Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2001 Beverly Bird
© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Dez maneiras de te conquistar, n.º 623 - março 2020
Título original: Ten Ways to Win Her Man
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-1348-246-0
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Créditos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Epílogo
Se gostou deste livro…
Maxwell Padgett entrou na vida dela às seis e vinte e dois de uma noite de terça-feira e, de repente, tudo mudou.
No céu, para além da janela do escritório, nuvens escuras avançavam, levando a ameaça de chuva. Mas, até que o tempo realmente se definisse, Danielle Dempsey Harrington decidiu ignorá-lo. Passeou um carro de brincar ao longo da estrada em miniatura que circundava a elaborada maqueta do mais novo complexo turístico Harrington e franziu o sobrolho.
Os planos estavam consolidados e a construção começaria dali a vinte e seis dias, mas ela ainda se interrogava acerca da grande entrada principal do complexo: deveria dar para o mar, ou para as colinas? Era apenas um indecisão de último minuto, pensou, mas, ainda assim, hesitou. O oceano seria mais intenso. As colinas, mais majestosas e imponentes.
– «A minha mãe mandou-me escolher…» – recitou em voz alta. – Frente ou traseiras? Praia ou colinas? – e o que faria o seu supervisor de projecto, se ela agora mudasse de ideias?
– Então é assim que os poderosos empresários tomam decisões?
Danielle sobressaltou-se, ao ouvir uma voz inesperada atrás dela. Virou-se de repente, deixando escapar o carrinho da mão, que foi cair na sua mesa, incrivelmente de rodas para baixo, e deslizou pela superfície polida de ébano. O homem apanhou-o no momento em que o carrinho caía pela beira da mesa. Observou-o, enquanto o segurava na palma da mão.
– Mais vidas salvas – murmurou. – Essa é a minha missão.
Danielle, então, soube quem era.
Encarou-o, dando-se conta, de repente, que o ar lhe parecia faltar. Nada, absolutamente nada, podia tê-la preparado para aquele momento, em que via Maxwell Padgett em carne e osso. Afinal, o homem era simplesmente… incrível.
Sabia quem era ele, claro, embora nunca o tivesse conhecido pessoalmente. Era o activista responsável pelo sucesso da campanha do recém-eleito senador Stan Roberson. Achava que ambos tinham algum parentesco, mas não se lembrava dos detalhes. Não tinha importância. Ela sabia que Max Padgett tinha influência e força, a sua organização de protecção à Vida Selvagem, Campos e Rios, importunava-a há meses, principalmente através de correspondência e também manobras políticas. A mais recente batalha dele, através da sua organização ambientalista, fora para que um terreno das Empresas Harrington, no valor de meio milhão de dólares, fosse expropriado e transformado em área protegida. Padgett perdera, mas não antes de a ter feito gastar uma pequena fortuna em despesas legais.
Por aquele simples motivo já devia detestá-lo. E detestara, durante meses a fio. Mas, agora que o via vir, sorrindo na sua direcção, a raiva e a irritação abandonavam-na e ficou confusa.
– O gato comeu-lhe a língua? – perguntou.
Danielle entreabriu a boca para responder. Tornou a fechá-la e olhou do carrinho para o rosto dele e, depois, para o carrinho novamente. Precisava de uma resposta rápida e adequada, mas nenhuma lhe ocorria, pois o seu olhar estava concentrado nas mãos dele.
Eram mãos firmes, fortes e bonitas, pensou um pouco desconcertada. De repente, imaginou-as na sua pele… uma imagem vívida que surgiu do nada e não poderia ter sido mais inesperada à sua natureza. Inesperadamente, o seu coração bateu depressa.
Aquilo estava a acontecer-lhe por causa das mãos do homem? Bem, e o que pensar do resto… O impacto da sua presença marcante não estava a diminuir com o passar dos minutos.
– O que quer? – conseguiu perguntar-lhe, por fim, num tom seco.
– Alguns minutos do seu tempo – Maxwell Padgett venceu a distância entre ambos e colocou o carrinho na maqueta. Fez aquilo com todo o cuidado, como teria feito, talvez, ao pegar numa das aves que, recentemente, estava tão determinado em salvar…as mesmas para as quais tentara obter o terreno dela. Tinha mãos grandes e fortes, mas gentis, pensou Danielle e sentiu um tremor a percorrê-la.
Meu Deus, devia estar mesmo a perder o juízo…
– Bom, então chegou o momento de obter uma resposta ao meu pedido – sugeriu ele. – Basta dizer sim ou não.
Ela tossiu ligeiramente para clarear a voz.
– Posso conceder-lhe quinze minutos.
