima vez que fosse a Sydney.

O papel de amante não era para ela. Podia ter feito esse papel durante três anos, por ter acreditado nas promessas dele, mas com certeza não seria usada para o satisfazer numa situação extraconjugal. Sabia muito bem como eram os dias das mulheres que aceitavam este tipo de relação. A sua mãe tinha sido uma prova viva desse processo autodestrutivo.

– Menina Wade, o seu gin-tónico.

Miranda deixou os pensamentos desagradáveis de parte e olhou para a hospedeira que estava de pé, à sua frente. Com um sorriso nos lábios oferecia-lhe a bebida numa pequena bandeja de metal, que depois foi posta num aparador que ficava entre os assentos de primeira classe. Uma pequena garrafa de gin e uma lata de água tónica acompanhavam um copo com gelo.

Era muito agradável ser tratada com aquele profissionalismo e requinte pelo seu novo patrão, concluiu Miranda. Desejava que a bebida a ajudasse a descontrair.

– Obrigada. – Retribuiu o sorriso.

Os olhos da hospedeira brilharam com maior interesse.

– Reparei no livro que tem no seu colo. É sobre King’s Eden. Vai para lá?

Elisabeth King tinha-lhe oferecido o livro, para que obtivesse mais informações sobre o lugar onde iria trabalhar, durante os próximos dois anos. O contrato tinha sido assinado, e Miranda seria a gerente de uma estância turística de uma região distante e rústica.

A história do lugar e da família dona da propriedade podia ser uma leitura um pouco cansativa, mas essencial, dadas as circunstâncias, e por isso devia terminá-la nas horas que ainda restavam de voo até Darvin.

Miranda disse para si mesma que precisava de se concentrar no futuro e deixar o passado para trás.

– Sim, é esse o meu destino. Conhece King’s Eden?

– Já estive lá. É o que podemos chamar de um lugar lendário em Kimberly. Os proprietários são conhecidos como os reis do gado. Agora abriram um parque selvagem para os turistas e construíram um empreendimento para os acomodar. São terras muito famosas e muito diferentes.

– Ficou lá hospedada?

– Não. – Com um olhar expressivo, a jovem concluiu: – É muito caro. Nós fomos num grupo que ficou no acampamento em Granny Gorge.

Acampamentos, cabanas, bangalós e um hotel com suites confortáveis. Eram quatro tipos de acomodações que seriam geridos por ela. Era um tipo de serviço muito diferente da gerência de um hotel de cinco estrelas. Perguntou-se se não teria sido demasiado aventureira ao aceitar trabalhar, durante dois anos, numa região tão rústica.

– Acha que a viagem valeu a pena?

– Ah, sim, menina Wade! E muito! Nunca vi tantas borboletas diferentes. Nadámos em águas azul-turquesa, num lago onde há uma cascata de água maravilhosa. Um banho inesquecível!

– Quer dizer que recomenda que eu fique lá?

– Recomendo, sem hesitar. Quando for para Gorge, não deixe de ver as inscrições rupestres nas cavernas.

– Vou com certeza. E obrigada pelas sugestões.

Bem, pelo menos já tinha uma opinião positiva, pensou ao ver a hospedeira afastar-se pelo corredor.

Para ela, o único atractivo da propriedade era a hipótese que a empresa lhe oferecia de conseguir viver por conta própria.

Se ficasse a trabalhar na cadeia de hotéis Regency, podia vir a ser transferida, e de auxiliar de gerente em Sydney passaria a gerente em qualquer outro país. Era um sonho que sempre acalentara, porém, para o realizar teria que aceitar a proposta de Bobby. Ele tinha sido bem claro: as promoções estavam directamente relacionadas com o facto de Miranda aceitar ser amante dele. Alegava que o casamento com Celine era apenas um acordo para selar uma união entre duas grandes cadeias de hotéis.

Outra mentira!

A fotografia da noiva francesa nos jornais era uma prova mais que suficiente de que Bobby não achava nada difícil passar a lua-de-mel mel ao lado da mulher bonita e atraente.

Miranda ponderou e chegou à conclusão que devia ter sido enganada durante os três anos que passaram juntos. A única frase que acreditou ser verdadeira foi a que ele proferiu quando ameaçou prejudicá-la em qualquer outro emprego, caso ela se recusasse a manter um caso com ele, e quando a ameaçou de fazer qualquer coisa para conseguir o que queria.

King’s Eden oferecia-lhe a oportunidade ideal para que pudesse escapar de tamanha injustiça. Era um complexo independente, não tinha nenhuma ligação com o Regency, e Bobby Hewson não teria oportunidade de a prejudicar.

Miranda sorriu de satisfação, ao lembrar-se de uma das perguntas que Elisabeth King lhe fez durante a entrevista:

– Você está… livre?

– Completamente livre, Sra. King – respondera, engolindo em seco, tentando disfarçar a amargura ao lembrar-se da proposta de Bobby. – Sou dona do meu destino.

E assim seria em King’s Eden, jurou para si mesma. Comandaria cada um dos seus passos. Não se importava com a diferença do ambiente onde teria de viver; afinal, sabia que teria de enfrentar novos desafios. Além disso, era uma excelente profissional. Tinha muitas habilidades e jamais seria a amante de um playboy arrogante e mimado.

Abriu o livro que estava no seu colo, determinada a concentrar-se no futuro. Um mapa na primeira página mostrava a região de Kimberly. Eram trezentos e vinte quilómetros quadrados desde a região litoral de Broome, na costa oeste da Austrália, até Northern Territory. Rodeado por uma extensa área verde estava King’s Eden, um lugar rústico onde Bobby Hewson não a procuraria. Podia não ser um paraíso mas, pelo menos, não era uma terra inóspita e selvagem.

Aliviada, virou a página e começou a ler, consciente de que também estava a virar uma página do seu destino, e que agora só lhe restava concentrar-se no futuro.