–Então, usá-los-ei sabiamente – ele meteu as mãos nos bolsos das calças. – Sabe, pensei que fosse mais faladora. Um génio com as palavras. Tem fama de ser eloquente.
Danielle recuperou um pouco mais.
– E sou, mas invadiu o meu escritório – franziu o sobrolho. – Assustou-me e isso deixou-me em desvantagem.
– Ah – Maxwell Padgett fez a palavra vibrar com pura satisfação masculina. – Sim, fiz isso.
– Foi rude da sua parte – que delicioso perfume usava ele?, interrogava-se ela.
– Devo sair e bater à sua porta? Começar tudo outra vez, agir da maneira certa?
– Não seja tonto – Danielle tentou apelar para o seu conhecido carisma e sacudiu a mão. – Sente-se. A minha secretária já saiu. Isso significa que não há café – pensou em mencionar que a maioria das pessoas se reunia para tratar de assuntos de negócios durante o horário comercial. Mas, para ser justa, ele fizera várias tentativas para marcar uma hora a fim de conversarem e ela tinha recusado todas.
Adiantou-se até ao bar de ébano reluzente, embutido na parede, perto das janelas. Inclinando-se até à parte mais baixa, abriu o frigorífico.
– Posso oferecer-lhe uma água mineral, um refrigerante, sumo ou um uísque – tornou a erguer-se para olhar para ele. Agora tinha-se recomposto totalmente.
– É uísque bom?
– Dos melhores.
– E o que vai tomar?
Ela ouviu ecos da voz de Richard sussurrando na sua mente, transmitindo-lhe lições implacáveis como sempre fizera. Ele tinha falecido há três anos, mas a lembrança das suas palavras ainda lhe surgia, em situações como aquela. «Nunca bebas enquanto estiveres a fazer negócios, minha querida. Finge apenas, para ser sociável. Não quererás que a tua mente fique confusa.» Não seria mau que Max Padgett ficasse um pouco atordoado nos quinze minutos seguintes, pensou ela. Não pretendia deixá-lo ficar ali por mais tempo.
– Uísque – respondeu.
Ele acedeu com a cabeça.
– Acompanho-a.
Danielle tirou dois copos de cristal que estavam numa prateleira e começou a enchê-los com a bebida. Max observou-a, reflectindo sobre a mudança dos acontecimentos.
Imaginou que ela lhe indicaria a saída, que talvez até chamasse a segurança para se certificar da sua retirada, não que lhe oferecesse uma bebida. Simpática, sob a fachada de dura, pensou, apreciando isso. Danielle Harrington não era como a imaginara.
Vira a fotografia dela no jornal algumas vezes. Nenhuma lhe fizera justiça. Tinha os cabelos pretos e brilhantes e usava-os curtos, num estilo moderno, despojado. Penteados para trás das pequenas orelhas, deixando à mostra os brincos de diamante. Era esguia e de compleição delicada, não devendo ter mais que um metro e sessenta, o que o surpreendeu. Todas as fotografias que ele vira tinham dado a impressão de maior estatura. Usava óculos de aros dourados que ameaçavam escorregar-lhe pelo nariz aristocrático, enquanto preparava as bebidas. Era atraente.
Quando a viu aproximar-se, sentou-se numa das cadeiras de couro em frente à mesa. Aceitou o copo que ela lhe estendeu e observou-a, acomodando-se na própria cadeira, segurando o copo com as suas mãos bem tratadas e cruzando as pernas num gesto elegante. Não demorou a perceber que o seu pulso estava acelerado.
Ora se a mulher não o afectava… Isto tornaria a guerra de ambos bastante interessante, pensou.
– Onde estávamos? – perguntou ela.
– Hum, prestes a conversar sobre aves.
Ela abanou a cabeça de repente.
– Deixe-me começar.
– Como preferir – estavam a ser tão civilizados, pensou Max.
– Está aqui para lutar pelas suas pequenas caturras.
Ela era demasiado educada para demonstrar a sua raiva, percebeu, mas podia apostar que a mulher estava a ferver por dentro.
– Charadrius semipalmatus – corrigiu-a.
– Chara… o quê? – Danielle franziu o sobrolho. Tornou a olhar para aquelas mãos fortes, então, observando–o, enquanto ele levava o copo aos lábios, sentindo-se quase hipnotizada… e justamente quando começava a recuperar o controlo. Bebeu depressa do seu copo… um longo trago.
– As minhas pequenas caturras são dessa variedade – explicou ele. – Ou também popularmente conhecidas como caturras-de-bando.
– É claro.
– Estão reduzidas actualmente a uma população de menos de cinco mil aves. Mas presumo que já sabia isso.
– Você referiu-me esse facto em muitas, muitas das suas cartas.
– Empresas como a sua estão a matar estas aves.
– Lamento muito – que estava ela a dizer? Sabia que não deveria demonstrar o menor sinal de fraqueza. O homem estava a afectá-la demais, sem dúvida. – Tenho uma pequena empresa – retorquiu. – Há inúmeras e muitas delas muito maiores do que a minha… ao longo de todo o litoral da Califórnia. Por que é que não vai incomodar outra pessoa?
– Porque os outros complexos turísticos já existem. O dano já está causado. A si eu posso deter. Ainda não começou a construir.
Danielle ergueu o queixo em ar de desafio.
– As obras começarão no primeiro dia de Maio.
– Não, se eu puder impedir.
– É onde quero chegar. Você não pode impedir. Eu segui todas as leis de urbanização e outros trâmites. Não há razão para continuar a insistir nesse assunto. Eu venci.
– Ah, eu concordo. A etapa da insistência já terminou. Agora chegou o momento do combate corpo a corpo.
Corpo a corpo? Danielle engoliu em seco.
Fitou-o nos olhos, olhos de um azul intenso, encimados por espessas e escuras sobrancelhas. Pareciam ter um brilho divertido. Num momento de insegurança, ela questionou-se, se, de algum modo, o homem saberia como a estava a afectar e o que pensava.
– Eu apelaria para a sua boa vontade – prosseguiu ele. – Mas não tem nenhuma.
– É claro que tenho.
– Ninguém a mencionou. Deixe-me dizer-lhe o que sei a seu respeito e, então, poderemos voltar às minhas caturras – Max levantou-se e começou a andar calmamente pelo escritório. –É reservada, calculista e sai sempre vitoriosa de qualquer situação – começou. – Casou-se com Richard Harrington, quando tinha vinte e seis anos, e era uma recém-licenciada de Stanford. Ele era vinte anos mais velho. A sua mãe morreu quando tinha doze anos. O seu pai, Michael Dempsey, era um líder sindical de renome. Você acompanhou-o nas suas viagens de trabalho. Foi a sombra dele, durante toda a sua juventude. Cedo, aprendeu a lutar pelos seus interesses.
– Obrigada.
Max arqueou uma sobrancelha, sem ter a certeza de que ela estivesse a gostar dos seus comentários a seu respeito ou do pai. Teve a impressão de ver uma expressão melancólica nos olhos, mas foi fugaz.
– Richard, o seu marido, ensinou-lhe tudo o que sabia – prosseguiu, estudando-a atentamente.
– Eu bem gostaria.
– Ele morreu há três anos e herdou uma fortuna em negócios.
– A filha de Richard herdou uma parte.
– Mas comprou todas as acções dela.
Danielle olhou-o directamente nos olhos e, então, sorveu mais um gole de uísque.
– É verdade.
– Agora, é a presidente da Complexos Turísticos e Empresas Harrington Lda., algo para que foi preparada durante toda a vida.
– Em suma, é isso – concordou Danielle. Não contou que absorveu os ensinamentos do pai quase por osmose. Foi um homem tão ocupado que nunca pudera dar muita atenção à única filha.
– Dizem que tudo o lhe importa é o lucro.
Aquilo magoou-a um pouco.
– É quase isso, mas não é exactamente esse o caso.
– E agora está sozinha.
Danielle saltou na sua cadeira, como se ele lhe tivesse tocado, mas, quando olhou para ele, viu-o a estudar a maqueta da estância turística. Mais uma vez, teve a assustadora sensação de que aquele homem podia ler os seus pensamentos. A solidão marcava a sua vida há demasiados anos.
Max observava-a pelo canto do olho, percebendo que o seu comentário certamente despertara uma reacção em Danielle Harrington.
– O projecto do complexo turístico na Praia do Ouro é o primeiro que criou totalmente sozinha.
– Sim, do princípio ao fim – declarou ela, mas sem a sua habitual firmeza.
– Que pena. Teria sido espectacular.
– Ficará deslumbrante.
Max sorriu.
– Como é que os seus amigos lhe chamam?
– Porquê?
– Danielle? Chefe? Milady?
– Danielle.
– Ah.
– Ah… o quê?
– Apenas ah. Posso chamar-lhe Dani? Acho que combina melhor consigo – Danielle era a mulher que ele acabava de descrever. Dani usaria palavras como deslumbrante.
– Não!
Max tornou a rir.
– Então, minha senhora, vou dizer-lhe isto. Presumindo que a sua nova estância turística, viesse mesmo a existir, iria querer a entrada com a frente para o mar.
– Iria?
– Imagine só que vista interessante durante uma daquelas boas tempestades que mantém as pessoas dentro do hotel.
Era um bom argumento e Danielle apreciou-o.
– Infelizmente, essa estância turística não poderá existir, porque, se isso acontecer, destruirá caturras inocentes e ainda por nascer. Essas caturras-de-bando são nativas do Alasca e do oeste do Canadá, mas emigram duas vezes por ano para a América do Sul e voltam novamente. E a Praia do Ouro é um dos seus lugares favoritos para pararem e fazerem os ninhos ao longo do caminho. Especialmente, na sua parte, da Praia do Ouro.
– É claro que elas serão bem-vindas – Danielle recostou-se na cadeira de couro. –Os nossos quartos mais acessíveis terão uma diária de cento e setenta e cinco dólares.
Max levou a garrafa de uísque até à mesa e encheu o copo dela com mais uma dose, sem acrescentar gelo. Danielle colocou-o de lado com cuidado, com as mãos um pouco trémulas, enquanto ele se inclinava sobre a mesa na sua direcção.
– Acho que isso está fora das possibilidades delas – murmurou.
Danielle encolheu os ombros num gesto forçado, inquieta com a proximidade de ambos.
– Lamento. Então, não poderei ajudá-las.
– E para onde iriam as caturras? Essas aves só visitam essa região na Primavera e no Outono. Devem voltar à praia um dia destes. Quando iniciar a sua obra, no primeiro dia de Maio, destruirá cada ovo que puserem. Não as mate, Dani. Tenha compaixão.
Danielle levantou-se e viu-se sem fôlego. Talvez tenha sido por ele lhe chamar Dani ou por se ter aproximado demais. Ou talvez apenas porque o pedido do homem fosse demasiado ultrajante.
– Espera sinceramente que eu cancele um projecto de trinta milhões de dólares por causa de alguns pássaros?
– Sinceramente.
– É louco
– Sou apenas um ambientalista.
– E questões ambientais são a plataforma política de Stanley J. Roberson. Que coincidência.
– Na verdade, não são.
A resposta surpreendeu-a. Ele era franco. Ela gostava daquilo.
Max, deixou a mesa e caminhou pelo escritório, até à maqueta.
Danielle olhou para o copo. Sem saber como, foi parar outra vez à sua mão e agora estava vazio. Provavelmente tinha bebido mais uísque na meia hora que passara do que nos três anos anteriores, juntos.
– Isso é um absurdo – resmungou, sem ter a certeza se estava a falar sobre as aves ou da maneira como o homem a fazia reagir, com o seu incrível sorriso.
– Acabará por deixar de pensar desse modo.
– É uma ameaça?
– Mais ou menos.
– Está a ameaçar-me com quê? Estou dentro da lei! Aquele sítio pertence-me e tenho todas as licenças necessárias para construir.
– Mas não construirá nada, porque, no fundo do seu coração, sabe que tenho razão – ele olhou-a nos olhos com firmeza. – Dê um passo atrás, Dani. Reflicta a esse respeito. Se levar o projecto para a frente, terá uma luta substancial entre mãos. Esta foi uma visita de cortesia. Depois disto, a situação será mais grave.
– Não pode achar que farei o que quer. É algo que não faz o mais pequeno sentido e tenho membros da direcção a quem me reportar!
– Valeu a pena tentar.
– Assim como também valeu a tentativa de busca de vida em Marte, mas ninguém achou, realmente, que a pudesse encontrar.
– Pode chamar-me sonhador.
Como isso combinaria com aqueles olhos azuis… Danielle abanou a cabeça para afastar qualquer ameaça de fraqueza.
– A minha resposta é não.
– Então, teremos que ir para a segunda rodada. Mas Dani… – Max interrompeu-se e avançou até à porta. Abrindo-a, tornou a virar-se para olhar para ela. – Não encare nada do que acontecer, de agora em diante, como algo pessoal. Apenas para que fique registado, o facto é que gosto de si.
Ela sentiu um delicioso arrepio percorrendo-a por inteiro.
– É minha senhora para si.
Max soltou um riso suave e aveludado que pareceu reverberar dentro dela e, então, retirou-se.
Danielle sentiu o estômago em nós, os nervos à flor da pele. Tornou a recostar-se na cadeira, desnorteada.
O que tinha acontecido ali? Uma pura, instantânea e poderosa atracção física, respondeu a si mesma. O que a apavorava? Não sabia o que fazer a esse respeito.
Mas gostava daquilo.